— A mamãe está demorando, titia — disse Luna com a cabeça no peito da ruiva. As duas estavam deitadas no sofá, enquanto na tv passava um dos filmes da Barbie.
Arizona abriu a porta com cuidado, e ao ouvir a voz da sua pequena sorriu. Tinha sido uma noite incrível ao lado de sua namorada, mais sentiu falta do calor de sua menininha que sempre dormia agarrada ao seu corpo.
A loira fechou a porta atrás de si, e caminhou até a sala. A menina ergueu a cabeça quando escutou passos. Seus olhinhos castanhos buscaram os da mãe.
— Mamãe
— Ei meu Amorzinho — Arizona deixou a bolsa no outro sofá, e pegou a sua garotinha nos braços enchendo o seu rosto de beijos. — Luna se comportou tia Aps?
April se sentou no sofá, deixando a coberta de lado.
— Feito uma mocinha, não é princesa? — Luna apenas acenou com a cabeça positivamente sorrindo.
Depois de encher a filha de beijos, e abraços para matar a saudade, Arizona deixou a filha na sala terminando de assistir o seu desenho. A loira e a amiga caminharam até a cozinha, a ruivinha estava curiosa para saber com detalhes sobre a noite do casal.
— Já sei que a noite foi animada. Olha esses chupão em seu pescoço — April se sentou na bancada.
Arizona apenas sorriu, e encheu uma chaleira com água, para fazer um café fresco.
— Foi a minha melhor noite. E agora estamos namorando oficialmente.
April bateu palminhas animada, era fã número um do casal Calzona. E torcia muito por esse casal. Arizona contou tudo para a amiga, cada detalhe da noite que tiveram, pois entre elas não tinha segredo, sempre confiaram muito uma na outra.
— Uau... E você adorou, já que ama ser a ativa
— Só por estar tendo uma noite de amor com Calliope, eu já amei. Sério, Aps essa mulher é tudo que eu sempre sonhei.
— É bom te ver feliz Zona. O papo esta bom, mais eu preciso sair, combinei de ir ao shopping com a Amy — April desceu da bancada, e deixou sua xícara dentro da pia
[…]
08 De maio de 2003 - Reino
Unido— Amor, eu vou dá um pulo na sala do meu pai. Me espera para irmos juntas? — perguntou Callie pegando sua bolsa, e o casaco pendurado na cadeira
— Espero. — as duas selaram os lábios em um selinho — vou estar na recepção.
Callie assentiu deixando a loira passar em sua frente ao sair da sala. As duas entraram no elevador, Callie desceu um andar abaixo do seu, onde ficava a sala do pai.
— Ei, o senhor queria falar comigo? — a latina parou na porta olhando para o homem dentro de um belo terno atrás da mesa
— Sim querida, entre — Carlos tirou o óculos da ponta do nariz, deixando a armação em sua mesa
Callie sorriu, e se sentou de frente para o pai, deixando sua bolsa e o casaco na cadeira ao lado
— Vou direto ao assunto. O que está acontecendo entre você, e a sua secretaria?. — Carlos cruzou as mãos encima da mesa olhando fixamente para a sua filha
Callie sentiu a boca secar, e os olhos arregalaram em surpresa. Se perguntava se seu pai estava falando sobre o romance entre as duas.
— Calma hija. Você sabe que pode confiar em mim certo? — Callie assentiu incapaz de formular alguma frase correta. Sentia seu coração bater mais rápido que o normal.
— Calliope, você sempre foi minha garotinha, e sempre será independente de suas escolhas. Eu amo você, e sempre terá meu apoio em tudo. Não é a sua orientação sexual que vai me fazer mudar de idéia. Arizona é uma boa menina, e não tenho dúvida que ela te fará feliz — completou
Callie sentiu os olhos encherem de lágrimas, e os batimentos cardíacos voltarem a bater normalmente. Era um alívio ouvir isso do homem que tanto amava, do homem que lhe ensinou tudo que sabe hoje. Devia a ele a ajuda que vem dando com o filho, desde sua gestação. E saber que Carlos Torres lhe aceitava, era tudo que precisava ouvir para dizer ao mundo que amava Arizona Robbins.
— Como o senhor sabe.. Sobre eu e a Ari?
— Além de ter visto vocês duas se beijando no portão de casa — Callie sorriu sem graça por ter sido pega — eu sou teu pai Calliope, e vejo como seus olhos brilham quando olham para ela, como vocês se conhecem tão bem. De início pensei ser apenas uma boa amizade, mas meu coração de pai viu outra coisa
— Eu ia te contar, só estava com medo de ser rejeitada por você — secou uma lágrima que escorria por sua face
— Eu entendo. Confesso que demorei a querer acreditar nisso, afinal nunca tinha visto você com outra mulher sempre namorou a rapazes. Só queria te dizer que eu te amo, e estou aqui pra você, hum?
Callie sorriu, e deu a volta na mesa, se sentando no colo do mais velho o abraçando como uma criança de cinco anos.
— Obrigado, Papá. Me deixa tão feliz em saber que me aceita do jeito que eu sou.
— Te amo! — Carlos beijou a testa da filha secando as suas lágrimas
— Também amo o senhor. Agora eu preciso ir, a Ari esta me esperando lá embaixo
— Vai lá. E diga à ela, que precisa pedir a minha autorização.
— Eu direi, papá. — Sorriu
Callie saiu da sala de seu pai radiante. Como se estivesse tirado um peso de suas costas. Chegou na recepção, e Tereza avisou que Arizona estava à esperando no estacionamento. Torres agradeceu, e quando chegou próxima à loira, a encheu de beijos pegando a mesma de surpresa.
— Eu te amo!
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DESTINO | Calzona
Fanfiction[Concluída]"O Destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, da qual nada que existe...