A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao Contrato

43 - Aquele do Fim da Linha

Sophia narrando:

As mãos fortes de John me arrastaram até um carro e me jogou no porta-mala. Eu chorava compulsivamente por todo medo que me dominava e eu já estava farta destas perseguições. Eu só quero paz! É pedir muito?

O carro tomou uma velocidade perigosa e eu tapava minha boca tentando impedir o vômito que já estava prestes a descer.

"Senhor, faz um milagre nesta loucura que é minha vida!". — clamei com fervor.

***

Zuleica narrando:

— 003 manda reforço para o fim da Avenida St. Lurdes, agora! — ordenei ao meu parceiro. Já estava mais do que na hora daquela história ter um fim. Era 18 anos de investigação!

— Ele não terá coragem de fazer nenhum mal a ela! — Victor afirmava ao meu lado, enquanto segurava uma compressa de gelo no olho rosto, por conta da frigideirada que levou.

— Desculpa aí cortar seu barato, mas ele já está fazendo um mal a ela.

— Você vai saber o que estou dizendo na hora certa! — ele assegurou e travou o maxilar, eu conseguia ver as veias de seu pescoço pulsando em ritmo acelerado. Já tinha visto isso quando uns colegas em operação ficavam com muita raiva. Eu não queria nem ver o que Victor podia fazer em sua ira... Mentira! Eu queria ver sim kkk.

Enquanto estava em perseguição, atrás do carro de John, eu percebi um helicóptero policial voar sobre a via onde estavamos. Era hoje que pegaríamos aquele safado!

****

John narrando:

— Corta pela direita, Arnold! Você é idiota? Não está vendo como aquela louca vem em nossa direção.

— Faço tudo que posso, chefe!

John arfou com o segurança mais besta quadrado que tinha arranjado.

— Você tem o que na cabeça, Arnold?

— Tenho metal e fiação de última geração. Eu sou o RoboCop — respondeu de modo mecânico.

Bati na cabeça dele e ouvi aquele som de aço. Agora entendia porque meu pai o colocou para ser meu "empregado". Droga!

O carro entrou numa estrada de barro e respirei aliviado. Enfim, aquela patricinha iria finalmente pagar todo prejuízo causado por tantos anos. Contudo, não esperava por aquilo... Muitos carros policiais parados a nossa frente e armas apontadas em nossa direção. Não tinha o que fazer, era o fim.

***

Victor narrando:

— John sentiria na pele a ira de um homem. Nunca mais se esqueceria deste dia e pensaria duas vezes quando se metesse com a mulher de outro.

O carro de Zuleica estacionou numa estrada de barro e logo a frente percebi uma barreira policial. Eu podia até ser preso, mas ia ser de alma lavada!

Sai do carro com brutalidade e ouvi as murmurações de Zuleica, mas eu não estava nem aí. Caminhei em direção ao carro preto e John já estava saindo do veículo por causa dos policiais. Naquele momento, eu o segurei pelo colarinho e o arrastei para o meio da estrada. Ele tentou se soltar, mas eu sentia uma força pulsante correr em cada veia. Era tudo pela força do ódio, literalmente!

— Você vai aprender a nunca mais se meter com a Sophia ou com qualquer outra mulher! — disse já desferindo o primeiro soco no meio do seu rosto, quebrando seu nariz. O sangue veio pra fora.

Ele caiu no chão.

— Porque você não briga com um homem do seu tamanho, hein? — O levantei pela camisa e o esmurrei de novo. — Seu miserável! Que não quer nada a não ser ficar rico a custa do dinheiro dos outros. — O golpeie com um chute e o mesmo virou para o outro lado, sentindo a dor em seu estômago.

— Para, por favor!

Ouvi uma voz feminina pedindo, mas eu não queria que Zuleica se metesse naquilo e quando fui acertá-lo mais uma vez...

— Victor! — a voz era dilacerante. — Não estrague nossa vida por causa dele. Eu preciso de você!

Era Sophia clamando em meio às suas lágrimas. E por amor a ela, eu dei um passo pra trás.

— Acabou! Enfim, acabou! — Ela correu em minha direção e me abraçou. — Eles serão presos e julgados. Nós viveremos em paz.

— Mas e o pai dele? — perguntei quase cuspindo as palavras em cima daquele verme miserável!

— Ele foi preso em sua casa neste exato momento — respondeu Zuleica, andando em nossa direção com o celular em mãos. — Tudo que ele roubou será devolvido. E nunca mais farão nenhum mal.

Então, os policiais vieram e algemaram John e o segurança dele se "autodesligou", dizendo: Missão cumprida! Missão cumprida!

— Arnold, é um dos nossos melhores agentes! — disse Zuleica sobre o policial robcop.

Depois disso, virei para Sophia que tinha o rosto suado e a abracei com amor. Eu sabia que nunca mais ficaria sem ela e finalmente podíamos reiniciar nossa vida!

***

Fala amores!
Então, eis aí nosso capítulo. E daqui mais uns dois nossa história se finaliza. Me diga qual é a sua ideia para o fim de Victor e Sophia?