17 - Aquele futuro marido

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VICTOR NARRANDO

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VICTOR NARRANDO

Encarei Sophia e tive vontade de rir. O que Deus tinha a ver com aquilo? Por que ela precisaria orar a respeito de algo como aquilo?

— Para que, exatamente, você precisa orar? — perguntei com cautela, tentando esconder meu ceticismo.

Ela sorriu e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Nós cristão, gostamos de saber o que Deus tem a dizer sobre tudo em nossa vida. Inclusive sobre nossa vida sentimental. Por mais que eu te ame, preciso saber o que Deus tem para nós.

Ouvi-la dizer que me amava, fez cada músculo do meu corpo retrair. Algo lá no fundo do meu coração tentava me dizer para não fazer aquilo com uma menina tão pura. Eu sabia que iria acabar com a vida dela se o fizesse. Porém, eu me encontrava em uma situação complicada. Minha família dependia de mim e eu não poderia desapontá-lo. Rapidamente, bolei mil maneiras de convencê-la de que eu era a pessoa certa para ela.

— Tudo bem. Você tem o tempo que precisar. Só não demora, pois a qualquer momento a imigração pode aparecer e aí já era — falei, acariciando o rosto dela.

SOPHIA NARRANDO

O toque quente da mão de Victor no meu rosto, fez minha pele formigar. Ele me olhou com tanta ternura, que me fez acreditar que ele teria toda paciência do mundo para me esperar. Ele realmente estava mudado.

Alguns dias se passaram e eu me dediquei a orar sobre a proposta do meu namorado. Preferi não contar a ninguém e deixar aquele assunto entre nós.

Uma semana depois...

Era uma tarde quente das férias de verão. Zuleica havia feito suco de caju, tão comum em Nova York e comprado Donut na padaria da esquina para o lanche da tarde, quando Victor tocou a companhia.

— Está um dia lindo lá fora, então pensei em fazermos um piquenique no Central Park — disse, erguendo uma cesta cheia de guloseimas e uma toalha xadrez nas cores vermelha e branca.

— Eu sempre sonhei em fazer isso! — Joguei meus braços em volta de seu pescoço, estalando um beijo em sua bochecha.

Zuleica veio da cozinha e encostou-se ao batente da porta, cruzando os braços.

Ela ainda não gostava do meu namorado e vivia tentando "abrir os meus olhos" em relação a ele. O que era estranho, porque eu não conseguia ver nada de errado com Victor. Ele era gentil, amoroso, atencioso e um poço de paciência, pois estava aguardando a minha resposta sem me pressionar.

— Vou só tocar de roupa e vamos. — Ignorei o olhar de poucos amigos de Zuleica e corri para o meu quarto para me arrumar para o piquenique.

VICTOR NARRANDO

Sophia sumiu corredor a fora e a empregada me encarou. Tenho que confessar, a mulher me intimidava.

— Você não me engana — disse ela, vindo em direção a mim.

— Não pretendo enganar ninguém. Eu amo a Sophia. — Engoli em seco, enquanto Zuleica andava em circulo em volta de mim.

— Não precisa fingir pra mim, rapaz. A Sophia é inocente e cabeça dura. Não consegue ver a enrascada que está se metendo, mas eu não sou ela. Só quero que saiba que eu sei lutar capoeira, karatê, judô, Muay Thai, Krav Maga, MMA e Kickboxing. Tenho essa menina como filha, então pensa bem antes de aprontar qualquer coisa com ela. Não vou hesitar em usar minhas habilidades.

— Cla-claro. Minhas intenções são as melhores — gaguejei.

Para meu alívio, Sophia retornou. Ela usava um short jeans, uma camiseta vermelha, um boné com uma bandeira do Brasil e uma sandália plataforma.

— Vamos? — disse empolgada, sem notar que eu estava sendo encurralado.

Grudei na mão dela e a puxei para fora do apartamento, antes que raios laser saíssem dos olhos de Zuleica e me fulminasse ali mesmo.

SOPHIA NARRANDO

Victor segurou minha mão de forma firme. Senti uma eletricidade percorrer meu braço e ir parar no centro do meu coração. Seria esse o sinal que Deus estava me enviando de que ele era a pessoa certa?

Mas eu queria algo mais, então, enquanto descíamos o elevador em silêncio, orei internamente pedindo confirmação.

O vento nos cumprimentou assim que pisamos na rua. O Central Park não era longe da minha casa, por isso fomos andando até lá. Victor passou o braço esquerdo pelo meu ombro e assim caminhamos até encontrarmos um espaço no imenso gramado verde dentro do parque.

 Victor passou o braço esquerdo pelo meu ombro e assim caminhamos até encontrarmos um espaço no imenso gramado verde dentro do parque

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Forramos a nossa toalha xadrez vermelha e branca, e espalhamos o conteúdo da cesta sobre ela. No meio de tudo, estava uma rosa vermelha. Victor a pegou e me entregou.

— Uma flor, para uma flor — disse e sorriu.

Meu coração palpitou forte e essa era confirmação que eu precisava. Deus estava acabando de me responder. Victor Peter McWood era quem Deus tinha enviado para mim, meu futuro marido.

A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora