Marinette permaneceu estática apenas observando Adrien se aproximar. Ele caminhou mais um pouco até chegar à sua frente com um tímido sorriso em seu rosto.
Ao redor, a chuva começava a engrossar trazendo consigo um vento gélido e respingos de água. Os dois se olhavam ao mesmo tempo em que Marc apenas assistia o que iria acontecer.
Com certa dificuldade, Marinette engoliu seco tentando balbuciar o nome dele, mas sua voz saiu falha. Ela não conseguia acreditar que ele estava ali, bem parado na sua frente.
- ... o que está fazendo aqui?
- Ah, eu... – Adrien também demonstrava sinais de nervosismo, logo coçando a cabeça. – Eu vim te buscar, acho que você não recebeu as minhas mensagens.
- Mensagens? – ela pensou, dando-se por conta que o seu celular havia mesmo desligado por falta de bateria. – Ahh... desculpa, é que o meu celular ficou sem carga...
Ela retirou o aparelho da bolsa e mostrou à ele que sorriu balançando a cabeça.
- Não tem problema. Eu só achei que você já tinha ido embora mas...
- Isso quer dizer, que você... veio me buscar?
Ele continuava sorrindo ao afirmar em silêncio.
Marc já estava tendo um ataque com tanta fofura e carinho que ambos demonstravam um ter pelo outro – tirando só o DETALHE – de que queria matar Marinette por não ter contado que já estava no maior "Love" com o bofe da cafeteria.
E percebendo que estava praticamente "segurando vela", o mesmo se aproximou com um sorriso de lado.
- Desculpa atrapalhar, eu só vou me despedir de você ta amiga, amanhã a gente se fala. – Precipitou-se em dar dois beijinhos em Marinette que o pegou pela mão.
- Mas Marc ta chovendo tanto, como você vai pra casa?
- Ai querida, eu dou os meus pulos, sei lá, arranjo um barco, um Jet Ski... ou quem sabe, um bofe desses vem me buscar de carro, assim de repente não é?
Ela abaixou a cabeça sentindo as bochechas corarem fortemente a provocação. Adrien que também estava com o semblante rubro elevou um pouco os ombros.
- Se quiser eu posso te dar uma carona também... dependendo onde você mora.
- Aaah que querido! Mas eu não quero atrapalhar vocês...
- Para Marc... – Marinette sussurrou dando-lhe uma leve cutucada.
- Não tem problema. Eu te levo primeiro e depois eu levo a Mari pra casa, tudo bem? – Adrien voltou a sorrir em direção à ela.
- Uhnnn "Mari", que fofos!
Marinette resmungou passando rapidamente uma mão na outra ao mesmo tempo em que Adrien voltou a coçar a cabeça. Definitivamente, faziam o par perfeito – dois envergonhados!
Sendo assim, Marc aceitou a carona e seguiu na frente no seu próprio guarda chuva.
Marinette tentou buscar o seu dentro da bolsa, mas não o encontrou, soltando um breve suspiro de frustração.
- Você pode vir comigo... eu trouxe o meu. – Disse Adrien ao abrir o guarda chuva, mas quando o pôs em sua cabeça o mesmo voltou a se fechar fazendo com que o loiro, de um jeito atrapalhado, quase quebrasse uma das hastes flexíveis de metal. Vendo a cena, Marinette não pôde se conter em dar uma risada, o que o fez parar e rir também.
Com mais calma, conseguiu ajeitar o guarda chuva colocando-o em cima da sua cabeça junto a Marinette que ficou ao seu lado.
Porém quando os dois começaram a caminhar, um dos ombros dela ficou exposto, permitindo assim que as gostas de água a molhassem.
Ele então em um movimento para protegê-la, a abraçou fazendo com ambos se entreolharam ao mesmo tempo em que sentiram seus corpos um colado no outro.
Naquele curto espaço de tempo em que Marinette ficou assim ao lado dele, ela pode sentir seus músculos do tórax se movimentarem, da mesma forma que se sentiu protegida pela mão a envolvê-la bem em seu ombro.
Era quente e firme... Adrien por inteiro parecia ser maravilhoso por debaixo daquela roupa. E ela queria tocá-lo, acabar com qualquer barreira dentre os dois, as roupas que o separavam.
Do mesmo jeito que Adrien sentia o pequeno e frágil corpo de Marinette perto do seu. Era tão delicada, tão pequena perto de si, que a vontade que tinha era de pegá-la em seu colo e levá-la consigo para aquele carro, evitando assim que seus pés se molhassem.Mas na verdade, ele próprio queria molhar ela com outra coisa... ou melhor, deixá-la "molhadinha" com seus beijos e suas carícias.
A tensão sexual dentre os dois fez com que ambos sentissem seus corpos febris e trêmulos, mas não por causa da chuva. O frio que sentiam era causado pelo desejo, pela vontade. E para que não deixassem muito à amostra tanto para eles mesmo, quanto para o próprio Marc que ficou no banco de traz, evitaram contato visual durante todo o percurso que Adrien o levou até uma estação de trem.
Sozinhos no carro, Marinette se manteve firme olhando pela janela enquanto a chuva parecia cessar. Era uma pena, pois ela teria uma desculpa para chamá-lo a ir à sua casa, apenas para que esperasse em segurança e com isso, os dois poderiam jantar juntos.
Se bem que, essa não era uma má ideia. Serviria para agradecê-lo pela carona e pelo cuidado que teve em se preocupar de ir buscá-la. Porque não?
- Adrien...
- Marinette...
Os dois falaram juntos os seus nomes dando uma breve risada logo em seguida.
- Pode falar Mari, desculpa.
- Não não, tudo bem. É que eu estava pensando...
- Uhum...
- Sabe... eu queria saber se você... gostaria de jantar lá em casa hoje...
Adrien não pode evitar em dar um sorriso sincero e não contendo sua voz, ele respondeu em um bom tom – Claro!!!
Marinette riu da forma na qual ele falou – tão lindinho. – Achando mais graça dos seus olhos verdes olhando para o lado quando se deu conta do que tinha feito.
- Então ta bom, eu só vou avisar pra mim mãe.
- Mas eu não quero incomodar...
- Não incomoda. Eu só queria pedir emprestando o seu celular pra falar com ela, pode ser?
- Claro, só um momento. – Depois de ter pego o aparelho de dentro do bolso da calça, ele a entregou.
Enquanto Marinette falava ao fundo com sua mãe, Adrien teve que se conter o máximo que pode pois sentia-se tão feliz, mas tão feliz, que poderia dar um beijo na boca dela, mesmo que levasse um tapa na cara logo em seguida, não tinha problema.
Era inevitável, era impossível não se apaixonar mais um pouquinho ♥
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Love Days ~ Adrinette
RomanceMarinette é uma assistente administrativa já com seus quase 25 anos. De personalidade fácil e maleável, sempre fora muito reservada e tímida, principalmente quando o assunto era "relacionamentos amorosos", apesar de se manter sonhando com o príncipe...