Capítulo 48

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Dyad Institute, 15:34

— Eu já falei que não vamos adiantar a reunião. Os investidores pediram um prazo de 10 dias e nós vamos respeitar — Delphine andava apressada enquanto Eric a seguia — Eu acabei de chegar com Cosima de uma consulta, a alegria que estou sentindo não vai ser esmagada por uma mesa, papéis e um projetor.

— Aceite tomar um café e eu posso te convencer de que devemos fazer essa reunião antes — se assustou ao ver Delphine parar de supetão — Por favor?

— Está novamente me chamando para sair Eric? — olhou firme com uma sobrancelha arqueada.

— Você quer — ele se aproximou dela olhando fixamente para os seus lábios — Ninguém precisa saber, apenas uma conversa entre amigos — sorriu e depois que Delphine conseguiu raciocinar, se afastou.

— Eric, não diga besteira. Eu definitivamente não quero sair com você, nem com ninguém além da minha esposa — passou a mão pelos cabelos, indo até a mesa de Megan conferir as correspondências já que a mesma não estava ali para lhe entregar os recados — Você sabe muito bem que quer algo além de um café.

— Não é besteira, Delphine. É só um café, nada demais — a seguiu tentando convencer — Eu juro.

— Eric, eu amo a Cosima mais do que imagina. Olha sinceramente, eu nunca desconfiei das suas intenções, não me faça mudar de ideia.

— Já que não aceita o café eu vou te mostrar minhas intenções — se aproximou repentinamente agarrando a cintura dela, a beijando. Delphine não correspondeu o beijo e o empurrou com força.

— CHEGA — afastou bruscamente — Você ficou louco? — disse com raiva, limpando a boca com a mão — Caramba, eu já disse que sou muito bem casada. Não trocaria Cosima por você e nem por ninguém. Você não tem senso?

— Você poderia relaxar mais. Aposto que com essa gravidez nem sexo está tendo mais — debochou sentando na mesa.

— Minha vida sexual não é da sua conta, senhor Bruneau — disse firme conferindo os remetentes das correspondências — Aliás, nada sobre mim é da sua conta. Você pode muito bem trabalhar na minha equipe e respeitar meu casamento.

— Está querendo dizer que não vai me punir pelo beijo? — riu debochado — Isso significa que ainda me quer por perto, correrá para os meus braços assim que o choro ficar insuportável durante a noite, junto com sua esposa estressada e sem querer contato — disse sério e Delphine o fitou — Quer dizer que concordou comigo?

— Não, na verdade estou tentando encontrar um motivo bom suficiente na sua cara de cínico que me convença a não te demitir — sorriu sem mostrar os dentes.

— A questão é que eu sou bom demais.

— Lamento, mas depois de ter ofendido minha família, além de ganhar meu rancor você acaba de enterrar sua carreira — tocou no ombro direito dele — Não queira esbarrar comigo o resto do dia, não sei o que sou capaz de fazer — deu uma piscadela e virou as costas, indo até sua sala.

— Espera — correu atrás dela, mas Delphine bateu a porta na sua cara.

— Merde merde merde — bufou andando por sua sala. Foi até o casaco que estava nas costas da sua cadeira e tirou seu celular de lá, discando o número de Cosima — Amor! — disse aliviada ao ouvir a voz dela.

Delphine? — gargalhou — Aconteceu alguma coisa, já sentiu saudades foi?

Sempre...— carregou a voz de malícia — Está no instituto ainda? — questionou e recebeu um sim como resposta — Preciso que suba até minha sala, aconteceu uma coisa e precisamos conversar.

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