14 - Aquele da Intriga

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Sophia narrando:

— Parabéns, Srta. Campbell! Você está liberada e poderá voltar para sua casa ainda hoje — informou o médico para mim.

Victor soltou o ar ao meu lado e disse: — Finalmente! Minhas costas não aguentam mais dormir nessa poltrona dura.

— Ah, meu amor! Eu disse que não precisava dormir aqui durante esses sete dias — declarei.

— Eu quero sempre demostrar meu amor por você — Victor disse e me deu um selinho nos lábios, fazendo que um arrepio percorresse pela minha pele.

Tão certo como a luz do dia era o meu amor por ele!

— Eu vou até o refeitório comprar algo e você se arruma. Tudo bem? — disse Victor.

Eu apenas assenti e ele partiu.

Fechei minha pequena mala, que continha as coisas que precisei no hospital, e então me olhei no espelho. Quase cai pra trás ao ver minhas bochechas tão rosadas e a pele branca como uma vela. Eu estava apavorante. Ainda contemplando aquela visão deprimente de minha aparência a porta do meu quarto se abriu. Ao me virar, avistei Theo parado.

— Oi Theo — eu disse com um sorriso. Há um tempo não via o meu amigo.

— Olá — disse ele. — Vim ver como você está. — Me entregou uma rosa vermelha.

— Eu estou bem agora. Mas você sumiu — eu falei enquanto segurava a rosa nas mãos.

— Eu tentei te visitar, mas o Victor proibiu minha entrada no hospital. Eu não pude fazer nada — declarou Theo.

— Theo se você não quis vim, tudo bem! Mas não fique colocando a culpa em cima do meu namorado — disse com raiva.

— Namorado? — Ele arqueou a sobrancelha e franziu o cenho ainda incrédulo para com a minha informação.

— Sim, namorado! Victor é melhor pessoa que conheci na vida. E desde quando nos conhecemos, eu sei que você tentou me manter longe dele.

— Eu o quê? — ele indagou.

— É isso mesmo que você ouviu. Sempre quis me manter longe dele para você poder ficar comigo, mas isso não vai mais acontecer. E você colocando a culpa nele só mostra como Victor estava certo em relação ao seu caráter — afirmei com convicção. Eu sabia que Victor nunca mentiria para mim.

— Como ele pode fazer essa lavagem cerebral em você, Sophia?  — Theo indagou chateado. Até mesmo alterou a voz.

— Eu não quero mais te ver. Pelo menos por enquanto. Tudo está muito confuso para mim — falei com tristeza.

— Você poderia muito bem passar tudo isso com amigos de verdade, mas prefere os que não valem nada!

— Chega! — gritei. — Quem é você para dizer que o Victor não presta?

Theo abriu a boca para responder, mas a fechou no mesmo instante.

— Quando precisar pode me ligar! — declarou somente e partiu.

Ao olhar a rosa nas minhas mãos senti as lágrimas descendo em minha face. Eu estava confusa e perdida e não tinha ninguém pra me ajudar.

****

Entrei no meu apartamento e senti o cheirinho de pão de queijo assando. Zuleica foi até a porta me receber. Até aquele momento John ainda não havia aparecido.

Eu a  abracei e depois que Victor foi embora, conversei com ela sobre a minha tristeza e briga com Theo.

— Nossa, Sophia! O Theo sempre mostrou ser um bom amigo e desculpa te dizer, mas ele pode não estar mentindo — disse Zu, sentada ao meu lado.

— Mas, o Victor nunca mentiria para mim — declarei.

— Eu não sei, não. Você devia orar para ver se é de Deus esse seu namoro tão repentino — ela me aconselhou.

— E desde quando você é cristã? — perguntei a mulher de cabelo ruivos.

— Eu não sou, mas isso era o que sempre você me dizia e agora estou lhe relembrando. — Ela bateu na minha perna e disse: — Vá para o seu quarto descansar.

Obedecendo sua ordem, eu segui para dentro daquele simplório aposento com paredes lilás e ao ver minha cama king, me joguei nela. Lembrei do meu iPhone 7 jogado dentro da gaveta, eu só usava quando não tinha nada pra fazer, então ouvia música.

Caminhei até a gaveta e assim que a abri avistei um envelope rosa e perfumado. Peguei a carta na mão e ao virá-la, eu li:

"Bem-Vinda a sua nova vida".

Aquela letra era de John.

A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora