BLEACH: Before the Storm

Laços Quebrados

Salazar se teleportou junto a Kazuya para a sala do trono do castelo, naquela época, três tronos existiam no salão, o trono de Cibelle, líder do clã Thayhai, o clã de Marisa, líder das feiticeiras, e o trono de Brutus, líder estrategista, os três subitamente se levantaram e ficaram frente ao prisioneiro do inferno, e também chocados com o ato de seu general supremo.
- Salazar, oque significa isso? - indagou Cibelle ao seu general.
- Seu general se decidiu, Cibelle, ele sabe que justiça deve ser feita contra Reiou, contra a Soul Society! - gritou Kazuya ao líder.
- Salazar, isso é verdade? Você deu as costas ao nosso clã, ao nosso líder? E quanto ao seu filho? Você... - Cibelle foi cortado por Marisa.
- Basta Cibelle, o general já pensou em suas atitudes muito antes de realiza-las, você o conhece - a mulher bateu seu cajado sacro-sagrado no chão, fazendo uma energia pulsar por ele - eu vou cuidar dele, venha a mim, Divinos!
Marisa era uma mulher tanto quanto serena, tanto quanto perigosa, seu cabelo era ondulado, com mescla de mechas roxas em um cabelo loiro, sua pele era morena como o por do sol, usava uma túnica branca diferente dos membros do clã os quais preferiam o preto, longas unhas postiças brancas, símbolos runicos espalhados pelo corpo, lembrando escrituras maias, uma tiara de jóias em sua testa cintilava perante todos, combinando com seus olhos de íris branca, usava uma longa capa branca dando ainda mais imponência a sua entidade, sem falar do cajado gigante que carregava em sua mão esquerda, o qual em seu topo havia uma cruz.
- Sua magia não vai funcionar comigo, mulher, queime! - Kazuya lançou uma rajada de chamas com a lâmina que empunhava, fazendo todos os membros do salão recuarem aos cantos, em meio as chamas Salazar surgiu na lateral direita de Marisa, se preparando para atacar a mulher.
- Me desculpe, Marisa, espero que um dia suas filhas entendam a verdadeira visão! - empunhando uma foice negra colossal, Salazar partiu o corpo de Marisa em segundos, não dando tempo de reação a mulher.
- Hashitazikkake? A lâmina do clã Thayhai? COMO VOCÊ OUSA USAR...MARISA... - Cibelle não conseguia acreditar que Salazar, seu amigo de guerra, havia feito aquela coisa horrenda, Cibelle só conseguia olhar com desprezo para o homem em meio as chamas - você usou a arma sagrada do nosso clã contra minha amiga...NOSSA amiga... Salazar, eu jamais...
- Ele não precisa do seu perdão, Cibelle - disse Kazuya em meio as chamas de sua lâmina - ele já tem a visão do mundo ideal!
Cibelle cerrou os olhos e partiu para o ataque contra Kazuya, no presente, Shuren estava preparando para atacar Kazuya, iniciando a batalha final pelo seu clã.
- Venha, filho de Cibelle, vou mostrar a verdade do mundo a você assim como fiz com seu pai! - as palavras de Kazuya irritaram o homem, rapidamente, Shuren avançou com seu bastão flamejante até seu busto, tentando acertá-lo de todas as formas, sem dificuldades e rindo de Shuren, o homem desviava com facilidade, até ao ponto de pegar o bastão flamejante e tomá-lo das mãos do jovem.
- Droga - Shuren tentou se defender com um escudo de chamas, mas foi inútil, o cutucar de bastão nas mãos de Kazuya foi o suficiente para atirar Shuren na parede do salão - quanta força...
- Sua resiliência é incrível, assim como a de todo seu clã - Kazuya lançou uma bola de fogo com a palma de mão em Shuren, o homem a dominou e voltou contra o Imperador - assim como seus domínios sobre os poderes do submundo!
- Você não sabe nada sobre meu clã, você não sabe nada sobre mim! - Shuren fez uma bola de fogo intensa e atirou em Kazuya, de todo modo, foi inútil.
- Eu sei muito sobre você, Shuren, você é igual a mim - Kazuya fez uma ventania empurrar o homem até uma das colunas da sala, derrubando o homem no chão - você é um rebelde, buscando a liberdade, querendo sua justiça pelas injustiças cometidas, você só não percebe que seu clã e esses Shinigamis são um fardo!
- Eles podem até ser um fardo para almas amaldiçoadas como eu e outros, mas... É graças a esse fardo que você não conseguiu destruir todo nosso universo - as palavras de Shuren fizeram a ira de Kazuya despertar, nesse instante, Shuren começou a canalizar um poder com ambas as mãos, pronto para disparar contra Kazuya - eu guardei esse poder para esta ocasião, hora de pôr um fim nesse conflito de uma vez, lasair obsidian (Chama Obsidiana)!
Uma chama roxa se formou na mão de Shuren, o calor e poder era tão intenso que nem mesmo Kazuya conteve suas emoções, Shuren disparou a esfera na direção do homem e uma explosão colossal ocorreu, o suficiente para destruir parte do salão junto ao trono do Imperador, do lado de fora do palácio, Guerra sentiu o impacto que Kazuya havia levado, se preocupando com seu mestre.
- Kazuya... - por um momento, Guerra pensou em abandonar o confronto com Ichigo, mas, o herói não iria permitir.
- Você disse... Que desse ponto não haveria retorno... - Ichigo se levantou cambaleando, ainda com a visão turva sem saber o que estava acontecendo - então vamos lutar até o fim!
- Você me ameaça mesmo não tendo capacidades para se igualar a mim, Ichigo - Guerra canalizou sua Reiatsu em sua enorme espada, preparando para usar seu poder em Ichigo - eu vou mostrar a você do que eu sou capaz!
Shuren observava as cinzas e fuligem subindo do local onde Kazuya havia sido atingido, devido ao silêncio, Shuren havia pensado que estava acabado, tolo pensamento, a poeira abaixar, Kazuya estava sem ferimento algum.
- Oh, meu jovem, há tantas coisas que eu quero lhe ensinar, quem sabe lhe tratar como filho - Kazuya abriu um sorriso para Shuren, em seguida, criou uma lança flamejante, a preparando para atirar no homem - morta pelo seu pai!
Kazuya atirou a lança flamejante na direção de Shuren, indefeso e sem reação, o jovem apenas fechou os olhos, mas ao abrir, ele não havia sido atingido, Cibelle estava a sua frente, ele havia destruído a lança com seus raios azuis lampejantes, flutuando por todo seu corpo.
- Ele não precisa de um novo pai, ele tem a mim! - disse Cibelle protegendo Shuren.
- Pai... - disse Shuren descrente na cena que via.
- Então, a reunião familiar recomeçou - Kazuya colocou a mão em sua zampakutou, preparando para a sacar - eu estou animado!
Enquanto isso, Úvula moldava sua magia perversa atacando Guilia por todos os lados.
- Você não vai me vencer, sacerdotisa da luz, você não pode me vencer! - Úvula moldou as sombras e fez um escudo, evitando sua irmã de se aproximar.
- Eu vou abrir seus olhos, Úvula - Guilia se aproximou e fez uma explosão de luz no escudo de Úvula - Spotlight(ponto de luz)!
O escudo desfez atirando Úvula a metros de distância, rapidamente a comandante do inferno se pôs de pé irritada com a irmã.
- Meus olhos estão abertos, Guilia, você que mantém a visão cega de nossa mãe, você vai acabar como ela - Úvula disparou um laser negro na direção de Guilia, a qual mal conseguiu desviar, arrancando parte de sua ombreira esquerda e arrancando parte do seu cabelo - nossa mãe só via bondade nas pessoas, esse é o erro de vocês... vocês esquecem o lugar que estão!
Úvula fez varios lasers irem na direção de Guilia, quase acertando mortalmente a mulher.
- Droga, Úvula está muito mais forte que a última vez que senti seu poder, nesse nível...eu terei que... Não, eu não irei usar... - pensava Guilia consigo mesma enquanto desviava dos golpes.
- Concentrem, esse poder não é algo trivial para vocês brincarem! - gritou Marisa Thayhai, mãe de ambas as garotinhas treinando no palácio do clã Thayhai.
- Mãe, não enche, isso é difícil! - reclamou Guilia com sua mãe enquanto tentava moldar as sombras em suas mãos.
- Você que é fraca demais, a sombra é muito legal de se controlar! - disse a pequena Úvula controlando o mesmo poder.
- Parem de brigar, vocês duas são igualmente fortes, ambas conseguem dominar esse poder - disse Marisa as filhas - treino e dedicação são o caminho para o poder da luz e das trevas!
- Nossa mãe estava certa, Guilia, treino e dedicação são o único caminho para o sucesso - enquanto Úvula falava, uma energia escura subia pelo seu corpo, a consumindo por completo, a mulher rasgou sua capuz e a jogou fora, soltando seus longos cabelos negros, e por baixo do capuz, usando um maiô roxo com braceletes dourados em ambos os pulsos, junto a energia negra, várias runas roxas surgiam em seu corpo, mostrando que a mulher estavam intensamente forte - esse é o poder que você jamais conseguiu dominar, muito menos nossa mãe, a verdadeira escuridão!
Úvula liberou uma rajada de escuridão na direção da irmã, rasgando a montanha em um feixe negro, a poeira levantada mal dava visão a sacerdotisa negra encontrar os restos da irmã, mas não foi isso que aconteceu, Guilia surgiu ao flanco direito de Úvula, a tentando acertar com um feixe de luz de forma espontânea, mas um escudo de escuridão a protegeu.
- Então você gosta de atacar de forma sorrateira, não é, maninha? - Úvula fez a mesma escuridão que a defendeu engolir Úvula e a enterrar no chão - você se esqueceu que eu sou mestra em me esgueirar pelas sombras?
As sombras se moldaram em Guilia, tomando total controle do seu corpo, Úvula fez Guilia se levantar contra a própria vontade, a pondo frente aos exércitos batalhando.
- Você enxerga a diferença? Uma nação já vitoriosa, contra uma resistência inútil, seus soldados lutam uma guerra sem sentido, e eles se quebrarão, um a um... - enquanto Guilia observava o exército morrendo aos montes, Úvula disparou um feixe de escuridão, explodindo uma das naves aéreas - um a um...
- Perdemos a 3-A, Almirante Brutus, precisamos remanejar as tropas! - gritou o imediato de Brutus ao seu líder.
- Droga... Ativar defesas preventivas, cessem os ataques! - ordenou Brutus.
- Seus aliados estão sendo desfeitos, e eu duvido que suas almas tenham outra chance para voltar - Úvula observou os olhos de Guilia, a mulher chorava olhando para a irmã - oh, não chore minha irmã, logo, tudo isso irá acabar!
- Eu não estou chorando por meus aliados, e sim por você, irmã... - disse Guilia, fazendo Úvula fechar seu sorriso perverso - nossa mãe também disse que além de prática e dedicação, é preciso sabedoria...
Guilia desfez a escuridão de Úvula em um flash de luz, fazendo a irmã recuar.
- NÃO, como pode... você não é mais forte que eu, A LUZ NÃO É MAIS FORTE QUE A ESCURIDÃO! - Úvula disparou uma rajada de escuridão em Guilia, fazendo tudo ao redor explodir.
- Você tem razão, ambas são a mesma força - quando a escuridão abaixou, Giulia estava sem seu capuz branco do clã Thayhai, ficando apenas com sua cinta, top de placas, ombreiras, braçadeiras e perneiras douradas no corpo, fazendo um fluxo de escuridão e sombras percorrer todo seu corpo, dominando os dois poderes - esse, é o poder Eterluz, o poder de nossa mãe, o poder que você nunca dominou!
- Sombra e luz... Não... Esse poder... - Úvula olhava pra frente, e a única coisa que ela conseguia fazer era sentir remorso por sua mãe - mãe...
Todo o poder que Guilia demonstrou foi o suficiente para Úvula cair aos prantos no chão, desistindo completamente de lutar.
- Irmã...eu não posso te derrotar, você... Você é a única coisa que me restou - disse Úvula caída aos prantos, desfazendo seu poder - me perdoe...
- Eu não preciso te perdoar, Úvula, você precisa! - disse Guilia a irmã enquanto desfazia seus poderes.
Enquanto isso, Salazar estava frente a seu filho perdido, Shadow, o clima estava muito pesado, praticamente, Shadow foi criado sem nem ao menos ver o pai.
- Você... - Shadow olhou com fúria para Salazar.
- Olá, filho! - respondeu o mordomo ao homem com seus longos cabelos brancos balançando ao vento.
Sem nem pensar duas vezes, Shadow chocou sua lâmina contra o antebraço do homem, o qual era tão rígido que segurava golpes da lâmina, o almirante rodopiava sua lâmina tentando acertar o mordomo novamente, porém o homem desviava quase que brincando das habilidades do filho.
- Você tem passos leves! - Salazar golpeou as costas de Shadow quase derrubando o homem no chão.
- Cale a boca - Shadow liberou sua pressão espíritual, fazendo todo o chão ao seu redor derreter em um piche negro e o fez se moldar como ondas ao seu redor - eu vou derreter você, traidor!
Subitamente, todo o piche sumiu, deixando Shadow sem reação, na realidade, Salazar havia mandado todo seu poder para outra dimensão, antes que percebesse oque havia ocorrido, Salazar golpeou o peito de Shadow, derrubando-o no chão.
- Sempre previsível, assim como eu antigamente! - disse Salazar rindo do filho.
- Gahh...maldito... por que me trouxe até aqui? Eu não tenho nada a tratar contigo, seu verme, não ouse me chamar de filho! - Shadow empunhou sua lâmina e tentou cravar com todas as forças no peitoral de Salazar, mas o resultado foi diferente, ele parou a ponta da espada com a palma de sua mão - oque...
A lâmina de Shadow se estilhaçou em migalhas, como se não fosse nada.
- Jigen uzu(vórtice dimensional)! - Salazar fez um tornado avermelhado ao redor do corpo de Shadow, estilhaçando completamente a armadura do homem e ferindo o corpo dele bruscamente.
- Maldito...por...que... - Shadow vomitou sangue aos pés de seu pai.
- Porque eu lhe trouxe até aqui? Simples, você é a última âncora emocional que me prende a meus sentimentos, matando você, eu finalmente poderei ser totalmente fiel ao meu mestre  - Salazar fez outro vórtice erguer Shadow no ar, torcendo o soldado e quebrando lentamente seus ossos - você deveria ter ficado do meu lado, filho...
- Não me chame...de filho - Shadow prensou o pulso, fazendo o solo derreter engolindo ambos, rapidamente, Salazar se moveu para longe do chão movediço - se eu vou morrer aqui, eu vou te levar junto!
O chão se ergueu como uma onda partindo para cima de Salazar, sem dificuldades, o mordomo fez todo o piche desaparecer em outra dimensão, fazendo Shadow ficar sem reação novamente.
- Parabéns, você realmente me surpreendeu dessa vez - novamente, Salazar usou o vórtice, acabando com a força de vontade do filho - mas é o fim!
Salazar parou de lançar a magia ao ver que seu filho já estava quase inconsciente, não o matando de imediato.
- Porque...porque você traiu nosso clã? - perguntou Shadow ao pai.
- Você quer realmente saber? - Salazar parou frente ao corpo caído de Shadow, observando o filho a beira da morte - eu acredito na visão de mundo de Kazuya, nada mais, nada menos, tirar o clã Thayhai do controle do submundo foi apenas uma peça para seu plano magnífico, essa resistência pife nem mesmo chega a arranhar nossos planos!
- Quanta... pretensão... - resmungou Shadow, irritando Salazar - você é só um traidor de merda...que vai perder junto aos outros...
Cibelle estava frente a Kazuya, pronto para iniciar o combate, as chamas do imperador do inferno rodeavam seu corpo cintilando com sua longa barba vermelha, enquanto os raios azuis de Cibelle sibilavam combinando com seus cabelos brancos, dois mestres de batalha que há muito não se enfrentavam.
- Renda-se Kazuya, você não irá vencer essa guerra - disse Cibelle rodeado por raios azuis - a história não irá se repetir!
- Infelizmente, sem a lâmina do clã Thayhai, nenhum de vocês irá conseguir me arranhar - Kazuya abriu um sorriso para Cibelle, sacando sua lâmina - talvez nem mesmo com ela!
Shadow agarrou o calcanhar de Salazar, subitamente, uma rajada de piche negro queimou completamente a carne do mordomo, fazendo ele recuar e se afastar do general, irado ao extremo.
- Você...Seu pestinha! - Salazar fez sua mão brilhar, invocando uma zampakutou de um portal vermelho.
Shadow, mesmo a beira do colapso, se pôs de pé frente ao pai, o general não iria se render.
- Eu irei morrer, mas levarei você comigo - Shadow ergueu as mãos pro céu, fazendo literalmente todo o solo a quilômetros ficar líquido - agora é o fim, pai!
- Você fez bem, Salazar, agora, use a lâmina para terminar com Brutus e Cibelle - ordenou Kazuya ao general dos exércitos - depois, o inferno será nosso!
Salazar olhou para Cibelle e Brutus quase mortos em meio as ruínas da sala, mesmo com a visão de seu novo mundo, ele jamais mataria de vez seus amigos.
- Não, eles não merecem isso! - disse Salazar ao prisioneiro do inferno.
- Oque? Você ousa me desobedecer? - impôs Kazuya ao general.
- Eles merecem sofrer, de novo e de novo, usar a lâmina acabaria com toda a diversão! - respondeu Salazar.
- Há, muito bem, general, que assim seja então, mate todos casualmente! - ordenou Kazuya novamente.
Salazar caminhou até Cibelle, ao ver seu líder caído e quebrado, ele olhou com agonia, mas não exitou na ordem de seu mestre.
- Salazar...meu irmão... - Essas foram as últimas palavras de Cibelle antes de ser reduzido a cinzas por Salazar.
(Contínua!)