CAPÍTULO 10

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[…]

15 De março de 2003 - Reino
Unido


Dentro da BMW estacionada do outro lado da rua, Callie sentia as mãos suarem frias. Arizona não tinha respondido sua mensagem, então se perguntava se a loira desceria.

— Se ela não vier é compreensível. Eu fui tão babaca com ela nos últimos dias — a latina olhava atentamente a mensagem que envio a loira.

A morena bloqueio o celular, e olhou para a entrada do prédio, e foi impossível não sorrir com a imagem de Arizona de calça de pijama, e uma blusa de moletom maior que ela, os cabelos na altura dos ombros, estavam levemente bagunçados.

Callie destravou o carro, e desceu do veículo decidida. A loira atravessou a rua

— E então!? Você... — e antes que Arizona pudesse terminar sua frase, foi surpreendida com os lábios da latina grudados aos seus.

Callie segurava o rosto da mais nova entre as mãos, seus polegares faziam um carinho em suas bochechas rosadas, onde abrigava o erro genético mais perfeito — as covinhas — Um simples roçar de lábios fizeram os coração de ambas baterem rapidamente.

Arizona subiu suas mãos trêmulas e quentes, até a nunca de Callie. Tomando o controle daquele beijo, a loira sugou os lábios avermelhados da latina, e com cuidado contornou os seus lábios, sentindo a língua da outra entrar em contato com a sua. O beijo calmo, completo de paixão, e desejos acumulados, foi ganhando intensidade, até o ar se fazer falta.

— É melhor do que eu imaginei — disse Callie sorrindo, com os lábios inchados.

Antes de se afastar de vez, a loira deixou uma sequência de selinhos em seus lábios, fazendo o sorriso de Callie se alargar

— Por isso que queria me ver? — Arizona sorriu cruzando os braços para amenizar o frio

— Sim, por isso entre outras razões. Eu fiquei mal por ter desmarcado com você

— Esta tudo bem, Calliope.

— Não, não esta nada bem. Eu fiz errado, deveria ter marcado com o George para outro dia. Você me desculpa?

Arizona olhou para o bico fofo da outra em sua frente. Sua intuição não estava errada, quando disse que dessa conversa viria muitas coisas boas.

Seu coração estava batendo tão rápido, que era capaz de cair ali mesmo, naquele chão que muitos pisaram, e pequenos animaizinhos fizeram suas necessidades. Quão louco era isso? Tinha acabado de ser beijada pela mulher que vem sonhando à dias, cujo qual esta loucamente apaixonada.

Segurando nas duas mãos da morena, Arizona entrelaçou os seus dedos, fazendo um encaixe perfeito. Os castanhos brilhantes de Callie, acompanhavam cada gesto. Se perguntava, se merecia aquele anjo em formato de pessoa. E Arizona não pensava diferente.

— Claro que sim. Eu sou incapaz de não te perdoar — e mais uma vez naquela noite, selaram os seus lábios. Por elas passariam a noite toda se beijando.

Sentindo a temperatura cair mais naquela noite, as duas entraram no carro, e ali ficaram conversando amenidades, sentadas no banco da frente do veículo.

Mesmo com o pequeno espaço, as duas davam um jeitinho para trocarem carícias. Seus dedos se tocavam, singelos beijos no canto dos lábios, eram dados.

Depois de Callie reclamar de fome, Arizona enviou uma mensagem para amiga, avisando que iria dar uma saída rápida com a latina. Callie estacionou em frente a um fast-food, e pediu hambúrgueres, batata frita, e milk-shake.

....

— Isso aqui esta uma delícia — Arizona murmurou com a boca cheia. Depois de comprarem as coisas, as duas estavam dentro do carro em frente ao prédio da loira de novo. As coisas entre elas estavam fluindo tão naturalmente, que parecia um casal de namoradas, namorando no carro.

— Pra quem não estava com fome — provocou Callie.

—E não estava. Você coloca um hambúrguer desse na minha cara, e acha que não vou comer !?

Callie sorriu pegando o milk-shake da mão da loira. Callie admirava a outra, cada gesto que Arizona fazia, Callie se encantava. Até mesmo quando sugava o canudinho, seus olhos ficavam vesgos, propositalmente.

Arizona comentado, parecia uma criança de cinco anos feliz, por ser alimentada.

— Você tem cara de quem gosta de assistir desenhos — comentou a morena depois de ficarem em silêncio

— Acertou! Desenho me acalma. Principalmente na TPM,e quando tem algo para comer então. É combinação perfeita. E você, o que te acalma?

A loira se virou no banco, sentada encima de uma das pernas fitou os belos olhos castanhos em sua frente. Mordiscando os lábios a latina, começou a pensar nas coisas que lhe acalmava

— O que me acalma!? Hm, eu acho que música, e mesmo que eu seja desengonçada dançando, a dança consegue sugar toda a negatividade.

— Eu quero te ver dançar — disse animada — Melhor ainda — a loira estalou os dedos no ar tendo uma grande idéia —Você poderia cantar e dançar para mim. Uma espécie de "showzinho participar"

Callie riu da ideia da outra. Na sua cabeça aquilo soou tão inapropriado, ela imaginou uma cena quente.

— Isso soou pervertido — brincou Callie arrancando uma gargalhada da loira

— Você que tem uma mente poluída, eu disse na maior inocência — Robbins semicerrou os olhos, apontando o dedo para a latina

Callie segurou no pulso de Arizona, e com a outra mão segurou a sua nuca, trazendo o seu rosto para perto do seu. Roçaram os seus narizes, em um beijo de esquimó.

— Eu amo o seu cheiro — Arizona desceu o nariz para o pescoço exposto da morena. — ele é tão bom

Callie se arrepiou ao sentir Arizona mordiscar seu pescoço, e maxilar. Soltando um gemido baixo, Callie apertou a coxa da loira.

— A-aarizona

A loira chupou o lóbulo da orelha de Callie. A morena segurou o rosto de Arizona, olhando fixamente aquela imensidão azul, Callie sugou os seus lábios. Com cuidado Arizona subiu no colo da latina, com uma perna de cada lado de seu corpo, sem desgrudar suas bocas.

Torres não sabia muito o que fazer, apenas seguia o ritmo da loira encima de si. Suas mãos apertavam a cintura de Arizona, sentindo o corpo queimar de desejo.

— O meu celular — a loira disse, e contra gosto desgrudou os lábios dos de Callie.

Arizona esticou o braço para alcançar o aparelho no banco. Quando pegou, viu o nome de April na tela. Atendendo a ligação a loira encostou as costas no volante.

— Oi Aps...não, eu estou na frente do prédio... Eu já estou subindo.

Callie prestava atenção na loira em seu colo. Com as mãos em suas coxas, a latina subia e descia as suas mãos.

— O que houve? — perguntou a latina preocupada após a loira encerrar a ligação.

— Luna acordou, e está chamando por mim — a loira mordiscou o lábio inferior da morena — Eu preciso subir

— Eu também preciso ir. Foi bom te ver

Antes de descer do colo da morena, as duas se beijaram mais uma vez.

— Boa noite! — a loira desceu do carro

— Boa noite!

Callie ficou olhando a secretaria entrar no prédio, e antes de sair com o carro buzinou por fim indo pra casa.

Naquela noite, a loira e a morena dormiram sorrindo. Em suas memórias repassavam cada momento daquela noite. Cada beijo trocado, cada frase dita, e cada carícia trocada.



DESTINO | CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora