The Boy Who Lives With Me | Nash Grier |

CAPÍTULO 32

Quando abri meus olhos me surpreendi de olhar pela janela e o sol já estar sumindo no horizonte. E mais surpresa ainda de estar deitada sobre o peito de Nash que ainda dormia tranquilamente.

Me afastei lentamente pra não o acordar e me levantei da cama. Peguei meu celular para ver as horas exatas.

Meu celular começou a tocar e para não incomodar Nash, sai pro corredor em passos silenciosos.

- Oi Tay - falei ao atender o loiro.

- Oi April, tava ocupada ? Demorou pra atender.

- Não não, acabei de acordar. Aconteceu alguma coisa ? - perguntei, afinal, ele ligou ao invés de mandar mensagem.

- Você viu o Nash ? Ele não voltou pro apartamento e a Amber tá enchendo o nosso saco falando que ele tinha prometido que eles iam sair hoje de tarde.

- Ahn - eu olhei pela brecha da porta onde dava pra ver o menino deitado - o Nash tá aqui em casa. Ele me ajudou a trazer as coisas e nós caímos no sono. Aliás, eu amei o presente, obrigada.

- Então ele tá aí é ? - a mudança do tom de voz dele foi perceptível de imediato - então não vou atrapalhar conversando com você - eu tentei começar a explicar pra ele que com certeza não era nada do que ele tava pensando, mas ele não me deixava completar uma frase sequer - e de nada pelo presente, foi algo bem simples mas pra gente significou bastante. Espero que você coloque na sua mesinha de cabeceira, agora vou desligar. Fala pro Nash que eu mandei um abraço pra ele.

Antes que eu pudesse abrir a boca para reclamar, Taylor desligou a chamada na minha cara.

Fiquei com o celular por mais uns segundos perto da orelha, tentando aceitar que Taylor tinha pensado que algo tinha acontecido. Mas esse assunto sumiu quando ouvi risadas no andar de baixo, risadas que eu não ouvia faziam muitos meses.

Desci as escadas correndo, o que parece ter feito todo mundo se assustar.

- MÃE, PAI - gritei ao os ver em pé ao lado do sofá, provavelmente tentando entender quem estava com tanta pressa nas escadas. Pulei direto no colo do meu pai, quase o fazendo cair pra trás.

- Calma April, eu já estou velho, não consigo fazer as mesmas coisas que fazíamos quando você tinha 5 anos - ele brincou, me apertando no abraço.

- Ei, eu também quero abraço, não foi só o seu pai que foi em serviço não - minha mãe fez bico e eu soltei meu pai e a abracei forte, quase a quebrando - Nash ainda está dormindo ? - ela perguntou ao nos separarmos, e ela estava com o olhar na cara que eu já conhecia bem dela, e estava acostumada a ver o mesmo olhar no rosto de Taylor.

- Deixei ele dormindo, ele se esforçou bastante pra me ajudar a trazer todas as caixas pra cá - eu tentei me manter indiferente - vocês já comeram ?

- Estávamos esperando vocês dois acordarem. Por que você não vai lá e o acorda enquanto nós vamos colocando as coisas na mesa ? - minha mãe deu um sorriso e meu pai estava com o bico dele, que eu sabia o que significava.

Eu mostrei a língua pra minha versão mais velha que deu risada e comecei a subir as escadas rapidamente.

|*|

- A comida estava ótima Glória - minha mãe agradeceu a mulher que estava ao lado dela terminando de comer. E então ela encarou Nash, que estava sentado ao meu lado, batendo papo com meu pai - e você Nash, vai ficar bem sozinho no apartamento ?

- É meio difícil não se sentir - ele deu um sorriso - viver com uma pessoa como a April vivendo sob o mesmo teto, ela indo embora assim, com certeza o apartamento vai ficar bem mais vazio. E meu estômago também, por causa dela que a gente não morreu de fome - eu concordei com a cabeça.

- Se for assim, você pode vir comer aqui em casa, ou então a April leva pra você no apartamento - minha mãe deu um sorriso que era muito suspeito.

- Mãe, o apartamento fica longe, você quer que eu vá lá todo dia ? Quer matar minhas pernas ? - reclamei só de pensar.

- Você é muito sedentária, não te criei assim - meu pai falou, fingindo estar decepcionado - mas já que você tá reclamando, eu e sua mãe temos uma surpresa pra você.

Ele colocou a mão no bolso, tirando uma chave. Eu não pude conter o sorriso que surgiu no meu rosto.

- Vocês vão me devolver o carro ? - falei animada e meus pais riam.

- Calma aí - Nash chamou minha atenção - você sabe dirigir ?

- Claro que eu sei dirigir - eu revirei os olhos - tirei minha carta na primeira tentativa.

- Então por que eu te levava pra tudo que é lugar dirigindo ?

- Porque você me ama - falei brincando, mas meus pais e Glória me olharam todos ao mesmo tempo. Mudei de assunto rapidamente - pra eu poder dirigir, eu preciso de um carro.

- Que no caso, nós não deixamos ela pegar quando fomos pro campo - meu pai completou - mas agora que estamos em casa, você pode ter de volta.

Eu peguei rapidamente a chave da mão dele, agradecendo.

- Agora, se vocês nos dão licença - meus pais se levantaram - nós vamos ir descansar, porque o voo nos matou. 

Eles começaram a sair quando minha mãe voltou.

- Nash, seus pais pediram pra te falar que eles estão morrendo de saudades, que quando você menos esperar eles estão de volta e que te amam - ela colocou a mão no ombro dele que deu um sorriso tímido.

- Eu também vou embora - ele se levantou pouco tempo depois.

- Eu te acompanho até o carro - nós começamos a andar lado a lado - obrigada por me ajudar hoje e pelo presente.

- Não foi nada, obrigada por me alimentarem, a comida tava deliciosa.

- Taylor ligou atrás de você - falei como se não quisesse nada - disse que a Amber estava furiosa porque você marcou com ela e não apareceu.

- Tinha coisas mais importantes pra fazer - não posso negar que um sentimento de vitória percorreu meu corpo ao perceber que eu era a coisa importante.

Nós tínhamos chego a porta do carro e ficamos nos encarando por alguns minutos em silêncio.

- Obrigada por tudo Nash. Apesar da menina furiosa entrando lá e eu tendo que me esconder no meu quarto entre outras coisas, foi ótimo morar lá - ele ficou me encarando antes de dar um sorriso.

- Vou sentir sua falta lá April, o apartamento vai ficar mais vazio - e entrou dentro do carro - nos vemos na escola segunda.

É, eu também iria sentir a falta dele.