The Boy Who Lives With Me | Nash Grier |

CAPÍTULO 31

Passei a fita na última caixa que continha o resto das minhas coisas.

Olhei o quarto que não tinha quase sinal de que eu morei ali por 6 meses além das paredes roxas. O guarda roupas estava vazio, a escrivaninha não tinha mais minha bagunça espalhada.

Pelo quarto só tinha as caixas que ainda esperavam para serem levadas.
Nash estava me ajudando a levar as coisas para o carro dele para transportamos pra minha antiga casa.

O clima estava pesado entre nós desde o dia que contei a ele que iria me mudar. Trocávamos poucas palavras, não é como se tivesse mudado muita coisa porque era o mesmo clima desde que Amber tinha voltado.

Quando finalmente chegou na última caixa, Nash a pegou e desceu para a garagem do condomínio para colocar no carro enquanto eu dei uma última olhada no apartamento.

Tantas coisas tinham acontecido. As lembranças fizeram meus olhos lacrimejar, fechei a porta do quarto devagar, desfrutando dos últimos momentos.

|*|

Meus pais ainda não haviam chego quando Nash parou o carro na frente de casa.

Fazia tanto tempo que eu não aparecia ali que fiquei admirada em voltar.

Nash abriu o porta malas e eu o ajudei a levar as coisas pro meu velho quarto. Não demoramos muito para levar todas para cima.

- Bom, acabou - eu não sabia o que falar direito - se você quiser ir, pode ir. Meus pais já já vão chegar e a provavelmente a Glória também.

Glória era nossa empregada, que a gente considerava da família. Quando ela soube que meus pais iriam viajar e eu me mudar, ficou muito triste. Mas ela ainda vinha em casa 1 vez por semana para dar uma arrumada, por isso a casa não estava cheia de teias de aranha e poeira.

- Vou esperar seus pais chegarem, seria falta de educação ir embora antes de eles chegarem - eu ri e ele abriu um sorriso que fazia algum tempo que eu não via.

- Então fique a vontade para explorar meu quarto enquanto eu vou tirando as coisas das caixas.

Ele começou a andar de um lado pro outro, observando todos os cantos do meu quarto. Até que ele parou no meu mural de fotos e ficou observando, quieto.

- Você gosta bastante de fotos né ? - eu parei o processo de colocar uma camiseta minha no cabide para poder o encarar.

- Gosto como elas registram os momentos e os deixam eternos - eu dei um sorriso envergonhado, e parei do lado dele observando também as fotos. Ele me deu uma olhadela pelo canto do olho e percebi que abriu um sorriso de lado.

- Então se é assim, acho que você vai gostar do meu presente - primeiro achei que tinha ouvido errado, mas como ele não falou novamente, percebi que tinha ouvido certo.

- Que presente ? - perguntei confusa na que não estava sabendo de nada disso.

- Coloquei na caixa que estava suas coisas da escrivaninha quando desci com ela pro carro - eu o encarei por um segundo para me assegurar que ele não estava brincando e fui direto para a caixa.

Peguei a tesoura para cortar a fita e nem precisei procurar muito pelo presente, ele já estava por cima.

Embrulhado em um papel transparente, tinha um porta retrato com uma foto de nós 4 no dia depois da festa do Matt, que Cameron tinha cortado apenas eu e Nash pra colocar no Instagram, a diferença era que essa estava inteira.

- A ideia foi do Taylor, ele tava se sentindo mal depois de tudo que aconteceu lá no apartamento - ele passou as mãos nos cabelos castanhos, parecendo sem jeito.

Eu alterava meu olhar entre Nash e o presente enquanto ele só ficava me encarando, passando a mão na nuca.

- Se você não gostou...

- Eu adorei - o interrompi - só não esperava que vocês fizessem isso, dada às últimas semanas. Mas eu amei, de verdade - ele abriu um sorriso.

- Tem uma coisa presa atrás do quadro - eu o olhei confusa e virei o quadro vendo que tinha um papel dobrado preso atrás.

Quando abri tive a surpresa de ver que era o papel onde tínhamos impresso as regras da casa logo depois que nos mudamos.

- Achei que você iria querer ele, e era capaz de eu perder ele qualquer hora - ele deu de ombros e se surpreendeu ao eu levantar e o abraçar.

Por um momento ele não retribuiu por conta da repentina ação vinda da minha parte, mas depois ele envolveu os braços na minha cintura me apertando.

Uma batida na minha porta nos fez se separar rapidamente, e então Glória colocou a cabeça dentro do cômodo.

- Interrompi alguma coisa ? - ela me lançou um olhar malicioso depois de perceber Nash ali.

- Claro que não - falei rapidamente - Nash, essa é a Glória - ele deu um oizinho da onde ele estava e a Glória respondeu com um sorriso.

- Seus pais ligaram e falaram que vão chegar já já - ela olhou no relógio de pulso dela - vou terminar de fazer a comida - ela começou a sair.

- Você quer que eu ajude ? - perguntei, fazendo ela voltar para o quarto, mas ela negou com a cabeça.

- Pode continuar com o seu amigo, te chamo quando eles chegarem - ela me lançou outro olhar malicioso e saiu rapidinho do quarto.

- Ela parece ser legal - Nash falou quebrando o silêncio que tinha ficado depois que Glória saiu.

Eu confirmei com a cabeça e ele se jogou na minha cama fechando os olhos.

- Tô cansado de te ajudar com mudanças então vou deitar aqui - ele falou e eu dei risada, me sentando na cama.

- Se você está assim, imagina eu - ele deu uma risada.

Eu me deitei dando um pouco de distância entre nós e fiquei quieta, apenas observando Nash de olhos fechados e antes mesmo que eu percebesse, eu cai no sono.

| NARRADOR |

Glória estava na sala de estar quando viu a porta se abrindo e os dois médicos entrando com todas as suas malas.

- Glória, querida - Liza abraçou a mulher que era mais baixa que ela e logo seu marido fez o mesmo - cadê a April ? - a mulher olhou para os lados procurando sua versão mais nova.

- Faz um bom tempo que ela está no quarto conversando com um menino de olhos azuis, não perguntei o nome dele.

- Deve ser o Nash. Vamos Louis, vamos  levar nossas malas para cima e chama-los para comer.

Com a ajuda de glória os dois conseguiram levar todas as coisas pra cima, e assim que terminaram, decidiram ir chamar a filha por conta própria.

- April, querida ? - Louis bateu na porta e não teve nenhuma resposta, fazendo com que batesse novamente - filha ?

Como não teve resposta novamente, ele decidiu abrir a porta para ver se tinha acontecido alguma coisa.

Liza deu um riso baixo quando se deparou com a cena dos dois jovens dormindo abraçados.

O pai fez um bico o que fez sua mulher dar um tapinha nele em repreensão.

- Não vá bancar um pai ciumento, nós e os Grier sabíamos que tinha uma probabilidade desses dois se aproximarem desse jeito - ela lançou um olhar para os dois e depois voltou para o marido - venha, vamos arrumar as coisas primeiro, deixe eles descansarem, com certeza ficaram cansados de trazer as coisas do apartamento pra cá.

Louis concordou mais ainda ficou com um bico, o que fez a sua mulher dar um pequeno beijo o fazendo desfazer o bico.

Eles fecharam a porta devagar, deixando os dois adolescentes dormindo mais um pouco. Eles mereciam.