Eu me afastei de Sammy depois de um tempo e me virei para trás procurando Nash que por alguns momentos eu tinha esquecido que estava lá. O menino estava com um rosto que eu não tinha visto ainda com uma mistura de curiosidade.
— Sammy ! — minha mãe apareceu na porta que dava para a cozinha - Vocês voltaram para a cidade ?
— Oi tia ! — ele acenou de onde estava na porta enquanto minha mãe ia se aproximando de nós dois — eles pediram transferência para cá novamente — minha mãe finalmente o puxou para um abraço.
— Fique para o jantar — ela falou animada — nós já temos um outro convidado — ela se virou para trás e apontou para Nash — um outro amigo de April está aqui também.
— Ah não, eu não posso — ele começou a balançar os braços — só vim dar um oi para a April mesmo, como é nosso primeiro dia aqui na cidade de novo nós vamos jantar juntos em comemoração, mas eu agradeço o convite — minha mãe fez bico como se tivesse ficado ofendida — mas eu venho outro dia, junto com meus pais para a gente jantar todo mundo junto — minha mãe pareceu aceitar a resposta — eu vou indo, que senão já já eles me ligam. Foi bom rever vocês, depois eu te mando uma mensagem April — ele me deu um beijo na bochecha e saiu andando rápido para o carro que estava estacionado na frente do nosso jardim.
Eu esperei o carro sumir da minha vista para poder fechar a porta. Voltei para a sala onde Nash me olhava curioso.
— Vai logo, pergunta. Ta na cara que você quer saber quem que ele é — eu me virei para ele e o menino abriu um pequeno sorriso — ele é meu melhor amigo de infância, nossos pais trabalhavam no hospital e enquanto isso, nós ficávamos brincando pelas salas, como se tudo aquilo fosse nosso parque de diversões. Eles tinham se mudado e meus pais voltaram a ser médicos do exército, então nós perdemos um pouco de contato durante os anos.
— Então foi por isso que ele não sabia quem eu era — eu arqueei as sobrancelhas para ele — é que se sua família for tão bocuda quanto você é, metade dessa cidade já tava sabendo que nós estávamos morando juntos.
— Tá me chamando de fofoqueira Nash Grier ? — eu dei um soco leve no ombro dele.
— Se a carapuça serviu — ele deu de ombros e riu o que me fez rir junto.
|*|
— Obrigada pelo jantar tia, estava ótimo — Nash agradeceu minha mãe mais uma vez depois do jantar.
— Ah, para com isso — minha mãe respondeu envergonhada e eu apenas lancei um olhar de como se falasse '' para de graça mulher '' — toda vez que você quiser, pode vir aqui em casa comer.
Meu pai comia quieto, apenas observando a situação. Ele ainda estava com uma pulga atrás da orelha por conta do Nash, mas minha mãe toda hora o beliscava discretamente para que ele parasse de ficar com cara emburrada e começasse a socializar uma vez ou outra.
O celular da minha mãe e do meu pai começaram a tocar na mesma hora, o que só podia indicar que eles iriam ter alguma reunião.
— Pode ir, eu arrumo as coisas aqui — falei quando percebi que ela parecia preocupada.
— Obrigada April — ela se levantou e meu pai a seguiu escadas acima.
— Eu te ajudo — Nash se levantou e antes que eu começasse a protestar ele já estava empilhando os pratos e levando para a cozinha.
Eu dei um suspiro e comecei a levar os copos para lá também. O mesmo já estava colocando as luvas para lavar a louça.
— Você sabe que você não precisa fazer isso né ? — eu coloquei os copos dentro da pia.
— É o mínimo que eu posso fazer já que sou convidado e vocês estão me alimentando — ele começou a lavar os pratos.
Eu o observei por alguns minutos enquanto ele lavava calmamente a louça e cantarolava alguma música que eu não consegui identificar de imediato. Ele pareceu notar e me encarou.
— Tá fazendo o que parada aí ?
— É que por um segundo parecia que a gente tinha voltado a morar junto — um sorriso brotou no meu rosto involuntariamente e ele pareceu perceber — os meninos ainda estão indo muito lá ?
— Como se você não soubesse a resposta - nós dois rimos. — agora eles estão indo menos agora que você não está lá mais,. Diz eles que somente eu não tenho tanta graça, então eles ficam menos tempo lá.
— Comigo lá tinha a Grace querendo invadindo o apartamento logo de manhã. Era cada dia uma aventura nova.
Nós rimos mas então ficou um silêncio. Eu comecei a secar e guardar a louça que ele tinha lavado. Com tudo terminado ele estava encostado no balcão da cozinha olhando para o além.
— Você faria de novo ? — eu fiz uma cara confusa. — você moraria de novo comigo, sabendo que tudo isso iria acontecer ? — ao mesmo tempo que parecia que ele queria saber a resposta, parecia também que ele não queria.
— Eu faria tudo de novo, mesmo sabendo de tudo que aconteceria — eu dei um sorriso involuntário — porque as lembranças que eu criei lá foram mais boas que ruins. Eu me diverti mais do que sofri.
Ele me encarou e eu apenas continuar a guardar a louça, virando de costas pra ele. Estava colocando um prato no armário, quando senti ser meu corpo ser envolvido pelo abraço do menino. Tomei um susto e tentei me virar, mas ele não deixou.
— Nash ? — ele apertou mais os braços que estavam ao meu redor.
— Só deixa isso ficar assim por algum tempo — a voz dele soou baixo perto da minha orelha, me fazendo arrepiar em resposta.
Eu não sabia o que fazia, então coloquei minhas mãos por cima das dele, o que pareceu o surpreender já que senti a cabeça dele levantando.
Era isso, mesmo que eu negasse com todas as minhas forças, a verdade não iria mudar. Eu estava apaixonada por Nash Grier e aparentemente, o Taylor estava certo. Acho que Nash Grier também estava apaixonado por mim.
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The Boy Who Lives With Me | Nash Grier |
FanfictionDuas pessoas completamente diferentes morando sob um mesmo teto. April nunca imaginaria que isso aconteceria com ela mesma, até que um dia, seus pais tomam essa decisão pra ela. Tendo que viver com Nash Grier ela vai saber mais sobre como a vida do...