11. Sente Saudade?

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Lisa olhou-se no espelho arrumando seus cabelos e respirou fundo, não gostava de mentir para seus pais e sabia que o clima entre Marcus e Anne não seria um dos melhores, saiu do quarto e desceu as escadas, faltavam poucos segundos para que eles chegassem, verificou se o preparo do jantar estava correndo bem e verificou a mesa novamente.

Anne apareceu na sala, observou Lisa que encarava a mesa de maneira atenta, tudo o que queria era joga-la ali, desfazendo toda aquela decordação e toca-la como há dias não fazia.

– Algo errado com a mesa? — Lisa a olhou assustada e Anne não conseguiu conter a risada.

– Você me assustou.

– Mal pude notar — Ironizou voltando a rir.

– Pare agora mesmo de rir de mim, Anne Montgomery! — A cara de brava que Lisa lhe direcionou apenas impulsionou seu riso.

Quando deram conta, já estavam próximas uma da outra, Anne lhe abraçava pela cintura, Lisa olhou para os lábios da mais velha por longos segundos e a beijou, sem pedir, sem se importar, apenas segurou a nuca de Anne arranhando-lhe com a ponta das unhas fazendo-a gemer sem conseguir se conter, afastaram-se quando o ar se fez necessário, Lisa mordeu o lábio deixando a testa colada a testa de Anne.

– Por que está distante? — Perguntou  em um sussurro.

– Eu sempre fui — Sussurrou de volta.

– Antes eu te via todos os dias — Disse olhando-a nos olhos enquanto sentia os carinhos que a loira fazia em sua cintura de maneira tão natural.

– Sente saudade? — Deu um sorriso convencido, Lisa revirou os olhos.

– Não senti saudade, eu apenas... — Parou de falar por alguns segundos — Me acostumei com sua presença.

– Se você diz — Preparou para afastar-se, mas Lisa lhe prendeu abrançando-a pela cintura assim como era abraçada.

– Fica aqui — Disse manhosa.

– Você é tão bipolar.

– Eu, Anne Montgomery? Tem certeza? — Perguntou com a sobrancelha erguida — A três dias eu mal vejo você, sempre está trancada no escritório ou fora de casa, normalmente as pessoas ficar irritadas por não transarem com as esposas, você fez completamente o contrário.

– Minha esposa e eu transamos apenas duas vezes e a primeira não foi tão produtiva como a segunda.

– Eu sou obrigada a concordar com você, eu adorei aquilo.

– Aquilo o que? O chicote?

– Não, minha bunda ainda está marcada — Anne fez cara de coitada.

– Quer que eu beije para sarar? — Perguntou maliciosa, Lisa riu.

– Estou falando sério, Anne.

– Você não me parece séria — Disse divertida — Mas o que gostou?

– Quer mesmo saber?

– Sim, devo confessar que você conseguiu me deixar curiosa — Lisa lhe segurou nos braços e aproximou os lábios da orelha da mais velha.

– Adorei a forma que me chupou — Disse em um sussurro fazendo com que o corpo de Anne estremecesse.

– Posso fazer novamente após o jantar — Disse sorrindo enquanto aproximava o rosto do rosto da mais nova.

– Eu iria adorar — Anne lhe beijou lentamente, o intensificando em poucos segundos, passou os beijos para o pescoço de Lisa mordendo-o, Lisa riu, fazendo-a olha-la.

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