CAPÍTULO 36

88 10 4
                                    

Só percebi que tinha tido um pesadelo quando acordei gritando e os meninos estavam em cima de mim para tentar entender o que estava acontecendo.

- April, você tá bem. Calma - Nash me abraçava enquanto eu tentava me acalmar.

Shawn surgiu correndo com um copo de água e me entregiu. Eu peguei tremendo.

Taylor e Cameron observavam preocupados do sofá que tinha do lado do meu colchão.

- Não precisam se preocupar, foi só um pesadelo - eu me levantei - vou levar o copo na cozinha. Tentem voltar a dormir.

Coloquei o copo na pia, mas não voltei para a sala.

Abri o mais silenciosamente possível a porta que dava para os fundos da casa, me sentei na beira da piscina e coloquei meus pés na água, observando o movimento que ela fazia quando eu balançava meus pés.

Não tinha quase nenhuma nuvem no céu aquele dia, o que não era muito incomum em Los Angeles.

Apesar de não lembrar do pesadelo em si, sei que foi forte o bastante pra eu estar me sentindo estranha ainda.

Fiquei olhando para as estrelas e então senti um peso no meu ombro. Quase tive um treco quando vi que era uma mão.

- Deus, sua filha ainda não está pronta. Não pode deixar pra daqui uns 80 anos ? - falei baixinho.

- O que você tá falando aí doida ? - eu me virei pro Nash que me olhava com uma feição brincalhona.

- Você quer me matar de susto colocando a mão do nada em mim ? - ele riu e se sentou do meu lado - o que você tá fazendo aqui ?

- Vim clarear a cabeça - voltei meu olhar para a água - e você ?

- Fiquei preocupado, você estava demorando de mais pra voltar pra sala - ele se aproximou mais - os meninos ficaram esperando mas acho que já caíram no sono de novo.

- Pelo menos eu não estraguei o resto da noite de sono deles - nós dois rimos.

E então ficamos em silêncio, mas não aquele silêncio constrangedor, mas sim um acolhedor. Ficamos os dois observando as estrelas por um tempo.

Nash passou os braços pelos meus ombros, me aconchegando para perto dele e eu encostei a cabeça em seu ombro.

E foi como se o pesadelo nunca tivesse acontecido, e só existisse aquilo.

|*|

Quando acordei, estava deitada no meu colchão na sala novamente que agora estava vazia. Não lembrava como eu tinha voltado pra cá e não sei se queria mesmo saber. Quem eu estou querendo enganar ? Claro que queria.

Olhei ao redor a procura dos meninos mas nenhuma estava no alcance da minha vista.

Peguei meu celular e vi que já eram quase 11:30 da manhã, e me surpreendi por todos terem acordado tão cedo assim num sábado.

- Bom dia filha, acordou ? - minha mãe sentou na ponta do sofá com uma xícara em mãos.

- Bom dia - eu me levantei dando um beijo estalado na bochecha dela - cadê o resto do povo ?

- Seu pai levou eles pra comprar algumas coisas pra fazer o café da manhã. Mas tenho certeza que ele só quer dar uma monitorada nos meninos que estão ao redor da filha dele - ela me lançou um olhar malicioso.

- Vou ir tirar meu pijama - e sai apressada para o meu quarto ouvindo minha mãe rir.

Os meninos e meu pai voltaram uns 15 minutos depois com várias sacolas, contendo bolo, pão etc. O café da manhã foi farto, comi até não poder mais.

The Boy Who Lives With Me | Nash Grier |Onde histórias criam vida. Descubra agora