Sophia narrando:
— Parabéns, Srta. Campbell! Você está liberada e poderá voltar para sua casa ainda hoje — informou o médico para mim.
Victor soltou o ar ao meu lado e disse: — Finalmente! Minhas costas não aguentam mais dormir nessa poltrona dura.
— Ah, meu amor! Eu disse que não precisava dormir aqui durante esses sete dias — declarei.
— Eu quero sempre demostrar meu amor por você — Victor disse e me deu um selinho nos lábios, fazendo que um arrepio percorresse pela minha pele.
Tão certo como a luz do dia era o meu amor por ele!
— Eu vou até o refeitório comprar algo e você se arruma. Tudo bem? — disse Victor.
Eu apenas assenti e ele partiu.
Fechei minha pequena mala, que continha as coisas que precisei no hospital, e então me olhei no espelho. Quase cai pra trás ao ver minhas bochechas tão rosadas e a pele branca como uma vela. Eu estava apavorante. Ainda contemplando aquela visão deprimente de minha aparência a porta do meu quarto se abriu. Ao me virar, avistei Theo parado.
— Oi Theo — eu disse com um sorriso. Há um tempo não via o meu amigo.
— Olá — disse ele. — Vim ver como você está. — Me entregou uma rosa vermelha.
— Eu estou bem agora. Mas você sumiu — eu falei enquanto segurava a rosa nas mãos.
— Eu tentei te visitar, mas o Victor proibiu minha entrada no hospital. Eu não pude fazer nada — declarou Theo.
— Theo se você não quis vim, tudo bem! Mas não fique colocando a culpa em cima do meu namorado — disse com raiva.
— Namorado? — Ele arqueou a sobrancelha e franziu o cenho ainda incrédulo para com a minha informação.
— Sim, namorado! Victor é melhor pessoa que conheci na vida. E desde quando nos conhecemos, eu sei que você tentou me manter longe dele.
— Eu o quê? — ele indagou.
— É isso mesmo que você ouviu. Sempre quis me manter longe dele para você poder ficar comigo, mas isso não vai mais acontecer. E você colocando a culpa nele só mostra como Victor estava certo em relação ao seu caráter — afirmei com convicção. Eu sabia que Victor nunca mentiria para mim.
— Como ele pode fazer essa lavagem cerebral em você, Sophia? — Theo indagou chateado. Até mesmo alterou a voz.
— Eu não quero mais te ver. Pelo menos por enquanto. Tudo está muito confuso para mim — falei com tristeza.
— Você poderia muito bem passar tudo isso com amigos de verdade, mas prefere os que não valem nada!
— Chega! — gritei. — Quem é você para dizer que o Victor não presta?
Theo abriu a boca para responder, mas a fechou no mesmo instante.
— Quando precisar pode me ligar! — declarou somente e partiu.
Ao olhar a rosa nas minhas mãos senti as lágrimas descendo em minha face. Eu estava confusa e perdida e não tinha ninguém pra me ajudar.
****
Entrei no meu apartamento e senti o cheirinho de pão de queijo assando. Zuleica foi até a porta me receber. Até aquele momento John ainda não havia aparecido.
Eu a abracei e depois que Victor foi embora, conversei com ela sobre a minha tristeza e briga com Theo.
— Nossa, Sophia! O Theo sempre mostrou ser um bom amigo e desculpa te dizer, mas ele pode não estar mentindo — disse Zu, sentada ao meu lado.
— Mas, o Victor nunca mentiria para mim — declarei.
— Eu não sei, não. Você devia orar para ver se é de Deus esse seu namoro tão repentino — ela me aconselhou.
— E desde quando você é cristã? — perguntei a mulher de cabelo ruivos.
— Eu não sou, mas isso era o que sempre você me dizia e agora estou lhe relembrando. — Ela bateu na minha perna e disse: — Vá para o seu quarto descansar.
Obedecendo sua ordem, eu segui para dentro daquele simplório aposento com paredes lilás e ao ver minha cama king, me joguei nela. Lembrei do meu iPhone 7 jogado dentro da gaveta, eu só usava quando não tinha nada pra fazer, então ouvia música.
Caminhei até a gaveta e assim que a abri avistei um envelope rosa e perfumado. Peguei a carta na mão e ao virá-la, eu li:
"Bem-Vinda a sua nova vida".
Aquela letra era de John.
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A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao Contrato
HumorPrepare-se para o maior clichê cristão de todos os tempos! Esse livro é uma brincadeira com os livros do gênero do Wattpad. É uma crítica e uma homenagem aos clichês que tanto amamos (e fazem sucesso). É sátira, humor exagerado! Não leve tudo a séri...