CAPÍTULO 09

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[…]

15 De março de 2003- Reino
Unido

Callie e George andavam pelas ruas movimentadas da cidade. Depois de passarem algumas horas analisando algumas obras no museu de artes, passaram no palácio, e depois no Rio. Callie sentia os pés cansados de tanto andar, mais não podia negar que estava se divertindo, George era uma ótima companhia, e muito simpático.

As vezes o homem flertava, soltando elogios para a bela morena latina, porém Callie não sentia nada com as suas palavras. E quando ele tocava em seu braço, não sentia o mesmo calor que sentia quando Arizona à tocava. E quando ele sorria para ela, não sentia as famosas borboletas no estômago, que Arizona fazia sentir quando exibia suas covinhas.

Ontem no trabalho, o clima entre elas não estavam um dos melhores. Callie percebeu que Arizona estava distante, apenas falava com ela sobre o trabalho, e quando perguntava se ela estava bem, a loira apenas dizia:

Sim. Esta tudo ótimo.

E Callie se perguntavam se era por causa do acontecimento do estacionamento no final de tarde de quinta-feira.

— E então, o que você acha? — perguntou O'malley tocando no braço da latina

— Hm!? O quê!? Desculpa George eu não estava escutando

— Eu perguntei que tal irmos até a cafeteria dos Mitchell's . Me falaram que lá tem os melhores cafés, uma vista ótima para o Big Ben

Callie pensou, repensou. Aquele era o lugar que levaria Arizona e as crianças. Gostava de pensar que era o lugar delas.

— Desculpa, George, mais eu estou cansada. E preciso passar um tempinho com o meu filho antes dele dormir — explicou a mulher com o tom de voz mais gentil que conseguiu

O'malley apenas assentiu, e caminharam até o carro estacionado do outro lado da rua. Como um bom cavaleiro, abriu a porta carona para a morena entrar.

....

— Obrigado pelo passeio, George

— Eu que agradeço. Não é todos os dias que se tem uma companhia como a sua — galanteio retirando o cinto de segurança.

Callie que ia descendo do carro, sentiu seu braço sendo puxado com delicadeza. Quando se virou o rosto de George, estava próximo demais do seu, e quando o homem se inclinou para beijar os seus lábios, a latina virou o rosto, fazendo os lábios do homem tocar em sua bochecha.

— Boa noite — Callie saiu do carro fechando a porta atrás de si.

Callie caminhou para dentro da mansão dos Torres. Assim que entrou, encontrou o pai e o seu filho jogando xadrez na mesinha de centro, e Carlinhos mexia no celular ao lado dos dois.

— Você demorou momy — reclamou José Miguel com a cabeça apoiada no punho, olhando fixamente para o tabuleiro

— Desculpa meu amor — beijou sua cabeça. Callie se sentou no lugar do filho, colocando o menino em suas pernas. Depois de beijar o pai e o irmão

— O que você fez de bom hoje? — perguntou a latina apertando o filho em seus braços.

José Miguel moveu sua Dama, e olhou para a mãe por cima dos ombros.

— O tio Carlinhos me levou para brincar no parquinho. E eu fiz uma nova amiguinha

— Uma nova amiguinha? — a latina olhou para o filho, que respondeu sim com apenas um som nasal — E qual é o nome dela?

Callie sabia o quanto o menino tinha dificuldade em fazer novas amizades. E ouvir aquilo à deixou mais do que feliz.

O menino forçou a memória para se lembrar do nome da amiga, mais nada vinha em sua mente.

— Eu não me lembro. Nós brincamos só um pouquinho, a tia dela estava com pressa. — explicou dando de ombros

— A Mama, não esta em casa? — perguntou Callie para o pai

— Não chegou ainda. Saiu com as amigas, e não tem horas para voltar

— Eu vou tomar um banho, e já desço para jantarmos. Te amo mocinho. — beijou a bochecha do filho.

....

Depois do jantar, Arizona, April e Amélia colocaram um colchão inflável de casal no chão da sala. As quatro assistiam Os sem-florestas. Todas agarradas uma à outra se divertiam com o filme infantil.

Luna que estava agarrada a mãe, estava quase se entregando ao sono. A loira fazia um cafuné na cabeça da filha, que tinha a metade do corpo encima do seu.

Amélia que dormiria na casa da namorada, estava dormindo com a boca aberta,e os braços jogados na cintura da ruiva. Era sempre assim quando a morena assistia filme, era só começar que já dormia.

— Amélia é pior que velho. É só encostar que dorme — comentou April rindo da namorada

— Tadinha. Hoje Luna cansou ela, minha bebê só queria saber da tia Amélia

April riu baixo da amiga, que era uma mãe ciumenta. As duas voltaram a prestar atenção no filme, e Arizona sentiu o celular vibrar debaixo do travesseiro. A loira ergueu a cabeça, e pegou o aparelho. Ao ler a mensagem seus olhos se estalaram.

— Aps, olhe isso

Robbins estendeu o celular para a amiga, que leu em voz alta a mensagem


Callie: Estou aqui na porta de seu prédio

Callie: Tem como você descer agora!?

Callie: Preciso te ver.

— E o quê você está esperando? — Disse April ,que já sabia da história toda da amiga com a chefe, que viviam nesse chove e não molha.

Arizona olhou para a filha, que agora dormia tranquila agarrada em seu corpo.

— Eu fico de olho nela. E qualquer coisa te chamo. 

Arizona sorriu em agradecimento, e com cuidado tirou a menina de cima de seu corpo. Se sentia como uma adolescente apaixonada, saindo daquele jeito no meio da noite, para encontrar a amada.

Deveria estar com raiva da latina, mais não conseguia. E sentia que dessa conversa, viria muitas coisas boas.

DESTINO | CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora