Love Days ~ Adrinette

Tempestade Adrien Agreste

Sexta feira costumava ser um dia tranqüilo para a rotina de Marinette, pois ela sabia que não iria ter que acordar cedo no sábado, iria poder descansar e o melhor, passar a madrugada inteira com o seu "amor".

Só que naquela sexta as coisas iriam ser diferentes visto que estava sendo praticamente obrigada à ir na boate com Marc e seus amigos, todos esses tão gays ou até mais do que ele. De certo que haveria duas meninas os acompanhando porém ela não as conhecia tão bem já que aquele grupinho era o da "balada" onde logicamente a mestiça se encontrava totalmente por fora.

Mas não teve jeito de fugir de Marc e muito menos das suas chantagens emocionais, então ela já tinha elaborado um plano – iria para casa se arrumar, depois ele iria buscá-la de carro, depois iriam para a boate, dançaria um pouquinho com o grupo só para interagir "naquelas", quem sabe beber um drink de Gin com água tônica – ou dois, dependendo – para que assim, por fim, pudesse sair de fininho e voltar à segurança e conforto do seu lar. Pronto, tudo perfeito! Já tinha deixado até um contato que tinha com um rapaz que fazia Uber para ir buscá-la e não correr o risco de ficar sem carro no meio da noite.

Agora só bastava passar por aquele perrengue numa boa, tudo iria dar certo!

Mas na verdade...

- Eu só queria ficar em casa...! – ela resmungou olhando-se no espelho antes de sair para a trabalhar.

Que droga, o pior que sexta feira realmente era seu dia preferido na semana.

Assim como para Adrien que gostava sempre de dar uma saída com Nino ou com outros amigos para tomar uma cerveja e relaxar depois que de encerrar o expediente na cafeteria. O que ele fazia na realidade por não ter outras opções de divertimento, pois não queria ficar em casa sozinho e muito menos sair para baladas ou coisas do tipo.

Já se sentia cansado só de pensar naquele aglomerado de gente em um lugar parcialmente escuro, onde não poderia ver nada e nem ninguém, sem contar que já não tinha mais idade para isso.

Mas é claro que não deixaria Felícia se meter num lugar desses mesmo que ela sim tivesse idade para freqüentá-los. O problema não estava na boate em si, mas com sua linda e querida irmãzinha já que a mesma não era flor que se cheirasse. Então era melhor preservar as outras pessoas de um possível incêndio causado por sua caçula.

Com isso, o dia passou normalmente. Marinette havia aparecia logo cedo e os dois até que trocaram uma conversa mais longa do que a de costume o que deixou o humor de Adrien bem melhor do que os outros dias.

Se bem que ele ficaria muito mais feliz se ela lhe dissesse que tinha terminado o namoro e que na verdade estava completamente apaixonada por ele, aí os dois iriam sair juntos, se beijar muito, comer umas coisas gostosas para que depois, aaaah depois, ele a levasse para o seu apartamento, para sua cama e aí...

- Adrien, vai sair com a gente hoje?

Nino tinha que interromper de novo! Ele sempre fazia isso justamente quando seus pensamentos estavam ficando quentes. Tudo bem que não era hora de ficar pensando nessas coisas, mas poxa, a realidade já era difícil o que custava ficar quieto entretido nos seus próprios desejos?

- Claro.

- Fecho! To avisando os caras que vamos nos encontrar perto dos arcos do triunfo.

- Ok.

E enquanto ele ajeitava o dinheiro do caixa, Nino se afastou para mexer no celular ao mesmo tempo em que Cholé terminava de servir um senhor sentado em uma das mesas.

Ao terminar de por o dinheiro na registradora, olhou por uma das janelas que davam para a calçada. Resolveu que seria bom tomar um pouco de ar fresco e pegou a vassoura para limpar a fachada.

De certa forma, aquela rra uma maneira tranquila de viver sua vida e ainda que sentisse seu coração apertado no peito por gostar tanto de Marinette, ele se sentia em paz consigo mesmo.

As horas passaram depressa, o rendimento do dia foi bom e já estava na hora de fechar. Os amigos liberaram Cholé que deu um beijo em cada um e seguiu praticamente correndo pela calçada até sumir.

- A Cholé lembra bastante sua irmã né? – Nino comentou assim que a viu virar a esquina.

- Nem me diga, lembra até demais.

- Pois é. – o moreno riu o ajudando a fechar a porta de ferro. – Mas pelo menos você vai ter um pouco de paz hoje.

- É, mas só um pouco mesmo, porque assim que eu chegar em casa vai ser aquela confusão de sempre...

- Ah cara, eu acho que quando você chegar ela não vai ter chegado ainda não.

Foi quando Adrien parou e olhou para Nino que o encarava normalmente.

- Como assim? O que quer dizer com isso?

- Ué... é mais do que obvio que a tua irmã só vai chegar só amanhã de manhã.

Adrien cruzou os braços estreitando o cenho. Mas do que diabos Nino estava falando? – Cara... eu não to entendendo...

Nesse momento Nino finalmente percebeu que Adrien de fato não tinha ouvido NADA do que sua irmã havia lhe falado com as suas amigas. O moreno riu e pôs uma das mãos sobre seu ombro. – Acho que você precisa prestar mais atenção nas coisas que a Felicia te fala.

- O que isso tem haver?

- Ah meu amigo, eu já te digo... lembra quando as meninas vieram aqui e te chamaram na mesa quando você tava babando pela Marinette...

O loiro revirou os olhos – Ta, lembro.

- Lembra nada! Se lembrasse ia sacar logo que a tua irmãzinha foi pra uma boate lá em Paris hoje a noite, se pá ela já deve ta lá seu idiota!

Ah siiiiim. Okay!

Agora ele tinha entendido tudinho e balançou a cabeça duas vezes assimilando as informações.

Era bom que os noticiários avisassem com caráter de urgência a proximidade de uma tempestade que provavelmente arrasaria com Paris naquela noite.

E essa tempestade tinha um nome – Adrien Agreste.