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Hypnosis Death

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Morte Por Hipnose
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Asilo Arkham, Gotham City
Três dias depois
11:30 A.M.

- Agora feche os olhos - Pediu a psiquiatra - Tentarei algo diferente hoje.

Aquele lugar fazia Kira tremer de cima a baixo, não pelos gritos desesperados ou pelas ameaças de morte sem sentido soltadas para ela durante o caminho. Na verdade, parecia que tinha algo pior além do corredor que não gostaria de encarar nem nos seus piores pesadelos.

Respirou fundo e fechou olhos, se focando na sua respiração e na vaga imagem da mulher que estava na sua frente.

- Começaremos com algo simples e comum - Começou

- O que faremos? - Perguntou baixo

- Hipnose clínica - A cadeira ao lado da poltrona em que estava deitada fez um baque alto - Sabe o que é hipnose, Kira?

"Uma coisa que apenas psicólogos e mágicos de circo fazem"
"Ei, não é o que aquele cara do filme faz?"
"Se for igual ao do filme, eu quero fazer!"

- Uma das apresentações nos circos?

- Não... exatamente. A hipnose é um estado psicológico semelhante ao sono, mas induzido.

- Então...você vai me fazer dormir? - A risada da doutora ecoou em seus ouvidos

- Praticamente. Durante a hipnose, você estará em completa consciência de seus atos. Não posso revelar algo que não queira ou pedir para que mate uma pessoa. Entendeu? - Kira assentiu - Está bem. Agora, relaxe.

Respirou fundo e abriu os olhos. Suas costas doíam, já tinha perdido a conta de quantas vezes teve a chance de relaxar de verdade, sem ter que pensar na sombra que pulava para fora do muro da Mansão Wayne toda noite.

- Quando eu estalar os dedos, quero que feche os olhos e faça o que eu pedir, ok? - Assentiu novamente

O estalar de dedos ecoou em seu ouvido e o comando antes dado fez a mesma fechar os olhos. A voz da psiquiatra parecia mais alta agora, inundando o silêncio da sala e apagando os rastros dos gritos dos pacientes.

- Se imagine em uma escada, a cada degrau que você descer, mais calma você vai ficar. - O estalar de dedos ecoou novamente, dessa vez, mais alto - 1° degrau...

"...você está cada vez mais relaxada...10° degrau, você está completamente relaxada

Agora vamos falar sobre você. Me diga seu nome."

Não sentiu sua boca abrir ou se fechar. As palavras pareciam sair da sua boca como telepatia. Sabia que ela tinha contado cada um dos degraus, mas do lembrava do primeiro e do segundo

"Eu... Kira... Hum... Eu não... Sei...

Quantos anos você tem, Kira?"

O barulho do papel e caneta. A caneta deslizando sob a superfície do papel, as palavras sendo rapidamente escritas.

"Não...sei...

Não sabe sua idade?

Ninguém...sabe..."

O silêncio pareceu durar séculos, nem o barulho da caneta que com certeza estava escrevendo algo na prancheta da médica fazia algum som.

Logo, quando a médica retornou a falar, a tensão do silêncio havia passado.

"Sabe o nome de seus pais?"

Desta vez, sentiu sua boca abrir e fechar novamente, sem quaisquer palavras serem proferidas por parte dela.