JÚPITER - PARTE III

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parte final que vocês tanto pediram! Comentem e segurem as lágrimas! 


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Ouvimos os tiros antes de qualquer outra coisa.

O barulho, mesmo distante, é ensurdecedor. Tiros. Muitos, muitos tiros. Olho para Dominic desesperada e ele se coloca na frente do meu corpo, como um escudo. Me aperto as suas costas e mal tenho tempo de processar alguma coisa, antes da porta ser aberta com violência e Rodrigo entrar enlouquecido apontando uma arma para nós dois.

- QUE MERDA VOCÊS FIZERAM? – Ele berra, enquanto Giovanni sai detrás dele, empunhando uma arma também. Apenas três brutamontes os seguem. O que nos deu o celular está entre eles. Ele me olha assustado.

- EU PERGUNTEI QUE MERDA VOCÊS FIZERAM! – Rodrigo berra, dando um tiro perto de nossos pés. Eu grito alto.

- Grite assim mais uma vez e o próximo vai para sua cara. – Giovanni fala, me olhando mortalmente. Dois brutamontes vem em direção de Dominic, que luta com os dois antes de ser segurado firmemente. Os dois socam as laterais de seu corpo e ele geme involuntariamente. Eu me encolho e choro. Choro muito. Dominic geme enquanto é espancado e antes que eu dê um passo em sua direção, Eva entra desesperada e vai direto em minha direção. Ela vê vermelho.

- SUA VAGABUNDA, ISSO É TUDO CULPA SUA. – Ela diz, antes de me agarrar pelos cabelos e me jogar no chão. Tento proteger meu rosto, mas, ela está completamente alucinada, e continua me batendo com força. Muita força. Mal tenho tempo de revidar antes dela ficar de pé e chutar minha barriga com toda a força de seu corpo. Eu engasgo e tenho ânsia, a dor agonizante me cega. Dominic me grita e isso só deixa Eva com mais raiva, já que ela me chuta mais uma vez. As lágrimas fluem tão livremente que não sei mais o que fazer. Os tiros continuam sem fim, numa trilha sonora macabra.

Fico no chão tentando me recuperar e então vejo Giovanni caminhar até mim, se abaixando do meu lado.

- Como vocês chamaram por ajuda, Júpiter? – Ele pergunta, fazendo carinho em meu cabelo. Mantenho minha voz calada, mas vejo o brutamontes que me ajudou se remexer desconfortavelmente.

- Nós não chamamos. – Dominic diz, contrariado sobre defender alguém que nos causou mal. – Vocês realmente acharam que ninguém sentiria falta do CEO da empresa e de uma diretora? – Dominic diz, antes de ser socado mais uma vez, agora no rosto. Ele cospe pra longe sangue e volta a me encarar. Seus olhos preocupados focados na mão de Giovanni me acariciando. A arma que ele impõe na outra pisca em neon. Mais tiros, agora mais altos são ouvidos. Eles estão próximos. Respiro fundo e devagar. Não posso desmoronar agora.

- Senhor, eles estão próximos. – Diz o brutamontes que nos ajudou. – Nós deveríamos deixa-los aqui e fugir. – continua, e não levo meus olhos aos dele. Giovanni respira fundo ao meu lado.

- Você está com medo? – Giovanni pergunta, olhando para o homem mascarado. – Não confia em nossa liderança? – indaga e o homem nega.

- É-é claro que confio, senhor. – ele responde. – Eu só não quero que o senhor perca tudo por conta desses dois. – ele diz, mais firmemente mais uma vez.

- Está tentando nos proteger? – Giovanni pergunta, se levantando.

- Sim, senhor. – o brutamontes diz. – É só o que estou tentando fazer.

- E foi por isso que deu seu telefone a Júpiter? – Giovanni pergunta, o rondando. O homem mascarado fecha os olhos, o medo sendo exalado de seu corpo em ondas maciças.

O UNIVERSO ENTRE NÓS  - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora