A Encruzilhada

67 2 1
                                    

Todos haviam embarcado na balsa de Caronte, rumo a encruzilhada, todos estavam ainda curiosos em como Caronte havia chegado ali tão rápido, e também os motivos dele ser um dos juízes do submundo.
- Vamos lá, não fiquem com essa cara, Shuren não falou nada sobre mim? - perguntou Caronte um pouco decepcionado.
- Ele nem teve tempo, pra ser sincero, nem nós tivemos o nosso - disse Renji ao barqueiro - nós fomos jogados pra fora sem mal termos uma conversa com o líder deles!
Caronte soltou uma risada seca, ele já havia se acostumado com o povo daquele clã.
- Thayihai sendo Thayihai, vocês tiveram sorte por sobreviver, a maioria dos estrangeiros costuma morrer nos portões, Shuren salvou a pele de vocês - Caronte remou pelas águas, até ficar bem em um local silêncioso e pacífico - segurem-se, vamos descer!
Uma vórtice azul se formou na água, criando uma abertura para a balsa passar pelas águas, após passar, ela começou a flutuar sobre as fossas de lava amarela e névoas que se amontoavam no terceiro andar do submundo.
- O terceiro nível, foi aqui que derrotamos a trupe de Shuren - disse Rukia observando a paisagem, em seguida, voltou uma pergunta ao barqueiro - Caronte, você disse que é um dos juízes, oque acha que eles irão fazer com Shuren?
O barqueiro se aquietou um pouco, resmungando enquanto remava pelos ares do local, mas em seguida, respondeu a capitã.
- Relaxe garota, o máximo que Cibelle irá fazer é manter o garoto preso, matar não adianta muito nesse lugar! - respondeu Caronte.
- E sua posição como juiz pode influenciar para sua soltura? - perguntou Toshiro a Caronte.
- Nem um pouco, a decisão de Cibelle é a final, não importa nossos votos após ela - respondeu Caronte - por isso há apenas 5 juízes em uma sessão, não pode haver empate, e como eu nunca estou presente na cidade...
- Mas você falou que queria fazer valer o seu - Matsumoto foi cortada pelo barqueiro.
- E eu não menti garota, eu não posso fazer nada quanto a Shuren, mas vocês, vocês podem fazer o trabalho dele de salvar esse lugar - disse Caronte remando e se preparando para abrir outro portal - segurem-se e fiquem quietos, a minha doce Morte não pode perceber a minha embarcação aqui, ela ficaria tão furiosa, hihihi!
- Morte... Então é aqui que ela habita... - disse Rukia olhando o horizonte de rochas vulcânicas azuis.
Enquanto isso no mesmo andar na fronteira com as escadarias para o quarto andar, uma enorme fenda se formava entre duas grandes paredes de pedra, nessas paredes, várias celas com grades feitas de ossos, do mesmo material, várias pontes eram interligadas entre as paredes ou até mesmo entre plataformas no meio das duas, várias cachoeiras caiam sobre ambas as rochas, fazendo cortinas de água despencando em um abismo sem fim, na parte mais traseira da caverna, um trono feito de ossos e pedras negras sobre uma plataforma imponente frente a uma cachoeira, sentado nesse trono, estava ninguém menos que Morte, ali, era a sua prisão particular.
- Lady morte, é uma honra ter você de volta em nosso lar - disse a mulher frente ao seu trono - bem vinda de volta!
- Obrigada, Úvula, é uma honra estar de volta - respondeu Morte a mulher - para ser sincera, eu estava com saudades do meu trono!
Úvula era comandante das sacerdotisas e bruxas do submundo, e principalmente, praticamente, o exército de Morte era comandado por ela, usava um capuz roxo escuro cobrindo todo o seu corpo, por baixo um manto preto cobrindo ainda mais, tinha cabelos brancos, quase cinzas, uma pele morena igual a de Guilia, uma maquiagem, sombra e batom negra e por fim, empunhava um certo com um morcego entalhado em seu topo.
- Espero que não o tenha esquentado - disse Salazar subindo uma pequena escadaria para chegar a plataforma frente ao trono de Morte - Kazuya solicita a sua presença junto a todo seu exército na fortaleza do submundo!
- Mas já? Eu acabei de retornar de lá, oque aquele homem quer com tanta pressa? - perguntou Morte a Salazar.
- Precisamos posicionar os exércitos logo, a invasão começa em 2 dias! - disse Salazar a Morte, que estava irritada em seu trono.
- Muito bem Úvula, você ouviu o homem, prepare nossas tropas! - ordenou Morte a mulher.
- Certamente, Milady - disse Úvula se curvando - com sua licença...
Úvula saiu do salão principal deixando apenas Salazar e Morte olhando um para a face do outro.
- Você deveria se preparar para ouvir certas palavras de Kazuya, Morte, seu despreparo no ataque a Soul Society será cobrado! - impôs Salazar.
- Eu sei muito bem dos meus erros, Salazar - Morte suspirou fundo e se levantou de seu trono - eu arcarei com as consequências se necessário for, agora, vamos logo!
A barca de Caronte havia chegado na lava fervente do quarto andar, mesmo com o calor, o navio permanecia intacto e sem esquentar no líquido fervente.
- Oque é aquilo? É tão... - Matsumoto e todos observaram a grande construção atrás das névoas.
Quando eles ultrapassaram a fuligem de um vulcão próximo, o campo de visão se abriu, uma grande planície se estendendo ao horizonte, no fim dele, uma plataforma elevada terminando em uma montanha contendo uma fortaleza feita de aço negro, duas torres gigantes vigiavam as planícies com grandes brasões balançando, dentro da fortaleza, uma várias construções e casamatas, incluindo a fortaleza pessoal de Guerra.
- É... Magnífica... E impossível de entrar sem ser visto! - disse Uryu espantado com o tamanho da construção.
- Temos que arrumar um modo, de qualquer jeito! - disse Ichigo fechando o punho.
- Eu só posso levar vocês até aqui - disse Caronte parando a barca na encosta da planície - boa sorte heróis, que o juiz zele por suas almas!
Todos desembarcaram da barca e esperaram Caronte tomar distância na lava fervente para decidir oque iriam fazer.
- Muito bem... - disse Toshiro em um tom mais leve enquanto colocava a mão no solo quente do local para sentir a reiatsu dos inimigos - existe vários batedores na planície, eu sinto pressões espírituais distantes, mas não tanto, parece que tem um acampamento na entrada da fortaleza, bem, e parece que por lá é o único modo de entrar!
- Espere, deixe eu tentar... - Uryu colocou a mão no rosto, tentando usar os poderes de Yawach.
- Uryu - disse Ichigo agarrando a mão do amigo - você não precisa fazer isso, tem certeza que esse poder não vai corromper você?
Uryu soltou uma risada de descaso.
- Relaxe, eu já trenei o suficiente - Uryu colocou a mão na testa e liberou uma pressão espíritual negra, da mesma cor da de Yawach, oque fez isso ficar um pouco com o pé atrás - Allmight (todo poderoso)!
Os olhos de Uryu se alteraram para os olhos de Yawach, ficando com várias iris, ao abrir, a pressão espíritual assustou todos, inclusive, não passou despercebida pelos batedores.
- Tem uma caravana de recursos a 500 metros a sudoeste, passando por uma ravina, se formos rápidos, eu tenho um plano que pode funcionar - disse Uryu saltando na frente para guiar o grupo, que subitamente concordou - vamos!
Os 6 integrantes correram rapidamente pelas planícies, e rapidamente chegaram acima da ravina a qual Uryu havia mencionado, abaixo, um Kushanada adolescente estava sendo usado de burro de carga, carregando os minerais das minas infernais até a fortaleza, junto a ele, uma tropa de soldados e um mestre de forja.
- Vamos, criatura inútil - o mestre de forja usou seu chicote para açoitar a criatura, fazendo ela gemer de dor, oque fez Matsumoto se doer de raiva em cima do desfiladeiro - façam ela andar mais rápido, temos até hoje para levar esse carregamento até lá!
O mestre de forja usava um traje típico dos soldados de Guerra, uma armadura negra com detalhes dourados, porém não usava capa nem capacete, empunhava um chicote incandescente feito de lava derretida, era velho, tinha cabelos grisalhos e uma barba vantajosa, sem falar do olhar mal encarado.
- S-sim senhor! - disseram os 6 guardas ao redor da criatura caída, tentando fazer ela andar.
O mestre, impaciente, tentou chicotear a criatura novamente, porém dessa vez, o chicote se enrroscou no braço de Matsumoto, que como uma mulher impaciente perante a injustiça, não poupou forças.
- Você obriga essa criatura a te servir e ainda a agride, vocês do exército do inferno são todos iguais - o chicote queimava o pulso e a roupa de Matsumoto mas ela não ligava, afinal, seu desejo por resgatar a criatura era seu único foco no momento - Raineko!
Um tornado de cinzas devorou os seis soldados rasgando completamente suas carnes e armaduras, deixando o mestre de forja com medo e espantado, sem reação a mulher, rapidamente, ele recuou o chicote e tentou contra atacar em tentativa de vingança aos seus homens, porém em um movimento, Matsumoto secou a lava de seu chicote com suas cinzas, fazendo ele virar apenas um pedaço de obsidiana.
- Impossível... Que espécies de monstros existem na Soul Society... - o homem ficou paralisado de medo, soltando arma.
- Existem muitos que se deixam virar monstros na Soul Society, por motivos pessoais, familiares ou militares, mas o tipo que tortura por prazer, como você, só existe aos montes nesse buraco - Matsumoto liberou sua Shikai, devorando e secando completamente a carne do homem - desapareça, junto a sua vilania!
O mestre de forjas foi completamente destroçado, deixando apenas suas armaduras para trás, a criatura frente a Matsumoto e começou a murmurar para ela.
- Matsumoto! - Disse Toshiro descendo as pressas o desfiladeiro.
Toshiro e os outros desceram o desfiladeiro e observaram uma cena o tanto quanto em comum, Matsumoto estava acariciando a cabeça careca da criatura, como um cachorro domésticado.
- Pronto, eles já se foram! - disse Matsumoto a criatura.
- Matsumoto, oque foi que aconteceu com você? Porque você fez... - Toshiro foi cortado pela mulher.
- Eu fiz oque eu achava certo, ajudei uma criatura inocente, não é isso que viemos fazer aqui? Ajudar inocentes? - respondeu bruscamente ao seu capitão.
Toshiro se calou, ele entendeu a posição da mulher e a sua preocupação, mesmo a criatura sendo uma das mais temidas do inferno.
- Matsumoto, seu braço... - disse Rukia, avisando a mulher sobre sua queimadura feita pelo chicote.
- Ah, isso? - Matsumoto puxou e arrancou a parte queimada do seu quimono, jogando os trapos no chão vulcânico - eu estou bem, foi só uma queimadura leve!
- Bem, já que você está bem, eu vou explicar o plano - disse Uryu prendendo a atenção de todos - vamos invadir a fortaleza usando essas armaduras, Matsumoto fez um trabalho tanto quanto indelicado, mas já foi de uma grande ajuda, vamos nos passar por mineradores entregando o ferro negro na fortaleza!
- Entendi, quando entrarmos, iremos destruir a fortaleza de dentro pra fora! - disse Renji empolgado.
- Não ouse se revelar, eu sinto um portal dentro da fortaleza que liga ela diretamente ao palácio de Kazuya, é um portal particular de Guerra, se acharmos ele, devemos invadir a fortaleza, destruir o núcleo de Reiatsu e salvar Kazui, depois, vamos embora! - disse Uryu usando seus poderes.
- Vamos por partes então, primeiro vamos nos preocupar em entrar na Encruzilhada, creio que essa criatura vai nos ajudar, não é amigo? - perguntou Toshiro a criatura.
O jovem Kushanada murmurou concordando com Toshiro.
- Vistam as armaduras, não podemos demorar! - disse Ichigo a todos.
Rapidamente, todos vestiram as armaduras dos soldados mortos e partiram junto ao Kushanada para tentar entrar na fortaleza, chegando na guarita do local, o chefe de vistoria parou a caravana para fazer a perguntas habituais ao mestre da expedição.
- Estão atrasados, a Comandante Hadiya foi clara quanto ao horário, as forjas precisam trabalhar dia e noite, Thanatos, não ouse abusar da paciência dela! - disse o soldado, olhando para Uryu, que usava a armadura do mestre de forja.
- Sim, me perdoe, achei que tivéssemos visto os invasores da Soul Society, mas eram só algumas arraias devorando carne - disse Uryu tentando convencer o soldado - se está tudo certo...
Alguns soldados atrás do lider começaram a murmurar sobre os os heróis disfarçados, até que um se aproximou de seu superior para tirar satisfação.
- Senhor, eu não sei, a pressão espíritual desses parece...alta demais... - reclamou o soldado com seu capitão.
O capitão olhou fundo nos olhos de seu soldado, mas não deu muita importância.
- E daí soldado? Treine e fique como eles, podem passar, as forjas precisam desses suprimentos! - ordenou o capitão da guarita aos heróis.
Com um sorriso tampado pelos capacetes, os 6 heróis conseguiram adentrar os portões de ferro da fortaleza junto ao Kushanada, lá dentro, vários soldados corriam e se alinhavam em batalhões, soldados treinavam uns contra os outros, corriam com suprimentos e medicamentos para todos os lados, as fornalhas estavam borbulhando de calor, ferreiros forjavam armaduras e lâminas para os soldados rasos, um verdadeiro cenário de guerra.
- Precisamos chegar até a fortaleza principal, acho que é aquela - disse Uryu olhando para um prédio central repleto de torres de vigia - não... não seria tão óbvio...
- Podemos perguntar aos guardas, talvez eles saibam uma entrada... - disse Renji arrumando sua armadura, mas no momento em que ele foi arrumar a aba de seu capacete, ele caiu, fazendo seu rosto ficar a mostra a alguns soldados próximos a um forno.
Um dos soldados pegou o capacete de Renji e se aproximou do homem, que já estava prevendo o pior.
- Ei amigo, deixou cair isso! - disse o guarda entregando o capacete a Renji.
- Obrigado... amigo... - disse Renji recolocando seu capacete, enquanto todos os seus aliados já esperavam que algum dos guardas o reconhecesse.
- Engraçado, eu podia jurar que... - o guarda soltou uma risada de descaso - não, eles não seriam tão loucos, podem continuar seu caminho!
Os heróis deram uma risada de alívio e continuaram guiando o Kushanada até um estábulo de descarga.
Alguns estivadores vieram tirar a carga das costas da criatura, enquanto os heróis, disfarçadamente entraram em uma espécie de galpão, atrás dos estábulos, menos Matsumoto que demorou um pouco mais, pois foi se despedir da criatura.
- Bem, agora que estamos dentro, pra que lado iremos? - perguntou Rukia a Uryu.
- Eu sinto o portal...mas... - Uryu tossiu, ele parecia estar enjoado.
- Uryu, você já usou muito esse poder hoje, se você continuar... - Ichigo foi interrompido pelo amigo.
- Se eu estiver muito mal, eu vou parar - disse Uryu limpando a boca por baixo do capacete - agora vamos!
Alguns segundos depois, Matsumoto se juntou ao grupo e os 6 caminharam em direção ao centro do galpão, onde estavam armazenando armas e suprimentos para a guerra, a movimentação estava brusca.
- Tantas armas... Será realmente que a Soul Society irá aguentar um ataque desses? - questionou Rukia.
- A Soul Society já aguentou coisa pior - murmurou Ichigo com os amigos - agora vamos...
Ichigo foi cortado por todos os soldados abrindo caminho e fazendo posição de sentido a um oficial caminhando em direção aos 6 que ficaram em forma na mesma hora, o oficial era ninguém menos que Tyler.
- Então vocês 6 trouxeram os ferro negro com aquele Kushanada de carga, não é mesmo, mestre de forja Thanatos? - perguntou Tyler a Uryu, que estava suando frio.
- S-sim senhor! - respondeu Uryu de forma tremida.
Tyler cerrou os olhos fixamente em Uryu, de forma raivosa.
- Curioso, batedores acharam restos mortais de Thanatos num desfiladeiro aqui perto - Tyler abriu a mão e cinzas de corpos caíram no chão frente a Uryu - curioso não?
Matsumoto estalou os dedos e sua zampakutou explodiu, fazendo uma névoa de cinzas cegar todos no salão, dando tempo para os 6 fugirem, o problema era que nem mesmo eles estavam de achando em meio a multidão de soldados com o mesmo armamento.
- Droga, achem eles, MATEM TODOS! - ordenou Tyler.
- Kakushitsuijaku( pardais localizadores) - Matsumoto lançou uma bakudou de localização remota e conseguiu se comunicar mentalmente aos seus aliados - se espalhem pela fortaleza, não tirem a armadura e evitem matar soldados de forma desnecessária, temos que evitar chamar a atenção!
Todos concordaram mentalmente, em seguida, todos correram em direções diferentes do galpão, por coincidência, Rukia correu na mesma direção que Toshiro, enquanto Ichigo correu junto a Renji em outra rumo ao palácio central, Matsumoto correu para outro galpão, esse porém, estava sem soldados, quanto a Uryu, ele correu em direção ao pátio.
- Achei você - Tyler apareceu atrás de Matsumoto, tentando golpear a mulher, porém rapidamente, ela desviou de sua lâmina perdendo seu capacete e fazendo seu cabelo ruivo se soltar - astuta, digna da posição de uma tenente, e pela beleza...
- Digna? - Matsumoto, impaciente, moveu suas cinzas tentando golpear Tyler, mas dá mesma forma que ela, ele esquivou - na Soul Society todos os cargos são merecidos por esforço, não força, nem lealdade, muito menos...beleza!
- Que peculiar, vindo de vocês, esperava algo bruto, afinal, foi assim que vocês destruíram nosso mundo - disse Tyler enquanto avançava em Matsumoto e golpeava a mulher lâmina contra lâmina - não é mesmo?
- Do que está falando? Nós salvamos o mundo incontáveis vezes - Matsumoto empurrou o homem e fez suas névoas o rodearem - oque o inferno fez além de torturar as pessoas?
- Nós lutamos para acabar com a tortura que VOCÊS criaram - Tyler liberou sua pressão espíritual, dissipando as névoas de Matsumoto - você vai pagar, escória!
Tyler acelerou os movimentos e tentou cortar Matsumoto, mas a mulher era muito mais rápida que ele, desviando e mantendo a vantagem na luta.
- Você vai ver - Tyler segurou o pulso da mulher e deu uma cotovelada em sua barriga, fazendo a mulher cair no chão com dor, Tyler levantou a lâmina para matar a mulher, mas antes de ser empalada pela espada de Tyler, Matsumoto chutou suas partes baixas, fazendo o homem cair de joelhos - ....maldita!
- Regra básica, sempre proteja as partes baixas - Matsumoto fez uma onda de névoas engolirem o homem e o socarem em meio a vários caixotes de suprimentos, deixando-o completamente ensanguentado - sei que acha que a Soul Society errou, e provavelmente erramos, mas nós lutamos todos os dias para melhorar e garantir um mundo melhor para todos, espero que um dia você...
Tyler soltou uma risada de descaso, enquanto quase desmaiava.
- Você matou meu melhor amigo...e agora me dá um sermão de "boa moça"? Você não sabe nem a história do seu reino... quem dirá...a sua própria... - Tyler largou a espada desmaiando, Matsumoto por sua vez, ficou pensativa, mas não podia demorar, logo outros soldados dariam falta do seu capitão.
- Matsumoto, está na escuta? - perguntou Uryu a mulher.
- Sim, eu derrotei Tyler, estou indo encontrar vocês! - disse a mulher.
Se eu fosse você não viria aqui fora... - disse Uryu com a voz abafada.
- Oque? Mas oque... - quando Matsumoto chegou ao lado de fora, mais de 4 mil soldados cercavam Uryu e Toshiro, que haviam retirado suas armaduras, ambos usando seus poderes para conter o exército na base - droga, eram tantos assim?
Matsumoto não pensou muito, logo se juntou a batalha para ajudar seus amigos, não tão distante dali, mais especificamente uma escadaria acima, Rukia seguiu a pressão espíritual de Ichigo e rapidamente chegou junto a ele e Renji no topo da fortaleza, onde havia um pátio frente a uma construção gigante, parecendo uma mansão ou castelo, todo vermelho e Negro, com bandeiras com o símbolo de um circulo cortado ao meio, frente ao palácio, cerca de 500 soldados rasos estavam posicionados.
- E isso porque tínhamos que achar um portal de forma discreta - disse Ichigo aos dois amigos.
- Bem, se quisermos procurar o portal, teremos que limpar essa base - disse Renji já liberando sua Shikai - vamos ao trabalho!
- Vocês querem tanto assim ir até o palácio de Kazuya? - perguntou a general-comandante Hadiya, do alto de uma sacada frente ao pátio - falando nisso, onde está Shuren, eu tenho assuntos pendentes com aquela alma!
- Shuren ficou preso em um compromisso de família - disse Renji dando um passo para frente - mas não se preocupe, logo será você presa a um funeral!
- Você é engraçado - Hadiya saltou da plataforma fazendo sua capa negra balançar ao vento, pousando frente a sei exército já sacando sua lâmina - venha Shini...
Antes que Hadiya pudesse terminar, Renji chocou sua lâmina contra a dela, assustando a mulher.
- Rukia! - Renji segurou a mulher para que sua amada pudesse usar seu poder contra as tropas.
- Tsugi No Mai, Hakuren ( Segunda dança, Lotus branca)! - Rukia lançou uma rajada de gelo congelando praticamente todas as tropas frente ao portão principal, deixando Hadiya furiosa.
- Maldita - Hadiya começou a golpear rapidamente a espada de Renji, porém sem efeitos, a mulher não era nada comparada a ele, sem falar da sua fúria por Rukia que a distraia - Balisteiros!
As torres dispararam projéteis se fogo em direção a Renji e Rukia, porém Ichigo disparou pequenos feixes de energia que destruíram os pedregulhos.
- Vamos Rukia, deixe essa mulher com Renji! - disse Ichigo correndo em direção ao portão do palácio.
- Não pense que vocês vão entrar - Hadiya raspou a lâmina no chão e uma espécie de escudo de Reishi de formou bloqueando a passagem dos 3 e os repelindo - eu vou lutar até o fim para impedir os assassinos de minha mãe!
Os 3 arregalam os olhos, pois não sabiam do que ela estava falando.
Enquanto isso, nos níveis inferiores, os 3 heróis deram tudo de si e conseguiram derrotar todos os soldados do pátio.
- Muito bem... Precisamos encontrar os outros agora... - disse Toshiro ofegante.
- Eles ainda estão lutando, por incrível que pareça! - disse Matsumoto quase sem reiatsu.
- Pessoal, sem querer estragar a comemoração... - disse Uryu, que estava em cima da muralha.
O capitão e sua tenente subiram até o topo da muralha para ver a situação, e realmente, estava crítica, um tapete de soldados avançava sobre a planície, provavelmente vindo de outros postos avançados, revoadas de arraias aladas voavam em direção a fortaleza, totalizando um total de 400 mil soldados em marcha.
- Precisamos ir, não temos como conter isso tudo! - disse Matsumoto.
- Matsumoto tem razão, vamos! - disse Toshiro pulando da muralha.
Uryu olhou com os olhos repletos de raiva, ele sabia que poderia conter os 400 mil sozinho, porém, usar seu poder poderia ocasionar na morte de várias pessoas, logo, preferiu seguir os outros.
Voltando ao topo, Hadiya estava caída e derrotada no canto da parede da fortaleza, completamente queimada.
- Me.. mate... - pediu a mulher a Rukia.
- Você disse que nós somos monstros e que matamos sua mãe, então nós iremos provar o contrário para você - Rukia levantou sua mão e usou o kidou de cura. Hadiya, curando completamente a mulher - ajude seus companheiros, Hadiya, e nos deixe passar, por favor!
Hadiya ficou paralisada por um instante, ela não acreditou que um shinigami a ajudou, isso iria de encontro a tudo o que ela foi ensinada, ocasionando em um choro, neste tempo, os heróis no nível inferior chegaram para se juntar aos aliados.
- Pessoal, más notícias, o exército de reforço é grande demais, temos que achar aquele portal agora! - gritou Toshiro com seus amigos.
- Certo, vamos... - Renji foi cortado por uma risada subindo a escadaria e chegando ao pátio.
- Vocês... Não vão a lugar nenhum - Tyler tinha retornado, sua armadura estava completamente quebrada e sem uma das ombreiras, seu cabelo e rosto repletos de sangue e sua lâmina completamente arranhada - Hadiya... Me ajude, vamos matá-los!
Tyler partiu para atacar Matsumoto com o intuito de vingar sua derrota.
- Você é minha - antes que Tyler pudesse atingir Matsumoto, Hadiya pulou na frente com a sua lâmina e bloqueou a de Tyler - mas que merda... Hadiya...
- Tyler, por favor, eu não quero perder você também - disse Hadiya chorando ao amigo - vocês, shinigamis, o portal está no quarto andar, sala 405...
Tyler desabou de exaustão nos braços da amiga, em seguida, os Shinigamis reconheceram com um olhar a ação de Hadiya e em seguida foram em direção ao castelo, Rukia que foi por último, pois antes de ir, também curou Tyler.
- Obrigado, Rukia! - Hadiya se despediu com um olhar aos prantos, pois tudo oque ela virá, foi totalmente do horror que alguém lhe contara um dia.
Os 6 subiram ao quarto andar derrotando todos os serviçais e tropas no caminho, foram a sala que Hadiya ordenou e lá, uma espécie de portal vermelho entre duas cortinas da mesma cor, a sala era adornada de ouro e veludo, com uma cor vinho que até encomodava os olhos, tinha um estilo idade média misturado com indiano.
- Bem, é isso, eu posso ver além dele, ele leva a sala de portais do palácio de Kazuya! - disse Uryu usando o Allmight.
- Bem, vamos lá, hora de salvar meu filho e por um fim a essa guerra - disse Ichigo com seus amigos o seguindo e com o barulho das 400 mil tropas chegando ao pátio do palácio - vamos lá!
(Continua!)

BLEACH: Before the StormOnde histórias criam vida. Descubra agora