O UNIVERSO ENTRE NÓS - COMPLETO

JÚPITER

- Filha da puta! – Luísa xinga, assim que corro até a água e me jogo ao seu lado, molhando seu corpo inteiro. Thomas gargalha junto comigo enquanto recebemos os dois dedos médios de Luísa em nossa direção. – Eu odeio vocês. – Ela diz, antes de sumir, mergulhando no mar. Eu rio e olho para Thomas que ainda gargalha. Estamos na praia pela primeira vez desde que Thomas chegou e decidimos que precisávamos de uma saída em trio, para relembrar os velhos tempos.

- Você parece bem. – Thomas diz, aleatoriamente, me encarando. Tiro a água salgada dos meus olhos e sorrio. – Não só bem, você parece radiante, principessa. – Ele diz, em italiano. Vou até ele e o esmago em um abraço.

- Eu estou. – garanto. – Estou tão feliz que tenho medo de respirar errado e tudo desaparecer. – digo, boiando pra longe.

- Isso não vai acontecer. – Ele garante. – Você nasceu pra ser feliz. – Ele diz, sorrindo. Eu nunca deixaria de me chocar com sua beleza. Thomas era um príncipe, literalmente.

- E para ser bem fodida por um gostosão! – Luísa gritou, surgindo do nada, nadando como uma rã. Eu gargalhei.

- Isso também. – eu concordo, rindo. – E você e Della? – Pergunto a Thomas. E ele revira os olhos bufando.

- Ela é impossível. – Ele diz, com os olhos brilhando. – Ela se recusa a se envolver. É ridículo. – fala, tirando o cabelo grudado em seu rosto. – A gente estava tendo uma coisa casual, mas ela deu para trás.

- Você já tentou entender por que ela faz isso? – Luísa pergunta e ele concorda.

- Mais vezes do que eu respiro. – ele diz, decepcionado.

- Dê a ela algum tempo, às vezes é tudo que ela precisa. – digo, dando de ombros e ele concorda. Nadamos até a areia, juntamos nossas coisas e caminhamos juntos até nossos carros. Eu tenho que almoçar com meus pais e Dominic e Luísa havia prometido almoçar com Thomas no clube dele e dormir em seu apartamento para eles maratonarem Friends. Os idiotas eram mais viciados nisso do que formiga é viciada em açúcar. Nos despedimos e marcamos de nos encontrarmos no dia seguinte para ver o filme novo de terror que havia acabado de lançar nos cinemas.

Dirijo até em casa, tomo um banho relaxante e sento na pequena varanda de nosso apartamento. Eu andava inspirada nos últimos tempos e eu sabia exatamente o que estava causando isso. Sorrindo, alcancei meu bloco de desenho e meu grafite e começo a desenhar. Fico meia hora aperfeiçoando cada traço, formando o perfil de um homem. O perfil do meu homem. Dominic vai ganhando vida no papel e me concentro tanto que tomo um susto quando uma voz melódica sussurra na base do meu pescoço.

- Você é a coisa mais talentosa e linda que eu já vi na minha vida. – Dominic diz, me arrepiando dos pés a cabeça. – E saber que eu não saio dos seus pensamentos como você não sai dos meus, me deixa duro para caralho, Júpiter. – ele ronrona, deixando beijos suaves em meu pescoço.

- Senti sua falta. – Eu digo, encostando minha cabeça em seu ombro.

- E eu senti a sua. – ele diz, profundamente. – Amo você, linda.

- Eu amo mais. – digo, me aconchegando mais ao seu corpo. – Você está pronto?

- Para conhecer seus pais? – ele pergunta, sem se afastar. Concordo com a cabeça. – Estou um pouco nervoso, mas estou feliz.

- Eu também. – Digo, simplesmente.

- Também está nervosa? – ele pergunta, pousando as mãos firmes nos meus quadris.

- Não, também estou feliz. – digo. – Você me faz feliz. – conto, envergonhada. Dominic geme e me vira em sua direção. Nossas bocas se colam em um instante.