CAPÍTULO 19

2K 189 88
                                    

Naquele mesmo dia da conversa com o pai, Callie decidiu que estava na hora de viver a sua própria vida. Estava na hora de andar com as próprias pernas, e sair debaixo das asas dos pais. E foi assim que a latina com a ajuda da namorada passou a manhã de sábado procurando um apartamento próximo a empresa.

Foi um final de semana produtivo para ambas as partes. Aproveitaram cada minuto com as crianças, e com Carlinhos que tinha se dado super bem com Arizona. Quando o menino soube de seus relacionamentos não estranhou, afinal já tinha visto as duas trocando  carinho.

O namoro estava cada dia mais forte, e o amor entre as duas cada vez maior. Tentavam manter o profissionalismo na empresa, mas as vezes era meio que difícil, principalmente quando Callie resolvia ir com uma de suas saias apertadas, ou com os cabelos sedosos presos, deixando seu adorável pescoço exposto. E nesse fatídico dia, Callie trajava uma de suas saias justas, e para ajudar os scarpins na cor preta que deixava as suas pernas ainda mais longas. Deixando pensamentos nada inapropriados passar por sua cabeça.

— Ei amor, foco nos papéis —  disse Callie sorrindo apontando para os papéis encima da mesa

— Desculpas. É que fica meio que impossível manter o foco com você em minha frente. Uma obra de arte dessas, tem que ser analisada

Callie sorriu ao ouvir aquilo, adorava quando a namorada à elogiava, mesmo que isso a deixa-se com as bochechas levemente coradas.

— Obrigado meu amor. Eu te digo o mesmo —  suas mãos se tocaram por cima da mesa

E assim passaram horas durante o trabalho. As trocas de carinho era um pouco impossível. E quando viram, já estava na hora de voltarem pra casa. Organizaram as suas coisas, e juntas caminharam até o elevador que não demorou a chegar.

— Vai jantar em casa hoje? — perguntou Callie entrelaçando a cintura da namorada.

— Hoje não amor. Dia de semana é meio corrido, Luna chega cansada da escolinha e fica toda manhosa — explicou a loira roubando um selinho da latina com um adorável bico nos lábios.

— Esta bem. Vamos marca um final de semana para as duas passarem a noite lá em casa. A noite do pijama.

— Adorei a idéia, e Luna vai adorar também

Assim que o elevador se abriu, as duas desceram sorridentes, mais o sorriso de Arizona morreu ao ver a sogra parada de costas ao lado de Carlinhos que trajava seu uniforme escolar.

— Apenas ignore o que ela disser — sussurrou Callie ao ver a expressão fácil da namorada.

Quando Lúcia descobriu do envolvimento da filha, com uma mulher a mais velha quis matar a filha. Literalmente. Foi uma briga sem fim na casa dos Torres, e a mulher deixou bem claro que não aceitava esse relacionamento. E quando descobriu que a secretaria era a tal mulher, foi outra briga. E desde então o relacionamento de Callie com a mãe, não andava um dos melhores.

Callie entrelaçou os seus dedos, e caminhou até os outros dois. Não mudaria o seu caminho por causa da mulher.

— Ei Carlinhos? — chamou Callie ganhando a atenção do irmão

— Callie, Ari — o menino sorriu abraçando as duas — Que bom ver vocês. Queria mesmo falar com as duas, no próximo final de semana terei um jogo, o primeiro campeonato da temporada. E queria muito que as duas fossem

O casal sorriu ao ver a empolgação do menino, e muito feliz pelo convite. Callie sabia o quanto aqueles jogos era importante para o irmão, e não perderia por nada, como sempre fez. E Arizona ficou feliz em ser incluída assim. Já Lúcia parecia não gostar da idéia, e ignorar o casal foi a sua opção.

— Fico muito feliz por receber esse convite. Com certeza eu irei —disse a loira bagunçando os fios claros do menino

— E eu como sempre não perderei esse jogo por nada, maninho — a latina beijou a bochecha do irmão.

E um pouco a frente, falando com a recepcionista. Um homem bem conhecido por Arizona Robbins perguntava por ela.

— A senhorita Robbins esta bem ali —Teresa apontou para a loira que sorria para o cunhado

— Obrigado — o homem ajeitou a grande mochila nas costas e caminhou até a mulher de cabelos loiros e olhos azuis.

Arizona estava tão distraída com a namorada e o cunhado, que só percebeu a presença do homem quando o mesmo  chamou por seu nome

— Arizona.

— Papai — a loira sorriu abraçando o pai calorosamente. Fazia-se tempos que não via o homem que tanto amava. Seus cabelos loiros jogado pro lado, e os olhos azuis como o céu, era uma versão masculina de Arizona.

E aquela voz masculina chamou a atenção da senhora Torres que estava distraída mexendo no celular. Seus olhos saltaram para fora, e a pele ficou pálida como um fantasma. E mais uma vez, aquele detalhe não passou desapercebido pela jovem latina.




DESTINO | CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora