CAPÍTULO 32

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11 De julho de 2003 - Reino
Unido

Arizona

- Luna, sentasse querida, é perigoso ficar assim - repreendo minha filha pela segunda vez.

- Para mamãe esta irritando Luna - a voz irritada de Luna soa atrás de mim no banco carona do carro da latina. Eu até riria por seu grande bico, mas a má-criação de minha filha está de mais essa manhã.

Presa no cinto de segurança me viro para trás e olho seria para a pequena que continua agitada.

- Luna, por favor eu não vou dizer de novo. E não adianta fazer essa cara, quando chegarmos em casa teremos uma conversa muito séria, mocinha.

Minha menina encolhe os ombros e se encosta no banco ficando totalmente ereta, sua carinha de choro me da dó, mas as vezes é necessário ser firme com ela, não quero que ela ache que pode fazer o que quiser, principalmente quando suas atitudes pode causar um grave acidente. Só de pensar nisso o meu corpo já dói.

José Miguel que esta sentado em seu banco de elevação apenas observa em silêncio cansado demais para dizer alguma coisa.

- Amor, não seja tão dura com a menina -sussurra a latina depois de olhar as crianças pelo retrovisor

- Ela precisa ter modos -digo voltando a minha atenção para as ruas movimentadas .

Estamos a caminho da cafeteria que Callie me levou quando comecei a trabalhar para ela, aquele que fica próximo ao Big Ben. Infelizmente Carlinhos não pode ir com nós, Dona Lúcia ligou bem cedinho pedindo para que o menino fosse embora, e exigiu que o mesmo estivesse em casa antes do café da manhã.

Quinze minutos depois estamos estacionando em uma vaga em frente a cafeteria. Antes de descermos as crianças ajeitamos os seus agasalhos e colocamos o gorro para aquecer as suas cabecinhas. Principalmente Luna que adoece facilmente.

- Espera a mamãe, Luna - peço quando tiro a menina do carro a colocando em cima da calçada

- Eu vou segurar na mão da tia, Calliope - diz a pequena segurando na mão da latina.

José Miguel que segurava na mão da mãe para subir na calçada se solta da mesma e segura em minha mão. O menino olha para mim e sorrir.

Sentamos na mesa de sempre, a mesa que fica de frente ao relógio. Depois das crianças se decidirem o que querem fazemos os nossos pedidos e aguardamos. O local esta bem movimento, com garçons andando pra lá e pra cá atendendo a todos.

As duas crianças logo se concentraram na revista de pintar que trouxemos juntamente com alguns giz de cera coloridos.

- Eu nunca perguntei isso antes, mas quando é o aniversário da Luna? -pergunta a latina

- Agora em agosto, dia 27

- Do Miguel também é - a latina sorrir. Isso é uma grande coincidência, e ao mesmo tempo um tanto engraçado. Luna e José Miguel tem a mesma idade, fazem aniversário no mesmo dia, e eles tem uma sintonia incrível. Eles até poderiam ser gêmeos, cômico isso né?

- Nossa que coincidência -digo realmente surpresas - Vai ter festa?

- Oh não, Miguel não gosta de festa. - sua voz sai triste e vejo seu semblante cair - Claro que eu gostaria de comemorar essa data com uma grande festa, mesmo não tendo a minha menina aqui. Mas José Miguel se fecha nesse dia, ele só fica na cama, acredito que mesmo sem entender muita coisa ele sabe que essa data era para ser o dia deles dois.

DESTINO | CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora