Capítulo 47

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5 meses depois

— Amor? — foi despertada pelo som suave de sua voz, mas permaneceu de olhos fechados — Amor, nós vamos nos atrasar — levou seus dedos mornos tirando alguns fios de cabelo selvagens que se encontravam no rosto da esposa.

— Cinco minutos? — implorou com uma voz sonolenta, só então abrindo os olhos.

— Nem mais um minuto — esbravejou percorrendo o rosto dela com os dedos — Você sabe a quanto tempo estou tentando te acordar? — disse em tom de revolta.

— Mas dormir é tão bom — gemeu se esticando, sentindo o vento arrepiar os pelos do seu corpo nu — Você deveria experimentar algum dia  —virou, ficando frente a frente com ela.

— Você é tão linda — sorriu acariciando sua bochecha e se aproximou, deixando um beijo terno em seus lábios.

— Você me deixa tímida — mergulhou o rosto no travesseiro, ficando de costas para o teto.

— Apenas falo a verdade  —se inclinou, deixando breves beijos nas costas dela — Você está com frio? — questionou ao ver que ela tinha os pelos arrepiados.

— Isso é sequer possível com você? — disse tendo a voz abafada pelo travesseiro — Isso é tudo obra sua.

— Que delícia — afastou os cabelos e deu um beijo molhado na nuca dela, a fazendo se contorcer — Mas já são sete e quarenta, você precisa levantar pois temos que ir na consulta — acariciou o braço dela, a fazendo virar o rosto para o seu lado — E depois da consulta vamos passar no instituto.

— Achei que não ia trabalhar hoje — olhou com semblante triste

— E não vou, tirei o dia de folga para ficar com você e nossos bebês. Mas preciso passar para conferir em que pé está a pesquisa do Scott e conversar com seu pai sobre os novos investidores — sorriu deixando um beijo no ombro dela — Vamos, amor. Não podemos nos atrasar.

— A consulta — resmungou passando as duas mãos pelo rosto — Não basta eu estar com essa barriga enorme, ainda tenho que levantar cedo pra ir ao médico.

— Amor hoje vamos saber finalmente se são duas menininhas, um casalzinho ou dois meninões— sorriu acariciando a barriga, já visível dela.

Um silêncio confortante surgiu.

Delphine permaneceu deitada ao seu lado apoiando seu rosto em uma de suas mãos e o cotovelo no travesseiro. Olhava fixamente pra ela de forma séria, apesar de não conseguir disfarçar a doçura em seus olhos.

— Esse sono me restaurou — sorriu e virou de bruços para se sentar, fixando o olhar alguns segundos na parede — Tontura — piscou rápido e gargalhou — Vão com calma — olhou para a barriga, repreendendo em brincadeira.

— Cadê meu beijo? — questionou em tom ofendido e logo se aproximou com um sorriso bobo. Cosima envolveu sua nuca com seus braços, indo de encontro a seus lábios.

Delphine envolveu a cintura dela com as duas mãos, enquanto Cosima se posicionava sobre ela, sentando em seu colo. Logo, o beijo foi se tornando mais quente e sua mão foi descendo e se posicionando no quadril da esposa.

 — Amor, nós vamos nos atrasar — Cosima disse calma, acariciando seu cabelo enquanto aproveitava sorridente os breves beijos que Delphine dava em seu pescoço.

— Dez minutos? — implorou.

—  Delphine, você sabe que vai demorar mais que isso.

— Nós ainda tempos tempo, não temos? — desistiu do pescoço dela e choramingou.

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