O Principe Louco

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Eu nasci em uma família de guerreiros, meu pai, Satoru Rheya, era um entusiasta, promovia grandes batalhas nas arenas do clã Rheya, batalhas brutais que deixavam as madeiras das paredes encharcadas de sangue, ele e meu primo, ou melhor, seu futuro-tenente, Maximilian Thera, eram os organizadores dos eventos, de fato, até alguns membros da corte já vieram ver essas batalhas, como Ichibei, membros de clãs nobres como Madarene, e até mesmo Reiou, mulheres do clã eram proibidas de lutarem, quase um tabu, mas, eu era diferente da maioria, meu amigo, Yamamoto, amigo de Ichibei, me ajudou me ensinando a usar uma asauchi, e com ela eu iria provar meu valor naquela arena grotesca, eu iria me infiltrar no torneio "Vale do Sangue", a maior disputa anual do clã.
(Atualmente no palanque infernal, frente a grande batalha do submundo)
- Eu esmagarei os três - Guerra liberou sua pressão espiritual e chocou sua lâmina contra a de Unohana, em um rápido movimento, Unohana explodiu um hadou em sua lâmina, a repelindo - não vai funcionar!
Guerra avançou novamente, sua espada colossal golpeou o palanque, partindo sua estrutura em dois e abrindo um rio de lava borbulhante meio a ele.
- Então foi isso que o inferno fez com você? - Unohana preparou outro Kidou em suas mãos - Hadou 78#: Hyougaseiran (Tempestade avassaladora de gelo)!
Uma nevasca congelou todo o ambiente lembrando bastante a lâmina de Toshiro, o suficiente para transformar a lava em pedra, Unohana avançou chocando sua lâmina e fazendo o Cavaleiro se apoiar em seus joelhos.
- Parece que a Soul Society te mudou, assim como influenciou para acabar com nosso clã - Guerra pulsou sua Reiatsu empurrando Unohana - Betrayer(Traidora)!
A lâmina de Guerra pulsou em um tom vermelho escuro, no mesmo instante, a lâmina de Unohana pulsou na mesma intensidade, a mulher sentiu um calafrio percorrendo sua pele, no mesmo instante, Unohana largou sua Zampakutou.
- A habilidade Betrayer da minha Zampakutou, Saigo Heishi( Último Soldado de Pé), faz meu adversário perder a confiança em sua lâmina, bem como ela nele, você não tinha chances empunhando sua lâmina, agora, você não irá durar mais que alguns segundos, prima - Guerra avançou contra a mulher desorientada, ele esperava a cortar fatalmente, mas ocorreu algo diferente, Unohana desviou da lâmina de perfil, passando sua mão esquerda pela lâmina até chegar ao pulso de Guerra - oque...
- Hiriougeki Zoku Shinten Raihou (Notavél dragão voador, terremoto divino, canhão de luz) - um canhão de luz azul gritou sobre o peito de Guerra, afastando o soldado de sua lâmina e atirando ele calcinado para trás, queimando até mesmo seu moicano - lâmina? Desde quando eu preciso disso para te derrotar, primo?
Unohana cortou o próprio pulso com sua unha, diferente dele sangrar, o sangue começou a correr pelos dedos tomando forma em sua mão.
- Kidou secreto: Chiha( Lâmina de Sangue) - uma Zampakutou feita de sangue foi criada a partir do pulso da mulher - Minazuki é uma lâmina que faz tudo ao meu ambiente fluir, inclusive vísceras e sangue, mesmo sem ela, eu já aprendi a utilizar seu poder e não preciso portá-la para lutar!
- Você está dizendo que pode utilizar os poderes da sua Zampakutou mesmo sem tê-la em mãos? Isso não é possível, nem mesmo Ichibei tem tamanho poder! - gritou Guerra com Unohana.
- Você acha? Ou tem medo de me ver utilizar? - Unohana colocou a lâmina de sangue frente aos olhos de modo amedrontador - esse é o poder de uma assassina!
- Uryu, levante, nós - duas mãos agarraram o rosto de Ichigo e Uryu, desaparecendo com ambos do campo de batalha e os levando para um monte distante do castelo, Unohana estava focada na batalha, mas ela percebeu o desaparecimento repentino dos dois - quem é você?
A figura soltou Ichigo e Uryu na escarpa cinzenta de um monte, parecendo uma pequena arena, sua capa preta reluzia a luz das chamas do campo de batalha, com uma cara seria, ele encarou ambos.
- Ulquiorra? Droga, até você se aliou a esses montros? - questionou Ichigo ao Arrancar.
- Ichigo Kurosaki, você me levará a Sereitei! - disse Ulquiorra a ambos.
- Oque? Só pode tá brincando - disse Ichigo preparando suas lâminas - se prepare pra...
- O tempo é curto, Ichigo, eu vou explicar tudo no caminho, mas antes, precisamos encerrar esse confronto no submundo - disse Ulquiorra confundindo ambos, em seguida, o Arrancar voltou seu olhar para o palácio de Kazuya - se o Imperador não for impedido, ou melhor, se Constantine não for impedida, creio que será o fim de tudo que conhecemos!
- Constantine? Aquela mulher que tentou matar meu filho - Ichigo relaxou sua posição de batalha, mas sua fúria era nítida - me conte tudo, Ulquiorra, nós iremos atrás dela!
- Acha que é seguro confiar nele, Ichigo? Afinal ele foi quem raptou Orihime! - retrucou Uryu.
- Orihime... ela foi quem me fez enxergar a realidade sobre esses mundos, a falta que sentimentos causam em alguém, vocês não sabem como fingir ser aliados dos Arrancars traidores doeu meu coração, mas precisou ser feito, agora, vamos - antes que Ulquiorra pudesse terminar sua fala, a parede do monte foi destruída atirando pedregulhos por todos os lados, por sorte, Uryu usou seu Blut para proteger todos - oque...
- Ulquiorra seu traidor de merda - dos pedregulhos, uma lâmina vorpal surgiu cravando no blut de Uryu, o rachando como um vidro - morram!
A lâmina partiu o escudo cortando o braço de Uryu, o homem atirou uma flecha na criatura o repelindo, mas suas lâminas foram rápidas o suficiente para se defender, o homem era Nnoitora, em sua forma evoluída.
- Nnoitora, não esperava você aqui - disse Ulquiorra limpando sua capa - acho que ele ouviu demais, perdemos o elemento surpresa!
- Seu merda, eu já estou te investigando a muito tempo, acha que eu não percebo o quanto você observa os passos de Lady Constantine? Você pode ser um morcego, mas é muito barulhento, seu verme - Uryu tentou usar sua lâmina de Reishi, mas Nnoitora se defendeu com as lâminas flutuantes de suas costas - não vai funcionar, Santa Tereza Radenha!
As lâminas aumentaram de tamanho, cortando Uryu em vários lugares e o atirando longe.
- Uryu! - gritou Ichigo preocupado.
- Não se preocupe, Ichigo, eu posso lidar com ele, vá com Ulquiorra, não podemos perder tempo - disse Uryu sacando seu arco - vamos lá, Arrancar!
Enquanto isso na Soul Society, Tenjirou lutava com seu remo contra Satoru,  o príncipe do submundo lutava para se manter de pé meio a toda aquela água fervente.
- Eu não serei derrotado - Satoru se afastou usando seu Kaidou de cura, atirando sangue com sua lâmina para Tenjirou tomar distância, mas era inútil, o membro da divisão 0 usava suas águas e retirava todo o sangue do ambiente - aargh!
- É inútil - Tenjirou girou seu remo e golpeou Satoru na barriga - sinta a ira do meu poder!
Uma explosão de luz repeliu Satoru destruindo parte do monte, dessa vez, o golpe foi praticamente mortal no príncipe.
- Impressionante, eu nunca tinha visto um membro da divisão 0 lutar tão de perto! - disse Nanao surpresa.
- Não comemore antes da hora, Satoru é um homem cheio de truques, ele não vai se render tão fácil! - disse Kyouraku a menina.
- Quanto... sangue... - os olhos de Satoru olhavam fixamente para sua barriga rasgada, com seus órgãos internos despejando sangue nas rochas, um sorriso maléfico se formou em seu rosto, em seguida, a lâmina de Satoru atravessou estes órgãos, o homem não gritou, apenas disse as últimas palavras - Bankai...Minazuki...(que todas as coisas cheguem ao fim)!
Uma explosão de Reishi avermelhado subiu aos céus deixando tudo completamente avermelhado, uma chuva de sangue começou a cair aos céus, nesse instante, Anette e Clay surgiram fazendo um blut conjunto para proteger Nanao e Kyouraku daquela chuva, porém, Tenjirou ficou completamente exposto, quanto ao príncipe, seus ferimentos foram fechados, as veias de seu corpo se moviam como tentáculos sobre sua pele, se alastrando para fora de seu corpo e consumindo todo o chão próximo a ele, seu corpo jorrava sangue, provavelmente vindo de seu poder, era muito sangue para estar saindo de dentro de seu próprio corpo.
- Merda - o sangue da chuva caia sobre Tenjirou, ele usou sua água para se curar, mas era uma chuva constante - Kim...
- Heh - com o balançar de sua lâmina ensanguentada, mesmo a metros de distância, Satoru partiu o corpo de Tenjirou horizontalmente em dois, matando o capitão e deixando todos ali paralisados - já vai tarde, capitão das águas, agora, Kyouraku, é sua vez!
- Ah, eu já previa que algo assim pudesse acontecer - o corpo morto de Tenjirou caiu ao chão, mas, algo diferente aconteceu, seu corpo se transformou em uma poça d'água, se reformando em seguida como se nada tivesse acontecido - antes dessa luta, eu me banhei em uma água especial, a qual mudou as partículas do meu corpo para algo mais.. líquido!
- Heh, não é atoa que te chamam de demônio das fontes termais - Satoru abriu um sorriso com sua boca completamente ensanguentada, ele balançou sua lâmina e arrancou o braço esquerdo de Tenjirou com uma rajada de sangue - mas, quantas mortes esse seu corpo vai aguentar?
- A quinta batalha vai começar, de um lado Gorgonan Rheya, um veterano da arena, contra, Yachiru Retsu, uma iniciante da arena que teve sorte em suas primeiras batalhas - gritou o juiz da arena - o quanto será que esse garotinho aguenta do nosso campeão?
Eu prendi meu cabelo, meus peitos eram pequenos devido minha idade, então consegui me desfarçar de garoto, me nomeei Yachiru Retsu, o qual seria meu novo nome dali em diante, ao invés de Unohana Rheya, eu iria enfrentar meu tio, um homem musculoso e robusto, já vi ele massacrar vários desafiantes com uma clava nessa arena, mas, dessa vez seria diferente.
- Gorgonan será rápido, colocaram realmente uma criança para duelar com ele? - perguntou Maximilian ao seu tio.
- A criança concordou com as regras ao entrar no torneio, e eu, como um bom anfitrião, só deixei ela se divertir - disse Satoru saboreando um saque - será interessante!
- Eu conheço essa criança de algum lugar - disse Gorgonan girando sua clava já partindo para cima de Yachiru - ele é pequeno, eu tenho...
Retsu cortou a parte direita do pescoço do homem saltando sobre seu ombro, ele não teve tempo de revidar, ao tentar se dar conta do que aconteceu, a garota foi misericordiosa e terminou o corte, arrancando a cabeça do homem, deixando a plateia atônita.
- Gorgonan - gritou a mulher do homem - maldito garoto, eu vou te matar!
- Inacreditável, Yachiru arrancou a cabeça de Gorgonan, nosso campeão! - disse o juiz meio a um silêncio ensurdecedor da plateia.
- Não - Satoru se levantou furioso de seu trono vip acima da arena - garoto, quem você pensa que é? Maximilian, acabe com isso, parabéns garoto, você conseguiu uma batalha extra!
- Você vai pagar por matar meu pai! - Maximilian pulou do palanque, sacou sua Zampakutou e atacou o garoto que rapidamente o derrubou chutando seus pés mal equilibrados.
Todos da plateia observavam a luta surpresos, mas, o silêncio foi rompido pela plateia torcendo por Yachiru, até mesmo os nobres.
- Esse garoto é incrível, haha, não é mesmo, Reiou? - perguntou Ichibei ao rei das almas.
- Não é um garoto, Ichibei, é a filha de Satoru - disse o rei, surpreendendo Ichibei - não fale nada, eu estou curioso para ver até onde isso vai!
- Maldito - Maximilian tentou golpear, mas foi derrubado novamente, fazendo a plateia rir do homem - como você...
Dessa vez, Yachiru parou o homem com a lâmina, impedindo ele de se mexer, mas, seu primo chutou areia em seu rosto, dando abertura pro homem cortar parte do seu cabelo, o soltando e revelando sua identidade, a filha de Satoru, Unohana Rheya.
- Unohana? Mas que - disse Satoru cuspindo a bebida - como ousa manchar o nome do meu clã dessa forma? Como você ousa levantar essa lâmina para um homem? Você é uma vergonha, criança amaldiçoada!
- Unohana... como... você matou seu tio, meu pai! - os olhos de Maximilian eram um misto de raiva e angústia.
- Me desculpe, eu tinha que parar essa carnificina, primo... - Unohana soltou seu cabelo completamente, deixando seu primo no canto da arena aos prantos.
A arena inteira estava em completo silêncio, até mesmo o juiz não conseguia dizer nada.
- Como você ousa se manter nessa arena? - questionou Satoru do alto do trono - você é uma vergonha para seu clã!
- ESSE CLÃ É UMA VERGONHA E VOCÊ NÃO É MEU PAI - gritou a menina, fazendo o silêncio ficar ainda maior - Você humilha as mulheres do seu clã, força ela a se deitarem apenas por prazer, as mantém na cozinha o dia todo, as forçam a limpeza, nunca as ensina a se defenderem, eu não reconheço meu nome, Unohana Rheya, eu rasgo meu nome assim como rasgo a bandeira desse clã, meu nome é Yachiru Retsu, do clã Retsu, aqueles que concordam com a ideologia machista dessa arena e do clã Rheya, que fiquem aqui, eu estou indo embora!
Yamamoto e Ichibei olhavam atônitos para a garota, bem como todos os nobres ali.
- Você não vai a lugar algum - Satoru foi quem dessa vez pulou do palanque, o mestre da arena sacou sua lâmina pronto para matar a própria filha - eu vou acabar com você, encantar!
Um Kidou subiu pela lâmina de Satoru a eletrizando, devido à idade de Unohana, um golpe daquele seria fatal, ela paralisou de medo, mas no instante de sua morte, seu destino foi diferente.
- Pare - o Próprio Reiou parou a lâmina de Satoru, a estilhaçando com o balançar de seu manto - a garota de fato não pertence a esse clã, que tem como líder alguém que tenta assassinar crianças, venha minha jovem, eu levarei você para meu palácio!
O tempo passou, eu fui para o palácio do rei deixando meu passado para trás, treinei arduamente minhas habilidades com espadas, foi fundada as divisões protetoras da corte, eu, como a maior assassina de todas e pela minha fama nas arenas, me tornei líder de uma divisão onde só os guerreiros mais fortes entravam, até que um dia, os guerreiros mais fortes que eu conhecia vieram a mim.
- Você ousa negar uma audiência com seu pai? - disse Satoru aos berros nos aposentos de sua filha, dentro do quartel de sua divisão - como ousa...
- Achei que tinha deixado bem claro, Satoru - a mulher abriu os olhos lentamente para o antigo lorde - você não é meu pai!
- Ora sua... você matou o meu, e agora negligência o seu? Você é uma covarde! - gritou Maximillian com a mulher.
- Quer que eu retire eles, capitã? - perguntou um dos oficiais da divisão.
- Não é necessário, Maximillian tocou em um ponto interessante, eu realmente ainda tenho meu pai vivo, por mais que eu o negligêncie, muito bem - a mulher se pós de pé frente aos dois - saque sua lâmina, Satoru, e vamos para o pátio!
- Ele não tem que provar nada para você, Capitã Retsu! - gritou Maximilian.
- Muito bem, eu lutarei com você - disse Satoru ignorando o sobrinho - mas, se eu vencer, você irá restaurar a minha honra!
- Estou curiosa, como você espera que eu faça isso? - perguntou Unohana ao lorde.
- Eu serei o capitão dessa divisão! - disse Satoru impondo sua ganância sobre a mulher, a qual o olhou com pena.
- Muito bem, estou de acordo! - disse Unohana surpreendendo os oficiais que ouviam a conversa na porta.
O lorde retorceu os olhos, em busca de recuperar sua glória, ele acabou encontrando sua desgraça, ele sacou sua lâmina meio a todos os membros do clã observando a batalha, e, em um rápido movimento, Unohana o derrubou.
- Sua... como você ousa apontar essa lâmina para mim! - disse Satoru com a lâmina de Unohana em seu pescoço.
- Eu não estou apontando a espada para nada - Unohana levantou sua lâmina e arrebentou o colar o qual continha o símbolo do clã Rheya do pescoço de Satoru - seu lar está em ruínas, seus parentes te odeiam, você vive a sombra da Sereitei e as custas de brigas ilegais baratas, as mulheres fogem dos muros do clã a primeira oportunidade, isso não só, mas com os homens que também odeiam a sua ideologia, você não mudou, Satoru, seu desejo por batalhas continua o mesmo, pondo sua arrogância e prepotência em primeiro lugar, não percebe que eu o desafiei de primeira instância para esse confronto? Eu sabia que você aceitaria pois você é esse tipo de gente, que vive do sangue dos outros e de vitórias amargas!
- Ghh... - o homem se sentiu humilhado perante todas as palavras da mulher.
- Por mais que eu odeie admitir, eu me tornei igual a vocês, me orgulhando dos meus assassinatos, e por isso, eu tornarei você e Maximillian os novos Capitão e tenente desse clã! - as falas de Unohana surpreenderam todos ali.
- Que... que merda... isso não faz sentido! - gritou o homem ao chão.
- Faz sim, Satoru, você queria me derrotar e assumir com glória essa divisão, mas, eu tornei você oficial sendo humilhado perante todo o clã, agora, além de ser inferior a todos os outros clãs, você continua inferior a mim, pai! - as falas de Unohana esmagaram a consciência de ambos os membros do clã Rheya, contudo, Satoru começou a rir da situação se pondo de pé.
- Você é idiota? Hahaha, me dar um dos cargos mais importantes dessa forma? Você só pode estar brincando - disse o homem as gargalhadas, enquanto Unohana deixava as paredes do esquadrão - vá embora, criança amaldiçoada, que o nome Rheya te assombre até os confins do inferno, ouviu bem? AOS CONFINS DO INFERNO!
Eu tinha perdido o gosto por batalhas, me juntei a quarta divisão junto a Tenjirou e Aramaya, eles me ensinaram a arte do Kaidou da cura, algo que seria muito útil em meu futuro, quanto ao meu pai e meu primo, se tornaram oficiais exemplares e quase apagaram da memória de grande parte dos shinigamis da desgraça que um dia foram.
- Você tem razão Unohana, você flui o poder de uma assassina - Guerra se teleportou para o lado de Unohana e pegou sua lâmina, o homem chocou com força sua gigantesca espada com a lâmina de Unohana fazendo o chão trincar - eu mostrarei a você oque eu aprendi com os anos!
Uma rajada de chamas foi desferida como uma gigantesca onda, engolindo os soldados frente ao palanque, tanto aliados quanto inimigos, fazendo a arena virar um campo em chamas.
- Existe uma hierarquia de poder bem clara dentro dos cavaleiros do apocalipse - Guerra balançou sua espada no ar, fazendo uma tempestade de podridão consumirem o lugar e carregarem Unohana junto queimando sua pele - Peste, aquele responsável por enlouquecer a cabeça das almas e apodrecer suas carnes, as reforjando do pó e lava para que voltem cada vez mais fracas!
Unohana conseguiu escapar do tornado de podridão se apoiando no alto de uma das paliçadas, mas, rapidamente Guerra a alcançou, uma onda gigantesca a engolfou, golpeando-a várias vezes no estômago e na cabeça com várias correntes infernais.
- Morte, aquela responsável por carregar as almas pro fundo dos rios da morte, as acorrentando por toda eternidade! - Unohana conseguiu fugir das águas, mas foi surpreendida por Guerra socando seu rosto, atirando a mulher novamente para a plataforma inicial, nesse instante, ela sentiu como se seu corpo estivesse enfraquecendo, sua lâmina de sangue já havia se desfeito.
- Fome, aquele responsável por sugar a vontade das almas enlouquecidas, as reduzindo a nada, ao pó - disse Guerra enquanto absorvia toda Reiatsu que sobrava de Unohana, ele atacou a mulher cravando sua gigantesca espada em sua barriga, sem nenhuma misericórdia - e finalmente, Guerra, general dos cavaleiros, senhor dos vulcões e dos guardiões do inferno, aquele que enquanto houver vontade, enquanto houver submundo, jamais cairá!
Unohana soltou uma risada de descaso, como se nada daquilo fosse surpreendente para ela.
- Você continua o mesmo, Maximillian, o orgulho do clã Rheya ainda flui em você... - disse Unohana segurando bruscamente a lâmina gigante de Guerra - flui por você!
Unohana reduziu a lâmina de Guerra em líquida, curando sua ferida rapidamente, a mulher prendeu o homem com dois bakudous.
- Bakudou#61: Rikujyoukouro (Seis estradas da prisão de luz), Bakudou #75: Gochuu Tekkan (Prisão dos cinco pilares de ferro) - prendendo Guerra com os pilares de luz e ferro sobre o chão, o homem foi completamente imobilizado - Hadou #98: Itsutsu kogane kamigami ( mão de deus iluminada pelas 5 divindades douradas), sinto muito por isso, primo!
Uma mão gigante com 5 garras colossais se formaram acima de Unohana, a mão desceu parecendo portar 5 lâminas em cada dedo, ao tocar o corpo de Guerra, um feixe de luz rasgou as nuvens trovejantes, destruindo toda a arena.
Enquanto isso na Soul Society, Tenjirou estava colapsado ao chão, ele não aguentaria mais continuar aquela batalha, seu corpo se moía e reconstruía rápido o suficiente para enlouquecer qualquer um, mas, aquilo era um massacre, ele mal conseguia chegar a Satoru.
- Droga - Kyouraku tentou dar um passo para frente, mas desabou ao chão devido a seus ferimentos - argh...
- Capitão, seus pontos estão abrindo - disse Nanao segurando Kyouraku - precisamos recuar, não vamos conseguir derrotar esse inimigo!
- Heh, você já me viu lutando com um pedaço da barriga, ombro e olho faltando, isso não é nada, pequena Nanao, mas infelizmente - Kyouraku se pôs de pé, ignorando os ferimentos - se eu auxiliar Tenjirou com meus poderes casuais, eu vou acabar na mesma situação que ele, e eu não estou abençoado com aquela cura, não é?
- Você vai morrer, capitão, não vamos permitir que você avance! - impôs Clay a Kyouraku.
- Você tem espírito, jovem quincy, igual a maioria dos guerreiros da Soul Society, dispostos a se sacrificarem por aquilo que amam - a lembrança de Unohana, Yamamoto e Jushiro vieram a mente de Kyouraku - e como vocês, eu sou só mais um guerreiro!
- Capitão, não ouse... eu não vou deixar - a mão de Kyouraku confortou o rosto de Nanao - eu não quero te perder de novo... eu não quero passar... não mais uma vez...
- Você cresceu, Nanao, e sei que vai conduzir essa divisão a coisas melhores do que eu conduzi, não foi você que impediu aquele homem de me matar pra início de conversa? - Kyouraku soltou uma risadinha - muito bem, é a minha vez de proteger vocês...
- Seu idiota... - Nanao apertou o pulso de Kyouraku - eu te amo, Shunsui...meu pai...
Kyouraku jogou seu manto de capitão ao chão, ficando apenas com seu kimono preto, sua Reiatsu fluía de forma avassaladora, engolfado em uma escuridão, atrás de Kyouraku, Ohana, a forma manifestada de sua Zampakutou apareceu.
- Vai usar os poderes da Kyoukutsu? Sabe que não haverá volta, não é? A escuridão dela corrompe sua alma e faz você se perder eternamente no vazio - Ohana olhou nos olhos de Kyouraku, e neles já teve sua resposta - não vai adiantar te convencer, não é?
- Você melhor que ninguém sabe que não, Ohana - Kyouraku soltou uma risadinha - Hey, não fique assim, eu não estou te traindo com ela, é só que ela é melhor para esse momento!
Ohana deu um tapa na cara de Kyouraku, deixando uma marca.
- Mulherengo como sempre, nem se eu quisesse eu emprestaria meus poderes para você novamente, Kyouraku! - gritou Ohana com ele, dando de costas.
- Vou sentir saudades desse estilo autoritário, Ohana - Kyouraku sorriu - obrigado por tudo...
De volta a realidade, Kyouraku estava pronto para o confronto final.
- Abram uma brecha no escudo, Anette, e se afastem, meu poder vai acabar engolindo vocês se ficarem próximos demais - Kyouraku saiu do escudo, indo rumo ao confronto com o príncipe do inferno - Bankai...
- Kyouraku... então você veio - Satoru apontou para o homem, e seu sangue comecou a jorrar sobre ele - Minazuki, distorça o corpo dele em carne moída!
- Kyouraku, saia daqui, AGORA! - gritou Tenjirou se levantando do chão completamente ferido.
- Bankai: Katen Kyoukotsu Karamatsu Shinjuu (Flor do Céu, Osso Louco Pinho Murcho do Duplo Suicídio), segunda etapa - uma escuridão consumiu todo o ambiente, fazendo apenas Satoru permanecer naquela densa escuridão vazia, a lâmina de Kyouraku aumentou um pouco de tamanho, envolta a uma escuridão tenebrosa, aquela era a forma final de sua Bankai, sua forma assassina - Hioruu Nabonai( Depressão do homem perdido)!
- Oque é isso? Mas que... - Satoru não sentia seu corpo, era como se tudo estivesse se tornando nada - minha espada... onde ela está...
Os pulsos do homem foram cortados, fazendo seu sangue jorrar aos montes, mesmo assim, o homem não sentiu como se tivesse sido cortado.
- Primeira fase: pulsos sangrentos do findar de cada cor - a primeira habilidade da Bankai de Kyouraku causava cortes em veias letais do corpo inimigo, fazendo o sangue ser drenado - você não gostará mais de sangue quando não houver nenhum em seu corpo!
- Não seja tolo, eu posso refazer meu sangue, não importa... o quanto... seja drenado! - com sua Reiatsu, Satoru regenerava o sangue em seus órgãos, praticamente inutilizando as habilidades de Kyouraku.
- Muito bem - Kyouraku colocou a lâmina frente ao olho e cortou o ar, fazendo tudo ficar cinzento - segunda fase: cordas desfalcadas do homem sem forças - uma corda branca brilhante se envolveu no pescoço de Satoru, fazendo o homem ficar sem ar, mesmo que ele lutasse, ele não conseguia retirar aquilo - você não vai conseguir evitar seu enforcamento!
- Não, mas posso te levar junto comigo, hadou#100: Hyousengai( Estalar de raios, cometa azul)! - vários pilares de luz azul caíram no local onde Satoru e Kyouraku estavam, rasgando aquela escuridão e revelando Tenjirou preparando suas águas do lado de fora, essas luzes por sua vez caiam como meteoritos, destruindo todo o local e acertando Kyouraku.
- Droga, perdemos o elemento surpresa, bem não posso demorar, que o sangue do meu inimigo se transforme em poder, Kimpika Baikinku (Esplendor Sagrado do Norte Impedido)!
Dessa vez, a Bankai de Tenjirou estava muito mais poderosa de quando ele a utilizou contra Yoruichi, o lugar foi inundado por águas ferventes fazendo até mesmo o sangue de Satoru evaporar, a grande embarcação Viking surgiu atrás de Tenjirou como um navio cargueiro, com sua enorme lâmina corta-gelo frente a ela, Tenjirou segurou seu remo com as duas mãos, segurando ele sobre seus ombros - Hokou no Sazanami (Ondulação Nórdica), acabou, Satoru Rheya!
A rapidez de Tenjirou não permitiu ação por parte do príncipe, a lamina corta-gelo o atingiu partindo seu corpo ao meio, deixando o homem em um estado crítico e o atirando para longe, meio a ondas de água que queimavam sua pele a congelavam ao mesmo tempo.
- Não importa, a minha Bankai jamais permitirá que eu pereça - lentamente, o corpo de Satoru começava a se restaurar, independente do dano, até mesmo do seu corpo separado, ele voltava a se juntar - vocês não vencerão... não podem... VENCER!
Satoru balançou a lâmina de sangue e partiu várias partes do corpo de Kyouraku, derrubando o homem no chão.
- Você já percebeu... Kyouraku, meu pulmão não respira mais... meus órgãos não funcionam mais... meu corpo está de pé apenas para destruir vocês... e eu... não descansarei enquanto isso não acontecer... enquanto ELA viver... - a Bankai não estava literalmente curando Satoru, e sim, estacando suas feridas e impedindo o homem de morrer, seu corpo separado continuou separado, ligado apenas por veias e cartilagens, seu pescoço ainda era envolto da corda brilhante, o qual já havia sido esmagado, Minazuki não o permitiria morrer - Unohana...maldita...eu sou...o lorde da arena...
- Você está louco...Satoru... seu orgulho entorpeceu seus sentidos! - Kyouraku foi cortado, não só pela lâmina de Satoru, mas por uma risada aterradora.
- Louco? Se você soubesse... - Satoru apontou a lâmina com seu braço quase desmembrado para Kyouraku - eu fui ao inferno apenas para obter o poder para destruir Unohana, todo esse tempo eu treinei arduamente para superar sua lâmina, sabe o quanto eu fiquei feliz quando descobri que Unohana estava no submundo? - as falas de Satoru enlouqueceram Kyouraku.
- Unohana está no submundo? - questionou Kyouraku surpreso.
- Não só ela, Yamamoto, Ukitake, seus preciosos companheiros... estão ardendo em chamas... ou melhor, estão acorrentados ao meu senhor - a risada de Satoru ficou mais enlouquecedora ainda - oque foi, Kyouraku? Está com ódio de mim? Quer né matar? Não... você é meu... só meu para brincar!
Satoru ergueu sua lâmina arrancando a perna direita de Kyouraku, fazendo o homem cair de joelhos ao chão.
- Raiva? Não... se eles estão no inferno, eu não me incomodo de me unir a eles - Kyouraku largou suas duas lâminas, elas adentraram o solo tornando tudo um breu - terceira etapa...
Uma escuridão engoliu completamente tudo, menos os olhos de Satoru, ele tinha que testemunhar o horror da Bankai de Kyouraku.
- ossos loucos do corpo já sem vida da mulher formosa - a visão horrenda de um esqueleto feito de vários outros ossos surgiu frente a Satoru lembrando muito a silhueta de Ohana, observando aquilo, um desejo de suicidio, desesperança e morte assolou seu ser, fazendo ele largar Minazuki - dança final das flores do outono, chega o inverno da morte!
Kyouraku moveu as mãos como se estivesse costurando algo, no instante seguinte, toda escuridão esfriou, a corda no pescoço de Satoru apertou até se fechar, arrancando a cabeça do homem, foi necessária tanta Reiatsu, que as veias de Kyouraku também congelaram, seus órgãos internos pararam de responder, o homem, estava morto.
- Unohana... - Satoru se desfez na escuridão, a qual engolfou todo o monte, até mesmo a chegar em Nanao e nos Quincies - então acaba assim... perdoe por não conseguir tempo suficiente... Mestra Constantine...
Kyouraku abriu os olhos, ele estava em um lugar todo branco, deitado no colo de Ohana, o calor confortante do colo da mulher o fez esquecer da escuridão gélida agora a pouco, um sorriso se formou no rosto dele, mas o de Ohana era de reprovação.
- Então parece que acabou, não é, minha querida, não esperava que você viesse me consolar na morte - disse Kyouraku a Ohana, que mudou a cara para uma de piedade - eu sei oque vai dizer, que eu fui um idiota, que a Soul Society precisava de mim nesse momento árduo, talvez tenha sido ignorância da minha parte...
- Não foi ignorância, Kyouraku - Ohana olhou para frente, lá estava a imagem de Unohana, Yamamoto e Jushiro - seus amigos se sacrificaram para o bem da Soul Society, você, não fez nada além disso, mas, nem todas as histórias precisam ser iguais!
- Do que você está falando? - questionou Kyouraku, levantando um pouco a cabeça.
- Lisa, Nanao, elas são praticamente suas filhas, não são? Bem, Kyoukutsu concordou em te dar mais uma chance de se reunir com elas - as falas de Ohana assustaram Kyouraku - bem, mas isso depende de você, seus amigos o estão esperando do outro lado, mas, desse lado, suas filhas também estão, oque você escolhe?
Um vento frio correu no local, fazendo uma escuridão voltar a engoli-lo, isso fez Ohana soltar um riso.
- Você teima com o destino, não é, Kyouraku? - Ohana desapareceu, no instante seguinte, a escuridão do monte também, Kyouraku caiu derrotado ao chão vomitando sangue, o homem havia sido completamente derrotado junto a Satoru, mas, a sorte de ter o melhor curandeiro da Soul Society ao seu lado era para poucos.
- Obrigado...Ohana... - foram as últimas palavras de Kyouraku antes desmaiar.
- Você é resistente, comandante... - disse Tenjirou preparando a cura em Kyouraku - a divisão 0 precisa de pessoas como você!
Uma chama negra explodiu a sala do trono de Kazuya, um calor intenso devorou todo o campo de batalha, Unohana rapidamente olhou assustada, nesse deslise, um corte certeiro acertou sua mão esquerda a arrancando, era Guerra, ele ainda não estava derrotado.
- Então o imperador Kazuya está utilizando seu poder mais forte para lutar - Guerra saiu do buraco causado pelo poder destrutivo de Unohana, com um poder dourado brilhando pelo seu corpo - então, como eu sou o único cavaleiro do inferno no submundo, tenho que mostrar meu valor, venha a mim, Kushanaadas, o poder de todo inferno responde ao chamado de seu mestre!
(Continua!)

BLEACH: Before the StormOnde histórias criam vida. Descubra agora