Capítulo 40

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— Não me lembro de ter passado um Natal de forma tão familiar assim... — Gene olhou em volta — Com pessoas que realmente são importantes para mim. Hoje estou extremamente feliz por ter a companhia de uma mulher maravilhosa — olhou para Siobhan e sorriu — E ao mesmo tempo sentir o amor de vocês, meus amigos — apontou para todos com sua taça de champanhe— Eu sei que para alguns, a notícia da minha relação com Siobhan foi um impacto — olhou em direção de Cosima que baixou a cabeça — Eu compreendi o verdadeiro sentido da vida. Com ela eu sou feliz, ela me completa — olhou para Siobhan e entrelaçou seus dedos.

— Ai meu Deus vocês vão me fazer chorar — Felix abanou o rosto, afastando as lágrimas. Todos o olharam e riram, também tomados pela emoção do momento.

— Siobhan é uma mulher linda e doce. Um anjo que veio me ajudar a ser uma pessoa melhor e principalmente, segurar minha mão e me guiar pelo lado da luz — beijou a mão que segurava, então soltou e ficou de frente para ela — Hoje sei que encontrei minha alma gêmea — olhou dentro dos olhos dela — E por isso, peço a Felix, permissão para casar com a sua mãe. Desde que ela aceite — colocou a taça sobre a mesa, foi até a árvore de Natal e pegou uma caixa de papelão, abrindo em seguida. Retirou uma pequena caixa de veludo e abriu, deixando aparecer um lindo par de alianças. Voltou a mesa e olhou para a mulher a sua frente, já chorando — Aceita me acompanhar pelo resto da minha existência? — Siobhan sorriu, e de imediato levou as mãos no rosto.

— Aceito. Lógico que aceito — soltou um riso emocionado e o abraçou forte. Todos aplaudiram vendo ela estender a mão para que ele colocasse o anel em seu dedo, gesto repetido depois, para colocar o anel no dedo dele.

— E VAMOS DE CASAMENTO — Paul gritou animado e ergueu a taça, fazendo todos repetirem o gesto enquanto gargalhavam emocionados.

— Tá, lindo. Mas podemos voltar a comer? — Felix perguntou divertido e Gene assentiu com um sorriso nos lábios. Todos voltaram a se sentar, conversando entre si animados com o que acabaram de presenciar.

— Perdi a minha vergonha na cara e tô imaginando a gente transando no banheiro lá do nosso quarto — cochichou para Cosima que se engasgou com a salada, precisando de dois tapinhas de Felix nas costas para desafogar.

— Devagar que na cozinha tem mais — Emma brincou tirando uma gargalhada de todos. Cosima riu e bebeu uma grande quantidade do suco, limpando a garganta.

— Essa comida está divina — Oliver elogiou, fazendo Siobhan sorrir.

— Sorte a minha, tenho a cozinheira todinha pra mim — Gene disse orgulhoso, dando um selinho em Siobhan.

— Epa epa epa. Eu ainda tenho parte nisso aí — Felix disse sério e depois sorriu. Todos entraram em um assunto qualquer, tirando a atenção de Cosima.

— Delphine, por favor. — Cosima cochichou ao ver o sorriso de canto que a esposa dava enquanto roçava a perna direita na esquerda dela.

— Tô com tesão — disse sem a olhar. Levou mais uma garfada a boca, agindo normalmente. Cosima estalou os olhos e seu rosto era puro fogo de tão vermelho que havia ficado.

— Imagina se alguém escuta isso?

— Amor, as pessoas transam, sabia? E com mais frequência do que você pode imaginar. E, pasme, elas transam principalmente escondidas em lugares públicos... Ninguém nunca te contou que o proibido é muito mais gostoso?

— O que eu estava fazendo quando eu me apaixonei por você? — se não fosse chamar muita atenção, tinha certeza de que levantaria as mãos aos céus, numa súplica silenciosa, que ela mesmo não queria que fosse atendida.

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