5. Posso ajudar?

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Lisa fechou a bolsa e escutou a porta sendo aberta, olhou na direção vendo Anne parada com os braços cruzados em suas impecáveis roupas, naquela manhã ela trajava um vestido vinho que desenhava perfeitamente bem seu corpo.

– Você realmente não sabe o que é privacidade — Anne sorriu de canto.

– Está na hora de irmos, querida, precisamos chegar cedo para podermos descansar para a reunião de amanhã.

– A que horas é a reunião? — Perguntou colocando a mala no chão.

– Às oito — Respondeu passando a mão nos cabelos — Vamos — Lhe deu as costas e saiu do quarto.

Lisa revirou os olhos pegou a bolsa e saiu arrastando a mala quarto a fora.

– Não deveríamos ter saído mais cedo? — Perguntou recebendo a ajuda de um dos mordomos.

Anne parou majestosamente virando-se para encara-la e sorriu forçadamente.

– Tive alguns assuntos a resolver, mas agora podemos ir — Voltou a virar-se e saiu da residência junto a ruiva de olhos claros.

[...]

Horas que mais pareciam anos, se passaram naquele avião, ao menos para Lisa, Anne estava concentrada em analisar planilhas e mais planilhas de trabalhos a serem feitos.

Ela já estava impaciente, já havia revisado todos os papéis da reunião que teria no dia seguinte mais de cinco vezes, a aeromoça passou algumas vezes por elas, esbanjando desejo e sensualidade para cima de Anne que apenas lhe olhou sorrindo de canto e pediu um café, a mulher não perdeu tempo para se insinuar, mas após um tempo parou e simplesmente sumiu de suas vistas.

– Senhora Montgomery? — Anne olhou para a aeromoça.

– Sim?

– O capitão mandou avisar que precisaremos adiar a viagem por conta da chuva que se aproxima.

– Não há mal algum, pode aterizar, a que horas retornaremos com a viagem?

– Assim que a tempestade passar, a previsão é que tudo volte ao normal, ao menos amanhã durante a manhã, teremos que passar a noite em algum hotel.

– Tudo bem — A aeromoça sorriu e voltou para a cabine.

Lisa apenas observava tudo em silêncio, não tinha o que fazer, só esperava não ter que dormir na mesma cama que Anne.

[...]

Anne olhou para o pequeno quarto de um motel de beira de estrada, paredes em um tom de beje claro, duas camas no centro, uma mesa com duas cadeiras próxima a janela e uma porta que provavelmente seria um banheiro.

– O que tem para comer por aqui? — Perguntou para o jovem rapaz que trouxera suas malas.

– Aqui, nada senhora, mas há um restaurante a pouco mais do que 4 quilômetros daqui.

– Ótimo, quero que vá até lá e me traga o jantar, que a carne seja assada — Tirou uma nota de cem dólares da bolsa e lhe entregou — Pode ficar com o troco — O rapaz saiu.

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