29 - Aquele da festa

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Com ajuda de uma maquiadora profissional e um vestido chique de grife desenhado especialmente para mim, eu me considerei pronta pra festa de aniversário do meu querido e amado Victor. Enquanto era paparicada com mil cuidados, não conseguia esquecer minha conversa com John.

— Ah, John, Você está tão perdido — comentei perdida em meus pensamentos.

— Falando sozinha, querida? — a maquiadora me olhou como se eu tivesse um parafuso a menos.

— É... — Suspirei. — Vai demorar muito?

— Não, já acabei. — Ela piscou. — Boa festa.

— Obrigada — agradeci e fiquei feliz por lembrar de que havia um motivo para eu me alegrar naquela noite.

Como combinado, havia um carro particular aguardando por mim na porta da mansão e através dele, eu pude chegar até o grande salão de festas reservado com meses de antecedência.

O aniversariante era o meu marido, mas usando um vestido laranja tão deslumbrante, eu acabei sendo o centro das atenções, principalmente depois de perceber como ninguém, além de mim, usava roupa de gala.

Victor logo que me viu foi ao meu encontro e pareceu meio confuso com a vista. — Uau, querida, você está... — faltou-lhe um bom adjetivo.  — Laranja — observou astuto e quando viu a decepção em meu rosto, ele se aproximou e me beijou. — Eu amei.

— Pensei que seria a festa do século, mas você está usando jeans e camiseta polo — constatei indignada

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— Pensei que seria a festa do século, mas você está usando jeans e camiseta polo — constatei indignada.

— Seja razoável, Sophia. Eu uso ternos a semana toda e nós combinamos uma festa mais íntima, não foi? — questionou e eu assenti embaraçada com o meu exagero. — Venha, todos estão ansiosos para ver você.

— Como é possível não terem me visto com essa roupa? — rebati irônica e acabei aceitando a mão dele estendida em minha direção e rindo do jeito engraçado com o qual me olhava.

— Você é excêntrica e todos já estão acostumados — piscou e eu me senti um pouco incomodada com a frase.

Enquanto caminhava com Victor, observei a decoração rústica em cada cantinho. Os garçons passavam com bandejas servindo coxinha e ítubaína em copinhos descartáveis para todos os convidados e o bolo de abacaxi na mesa de centro do salão com muito brigadeiro e beijinho eram o brilho da festa. Vi também muitas garotas da nossa antiga escola e alguns dos meus amigos da igreja.

— Sophia, você está deslumbrante — Mand elogiou após me dar um abraço.

— É mesmo — Theo concordou. — Está ofuscando todo mundo, Sra. McWood.

— Tirei essa coisinha velha do fundo do guarda-roupa — brinquei.

— Se fosse do fundo do seu guarda-roupa, não teria me custado tão caro, querida — Victor entrou na graça e todos acabamos rindo da situação.

— Estão aproveitando a festa? — procurei confirmar e Mand e Theo trocaram olhares e sorrisinhos, e me garantiram estar aproveitando ao máximo.

Victor, então me convidou para dar uma volta com ele, mas enquanto estávamos passando pela pista de dança, umas garotas convidadas o chamaram: — Victor, você não quer dançar com a gente?

Meu marido deu uma risadinha, negou veemente com a cabeça e, para minha supresa, mostrou a aliança no dedo anelar esquerdo. — Nem pensar.

Fiquei cheia de orgulho e não pensei duas vezes antes de me agarrar ao braço do meu heróico homem.

Nós continuamos andando, cumprimentando os convidados até eu sentir uma repentina vontade de ir ao banheiro. Pedi licença e fui me aliviar.

Quando saí de uma das cabines, perdi alguns momentos alisando meus cabelos em frente ao espelho e tive a estranha sensação de estar sendo observada e imediatamente lembrei do alerta feito por John. Pedi a Deus para me guardar e depois de procurar algum sinal de vida ali,  não vi ninguém e resolvi voltar para a festa.

Quando saí da área onde estava topei com alguém a quem nunca imaginaria ver naquela festa.

— Você, aqui? — perguntei extremamente espantada.

....

Desculpem nossa demora. Sem desculpas para dar.

Mas tá aí. E agora? Quem será essa pessoa?

A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora