Capítulo 27

146 13 103
                                    


— GAROTA O QUE VOCÊ FEZ? — gritou impaciente chamando atenção de todos.

— Calma, Gene — Paul tocou em seu braço mas ele puxou.

— CALMA NADA — riu incrédulo e olhou para o policial, o chamando — Você vai contar tudo que sabe. Paul, avise Delphine que elas correm perigo — ordenou e ele assentiu, tomando certa distancia para telefonar.

— Ela já nos informou tudo que sabe, senhor — o policial falou calmamente — Assim como todos os que estiveram presentes na cena já deram depoimento. Nesse momento uma equipe está investigando o paradeiro de todos os envolvidos que conseguimos identificar e a equipe de Seattle está levando Aldous Leekie para segurança máxima. Senhorita Isabelle foi manipulada e estava sob observação de um infiltrado, que já foi detido e o depoimento dele nos serviu de muito, pois assim descobrimos quais são os próximos passos deles.

— Já devem estar lá — suspirou e colocou as mãos na cintura — E você? O que me diz?

— Teoricamente sou envolvida, mas como ajudei na investigação e me entreguei, provando que fui chantageada a tal ganhei apenas alguns anos detida  — sorriu fraco — Pode ter certeza que eu perdi muito mais. 

— Podemos conversar lá em minha sala. Quero saber de tudo — tocou em seu braço e apontou para o elevador — Qualquer coisa me avisem. Quero estar a par de qualquer passo deles — direcionou a fala ao policial que assentiu.

...

Delphine estava no corredor, já chegando ao elevador que levaria ao estacionamento do hospital. O celular não parava de tocar, era Paul. Ignorou as ligações e seguiu, chamou o elevador e esperou impaciente. Uma notificação de mensagem. Duas. Três. Na quarta, já irritada, resolveu retornar a ligação.

—  Que merda se passa, Paul ? Estou com minha esposa internada, uma funcionária cuja tentou arruinar minha vida algumas várias vezes está entre a vida e a morte e ainda precisei ouvir da mãe dela barbaridades —  pausou respirando fundo —  O que foi ?

—  Onde você está ? —  perguntou aflito.

—  Esperando o elevador para ir falar com a detetive, por quê? —  franziu o cenho.

—  É uma armadilha. A detetive está aqui e Wendy contou que eles estão indo te pegar —  falou sem pausas e em um clique Delphine se deu conta do quanto foi estúpida em não pensar nisso — Saia daí agora.

—  Cosima —  disse mais para si e deu dois passos para trás, ainda encarando as portas do elevador que se abriam —  COSIMA —  falou um pouco mais alto e correu, se misturando com as demais pessoas do corredor. Desligou o telefone enquanto corria em desespero para o quarto da esposa.

— Cormier, Cormier — Ferdinand saiu do elevador e pôde ver a loira correndo até o final do enorme corredor 

Se aproximando do quarto, senhor —  um dos homens avisou pelo ponto que Ferdinand usava.

Esperem no corredor. Quero dar as honras —  riu de forma sarcástica e sorriu para uma enfermeira que cruzou por ele — Quero todos os homens infiltrados nesse andar, hoje ela não escapa —  ordenou e seguiu caminhando com sorriso falso no rosto.

...

— Meu amor...Amor — entrou no quarto de maneira desesperada e ofegante — Você está aqui — se aproximou e depositou vários selinhos demorados nela.

— Para onde eu iria assim — apontou para a perna e Delphine sorriu, sentando ao seu lado — O que aconteceu?

— Nada — negou com a cabeça e deu um sorriso fraco que não convenceu Cosima — Descanse, eu vou ficar bem aqui cuidando de você.

True ColorsOnde histórias criam vida. Descubra agora