30 - Aquele da humilhação pública

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POV SOPHIA

— Estou só de passagem, não se preocupe — o homem declarou ajustando o paletó do terno. — Na verdade, eu não poderia perder toda essa grande farsa aqui.

— Farsa? — questionei sem compreender ao que ele se referia.

— Meu filho não é quem você pensa, garota. As máscaras cairão.

Meu sogro deu uma risada malévola e se retirou, contudo, antes de sair das minhas vistas, ele se virou e com a voz misteriosa disse:

— Cuidado com quem você mexe!

Senti um calafrio percorrer minha espinha e a necessidade de me retirar rapidamente dali, correndo deselegantemente até o encontro do meu marido.

— Você está bem, amor? — Victor perguntou tocando em meu rosto ao perceber a minha respiração alterada.

— Você está bem, amor? — Victor perguntou tocando em meu rosto ao perceber a minha respiração alterada

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— Você não sabe quem eu vi aqui! — respondi respirando rápido em busca do fôlego. —O seu...

Antes que eu pudesse revelar a ele a presença do pai, um barulho estrondoso se ouviu no lugar. Nos viramos em direção ao som e de uma porta lateral saíram dançarinas com roupas tão indecentes que me fizeram ficar constrangida. Olhei para Victor sem entender e ele estava com a testa franzida, claramente confuso. Uma música alta começou a tocar e um enorme bolo de mentira foi empurrado por uma das meninas, enquanto as outras iniciavam uma dança sensual.

— O que é isso, Victor? — perguntei a ele.

— Não faço ideia!

Fiquei envergonhada quando eu olhei ao redor e as pessoas da igreja pareciam muito chocadas com todo aquele movimento vulgar. Alguns amigos antigos de Victor pareciam apreciar a desenvoltura daquelas dançarinas. Minha vergonha durou cerca de 2 minutos, até o bolo se abrir e sair lá de dentro uma mulher ainda mais sensual, carregando um cartaz com os dizeres:

"Feliz aniversário, Victinho, meu amor!"

Eu olhei para Victor, mas ele não teve tempo de se defender. Um vídeo começou a passar no telão do salão e eu me senti a pior pessoa do mundo. Nas imagens, Victor aparecia com uma garota no escritório dele e eles desfrutavam de uma intimidade que me fez querer vomitar. Ver meu marido envolvido aos beijos com outra mulher era demais para mim.

"Você me prometeu um anel de diamantes, querido!" — a mulher dizia com a voz manhosa no vídeo.

"A situação não está fácil, mas, em breve eu terei controle sobre o dinheiro do meu pai e poderei atender todos os seus desejos!" — a voz de Victor soou pelo ambiente.

Não aguentei ver nem ouvir mais nada. Virei-me em um rompante, sentindo-me humilhada e rebaixada a zero. Sai correndo em direção a saída e ouvi os gritos de Victor atrás de mim.

— Soph, espera! Soph!

Ele me alcançou e segurou meu braço. Senti toda a raiva por ter sido enganada e por me permitir ser enganada.

— Me deixe, Victor! — esbravejei e num solavanco soltei meu braço da mão dele. — Não quero ver você nunca mais!

— Soph, deixe-me explicar!

— Explicar? — Virei em direção a ele e meus olhos demonstravam a fúria e o ressentimento dentro de mim. — Eu vi tudo, com meus próprios olhos. E ouvi também!

— Você não vê? Isso é uma armação!

— Não me pareceu uma armação aquele beijo. — Meu estômago se revirou quando pensei em como eu pude compartilhar dos meus beijos, e ainda mais, com aquele cafajeste.

— Soph, isso foi antes! Eu não te traí depois do nosso casamento, acredite em mim! E não foi por falta de oportunidade...

Sem pensar, minha mão foi de encontro ao rosto dele com tanta força que eu senti uma ardência logo depois.

Sem pensar, minha mão foi de encontro ao rosto dele com tanta força que eu senti uma ardência logo depois

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— Nunca mais chegue perto de mim!

Victor estava de olhos fechados e os punhos cerrados. O rosto avermelhado era um sinal da dor latente que ele deveria estar sentindo, mas nada comparado ao que meu coração sentia.

 O rosto avermelhado era um sinal da dor latente que ele deveria estar sentindo, mas nada comparado ao que meu coração sentia

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Subi as escadas correndo e nos últimos degraus, o salto me fez desequilibrar e eu caí. Para minha sorte, segurei no corrimão da escada, evitando despencar da mesma, porém, colocando todo o peso sobre o meu tornozelo.

— Ai! — uivei de dor quando me dei conta da queda.

— Soph, você está bem? — Victor correu ao meu encontro.

— Não encoste em mim! Não coloque um dedo em mim, seu cachorro! — Apontei o dedo para ele e senti as lágrimas escorrerem com liberdade pelo meu rosto.

Para minha sorte, Mandy e Theo chegaram e presenciaram minha situação, jogada na escada e chorando de dor. Os dois correram ao meu encontro e Mandy se abaixou para avaliar o meu tornozelo. Ela retirou minha sandália e constatou o enorme inchaço no local.

— Por favor, Theo — supliquei. — Me tira daqui! Me leva para longe!

Theo foi rápido em se abaixar para me pegar no colo, mas Victor se adiantou.

— Não ouse tocar na MINHA MULHER! — ele gritou completamente fora de si.

— Sua mulher? — perguntei e sem pensar duas vezes, tirei a aliança do meu dedo e joguei no peito dele. — Ex-mulher. Você vai ver, Victor! Amanhã receberá a visita do meu advogado e eu vou tomar de você tudo que é meu. Você vai ficar na sarjeta! — virei para Theo e supliquei novamente. —Me tira daqui, por favor.

Theo repreendeu Victor com o olhar, me pegou no colo e eu escondi meu rosto e minhas lágrimas no pescoço dele. A última coisa que me lembro é de ouvir Mandy dizer com firmeza atrás da gente.

— Calma, Victor! Dê um tempo a ela!

.......

Mas que babado!!! O que será que vai acontecer agora? 

Que reviravolta, minha gente, que reviravolta!

Será que Victor é mesmo inocente? Ou ele está envolvido em algum esquema para enganar ainda mais a pobre da Sophia?

Só lendo para saber!

A Cristã e o Bad Boy Americano: Da Aposta ao ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora