POV SOPHIA
— Até que enfim te achei! — Zuleica olhava para mim severamente, com cara de poucos amigos.
Engoli em seco, sentindo minhas pernas amolecerem.
— Como me achou? — perguntei, escondendo-me atrás de Mandy.
— Você não conhece muita gente aqui. Só foi juntar dois mais dois.
Ela deu um passo, adentrando ao quarto.
— Fica longe de mim, sua Stlaker maluca! — gritei, encolhendo-me à medida que ela se aproximava.
— O quê? — Ela parou e me olhou confusa. — Não sou uma Stalker!
— Acabou o fingimento. Eu já descobri tudo. Vi o mural no seu quarto.
Ela riu, parecendo aliviada. Não entendi nada.
— Foi por isso que sumiu da minha casa àquela noite? Achou que eu era uma psicopata perseguidora?
— Você tinha cada passo meu e do John ali. Se não é uma perseguidora, no mínimo é maluca!
— Não sou nada disso, Soph. E tem uma explicação para tudo aquilo.
— Então explica — inquiri, ainda atrás da minha amiga.
— Não posso. — Zuleica deu mais um passo.
— Eu tenho spray de pimenta na gaveta — Mandy saiu em minha defesa.
— Não estou aqui para machucar ninguém. Vocês andam assistindo muito Netflix, eu hein. — Zuleica revirou os olhos e depois suspirou. — Estou aqui porque prometi a alguém que te encontraria e o levaria até ele.
— John? — perguntei esperançosa.
— Não. Seu marido.
— E desde quando vocês são amigos. – Meu coração gelou. — Ai meu Deus! Vocês trabalham juntos! São dois Stalkers!
— Não é nada disso — disse ela impaciente. — Eu ainda o odeio. Mas o Victor te ama de verdade e vocês precisam se acertar.
— Ela tem razão, Sophia. — Mandy, que até aquele momento me servia de escudo humano, saiu da minha frente, me deixando cara a cara com Zuleica.
Pela primeira vez na minha vida, vi o seu semblante abatido. Ela era sempre tão forte, um verdadeiro porto seguro nas horas que eu desmoronava e vê-la tão frágil na minha frente, fizeram todas as minhas defesas virem ao chão.
— Só vou com você, depois que me explicar o que é aquele painel no seu quarto e provar para mim que não é uma Stlaker.
— Tudo bem. Eu vou te contar tudo.
....
POV JOHN
Estava tudo no esquema. Enfim, poderia fugir definitivamente para um paraíso fiscal sem deixar rastro e eu levaria minha pirralha junto comigo. Por mais que nunca tenha demostrado o quanto ela era importante para mim, eu a amava. Sophia era a minha única família e eu tinha que honrar a minha promessa aos meus pais, cuidaria dela.
Graças ao rastreador que havia colocado no celular da minha irmã, eu monitorava cada passo dela e sabia exatamente onde a encontraria. Estava pouco me lixando se agora ela era casada, eu a raptaria se fosse preciso e levaria comigo.
Meu motorista estacionou o carro em frente a uma casa comum e disse que o rastreador apontava aquele destino. Outro carro estava na frente e eu o reconheci de cara. Zuleica estava lá. Isso queria dizer que eu teria problemas.
Demos a volta no quarteirão e estacionamos a uma distância segura. Não demorou muito, Sophia e Zuleica saíram da casa de braços dados. Minha irmã mancava e andava com dificuldade.
— Qual o plano, chefe? — Arnold Schwarzenegger, meu segurança, quis saber.
Meu plano inicial não incluiria a babá maluca, então precisava de um tempo para bolar um plano B.
— Sigam elas enquanto eu penso.
Mantemos certa distância e seguimos o carro logo à frente. O veículo saiu do bairro residencial e seguiu para a rodovia, onde o fluxo de carros era mais intenso. Aquilo era um problema. Tinha radar com câmeras por todos os lados e eu corria sérios riscos de ser identificado. Porém, eu precisava me arriscar se queria escapar de uma vez por todas.
Arnold Schwarzenegger, conhecendo a situação, olhou para mim querendo saber se seguia pela rodovia ou procurava outra rota.
— Pode seguir, e não a perda de vista.
Alguns quilômetros depois, percebo que Zuleica havia aumentado à velocidade e começava a ziguezaguear entre os outros carros.
— A maluca sabe que estamos seguindo-a. — O motorista avisou.
— Eu já esperava. Ela é muito atenta — disse, fechando os punhos.
— O que eu faço?
— Vai atrás — ordenei.
— E os radares? A polícia vai estar na nossa cola em questão de minutos e aí já era paraíso fiscal e vamos todos para a cadeia! — alertou o segurança.
— Mas eles vão ter que nos pegar primeiro.
...
Fala, galerinha!
Mais um capítulo para vcs fiéis e amáveis leitores! Obrigada por nós acompanhar nessa jornada 😘😘
Que comece a perseguição!
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A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao Contrato
HumorPrepare-se para o maior clichê cristão de todos os tempos! Esse livro é uma brincadeira com os livros do gênero do Wattpad. É uma crítica e uma homenagem aos clichês que tanto amamos (e fazem sucesso). É sátira, humor exagerado! Não leve tudo a séri...