CallieTinha alguns dias que George começou a me mandar mensagens, e a ligar. Sempre era o mesmo assunto, ele insistia para que fôssemos sair. E eu não duvido nadinha que tudo isso tenha sido idéia de minha mãe. Quando a mais velha descobriu que Arizona e eu tínhamos terminado ela tentou uma aproximação de mãe e filha. Com toda certeza ela sente falta de controlar a minha vida como sempre fez.
Irritada. É assim que me sinto no momento. E ignorar as ligações de O'malley é o melhor a se fazer por agora. Não acredito que ele estragou o meu momento com a loira, depois de dias sem conseguir tocá-la, eu finalmente estava fazendo isso e o homem atrapalhou.
Pelo que conheço de Arizona, ela deve estar criando várias histórias em sua cabeça. E pela expressão em seu rosto elas não são nada boa.
- Arizona, olha só ...
- Não precisa me dá explicações, Callie - sua voz sai ríspida, mas eu não me deixo afetar. Eu conheço a peça, e não desistirei tão fácil assim
De costas para mim, Arizona começa a lavar a pouca louça dentro da pia. Caminho até a loira. Com uma mão de cada lado de seu corpo,beijo a sua nuca exposta. Seu corpo se encolhe. A mesma desliga a torneira, e descansa as mãos na borda da pia.
- Acredite em mim, Ari, George e eu não temos nada. E nunca vamos ter, pois a única pessoa que eu quero é você - minha língua contorna sua orelha. Meu corpo se encosta mais ao seu, roçando minha intimidade em sua bunda
- Callie?!
E como se o cara lá em cima estivesse contra mim, alguém abre a porta fazendo eu me afastar da loira. Eu não sei o que eu fiz de errado para merecer esse empadas todo. Quem entra é Amélia com algumas sacolas, e como percebesse que atrapalhou alguma coisa pede desculpas.
Checo o horário, e decido que esta em meu horário. Aproveitaria para pegar Miguel na escola, e com certeza ele ficará feliz em me ver lá.
- Obrigada por hoje. Por me ajudar com Luna, e aceitar a trabalhar daqui
- Não precisa agradecer. Eu fiz isso porque eu amo vocês -apertei o botão para chamar o elevador - Até segunda
- Até segunda -disse enquanto eu entrava na caixa, e a mesma se fechava
[...]
Na manhã de sábado recebi uma mensagem de meu pai, me perguntando se eu poderia ir até a mansão. Tinha chegado o momento de contarmos a Carlinhos toda a verdade. A ansiedade tomou conta de todo o meu corpo. Eu temia pela reação dele.
Nós três estávamos sentados no escritório do papa. Carlos Filho ouvia tudo atentamente, seu rosto não mostrava nenhuma reação. Papai contava a estória desde o início. Desde as brigas dele com a mamãe, à traição.
- Espera - o mesmo se ajeita no sofá - O papá, Carlos Torres, não é o meu pai? E sim Daniel Robbins
Sua voz chorosa me corta o coração. Seguro em suas mãos, e beijo o seu dorso.
- Espera ai - o garoto se afasta de mim. Eu tento me aproximar,mais papai me pede para deixá-lo
- Daniel Robbins. Ele é o homem que conhecemos na empresa. O pai da Arizona, Callie, o pai da sua namorada. Então a Arizona é a minha irmã?
- Sim. Filho me escuta - Meu pai o segura pelos ombros - Apesar disso tudo que você ouviu, você continua sendo o meu filho. O meu Carlinhos, não importa o sangue que corre em suas veias
Eu seco rapidamente as lágrimas. Papai continua ajoelhado na frente de meu irmão, que agora demonstra estar completamente abalado.
- Papa, eu não quero chamar outro homem de pai
- Você não precisa, mi chico- papai beija sua testa
- Carlinhos - me aproximo - A Arizona queria muita estar aqui nesse momento - o garoto me olha - mais ela queria te dar privacidade em um momento tão íntimo pra você. Ela disse que independe de sua escolha, sobre querer um contato com os Robbins ou não, ela vai sempre amar você como irmão
Carlinhos apenas assente enquanto seca as lágrimas. Eu o abraço de lado deixando sua cabeça repousar sobre o meu ombro.
- Eu te amo muito meu irmão
- Também te amo, Call - ele beija o meu ombro.
E finalmente o band-aid tinha sido arrancado.
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DESTINO | Calzona
Fanfiction[Concluída]"O Destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, da qual nada que existe...