True Colors

Capítulo 8

— Finalmente — Felix comemorou assim que as duas se aproximaram — Achei que nunca mais deixariam de tirar fotos de vocês — revirou os olhos já ligando o motor. Cosima balançou os cabelos tirando o resto de arroz que ficou entre os fios.

— Atura ou surta, baby — brincou abrindo a porta traseira para que Delphine entrasse primeiro — Onde estão todos ? — perguntou ao passar o olho pelo local e não encontrar mais do que 10 pessoas alheias conversando.

— Provavelmente se divertindo na festa, coisa que não estamos fazendo — deu uma pequena ré fazendo Cosima soltar a porta e se afastar do carro, o fuzilando com o olhar — Entra ou da próxima te atropelo.

— Que ótimo — revirou os olhos e entrou, sentando ao lado de Delphine.

Levaram menos de 10 minutos para chegar ao hotel, onde aconteceria a recepção do casamento. O grande salão estava bombando, isso poderia ser facilmente notado mesmo que estivesse na rua. Felix apresentou a pulseira e Cosima abriu o vidro, se identificando. Foram liberados e seguiram, a procura de uma boa vaga no estacionamento que estava lotado.

— Fiquem aqui, vou avisar que chegaram — Felix pediu saindo em passos largos até a entrada do local.

— Eu não vou aguentar muito tempo — Delphine cochichou mordendo os lábios. 

— Calma amor, poucas horas e esquecem de nós — sorriu inocente e Delphine pegou sua mão, direcionando para seu intimo com certa dificuldade, por causa do longo vestido.

— Você usou...— sorriu de canto e deu uma olhada pelo retrovisor, na tentativa de ver se Felix estava vindo — Aguenta só mais um pouquinho, meu amor — usou da voz mais rouca possível e viu a esposa morder o lábio e fechar os olhos. Cosima levou a mão para nuca dela, e de maneira insinuante, massageou. Delphine sentiu o corpo gritar em desejo — Essas pequenas esferas — aproximou a boca, sussurrando em seu ouvido — Não são nem a metade do que eu vou fazer com você depois da festa — Delphine perdeu as forças. Não conseguiu responder nada. Apenas soltou o lindo buquê, que caiu no assoalho do carro e puxou Cosima para seu colo, selando os lábios com desejo — Amor, o Feli...

— Shh — Delphine cessou o beijo, sem distanciar o rosto, que permaneceu quase colado ao dela — Ele não está vindo — deu uma olhada rápida antes de voltar a beijar Cosima, de maneira quente e controladora — Eu quero você — sussurrou no ápice do desejo, sentindo o sexo se contrair.

— QUE BONITO — Felix abriu a porta de trás, o que fez Cosima imediatamente sair do colo de Delphine e sentar ao seu lado — Não pode deixar as madames sozinhas por 2 minutos que já estão se comendo — bufou e bateu palmas falsas — Venham, estão todos esperando. Delphine limpa o batom.

Desceram do carro e desde o estacionamento já podia ver as luzes iluminando a porta de entrada. Cosima estava encantada com as escolhas de Delphine. Tudo estava perfeitamente lindo, mas nada se comparava ao brilho da sua agora -esposa-. Delphine parecia transmitir a felicidade extrema da alma em cada gesto, sorriso e olhar. Tudo emitia aquilo de mais lindo que ela tinha na alma.

— As noivas pessoal — O DJ anunciou assim que as duas entraram de mãos dadas no local. Palmas e gritos fizeram Delphine tomar um tom avermelhado e Cosima ergueu a mão como se comemorasse uma vitória - e era-. Os fotógrafos permaneciam na cola das duas, registrando todos os momentos. Algumas pessoas foram ao encontro delas, abraçando e desejando todo clichê de sempre. Depois de finalmente terem encerrado a sessão de fotos na entrada e recebido as felicitações da maioria dos convidados, se aproximaram da mesa onde sentariam.

— Pai — Cosima o abraçou. O soluço fez ela olhar para Delphine que sorria apertando o ombro do sogro. Ele estava chorando, copiosamente — Obrigada por tudo — agradeceu e o apertou mais nos braços.