Capítulo 30

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18:34

—  Finalmente em casa — abriu a porta do passageiro e ajudou Cosima sair, a segurando pela cintura —  Vamos, te levo.

—  Eu já estou bem, Gene Duncan —  brincou fazendo tom sério mas ele ignorou e caminhou com ela até a porta.

—  Não quero que faça esforços — sorriu e deu uma piscadela olhando para os lados — Vou te levar até lá.

—  Não precisa, pai. Estou bem —  bufou enquanto era quase que carregada pela calçada até a porta.

—  Tem certeza que não quer que te ajude a entrar? —  questionou preocupado assim que pararam na porta.

—  Absoluta —  concordou também com a cabeça —  Eu estou ótima, nem sinto mais dor.

—  Delphine está? —  questionou e Cosima negou com sorriso fraco.

— Deve estar no instituto. Mandei ela pra lá ontem —  riu sozinha e Gene a fuzilou com olhar — Ela estava acabada, pai.

—  Isso explica o motivo de eu ter flagrado ela discutindo com a tela do computador ontem —  riu sendo acompanhado pela filha — Tem mesmo certeza que não quer que eu fique? Ela pode demorar.

— Mandei mensagem assim que saímos do hospital então ela logo vem para casa, não se preocupe — Gene a olhou com um sorriso doce. Trocaram olhares carinhosos até o homem abaixar a cabeça tímido

— Por favor, tome cuidado — abraçou a filha que retribuiu, apertando o pai — Sem muitos esforços e se precisar de algo é só me ligar —  desvencilhou e a passou o polegar pela bochecha dela —  Eu te amo, filha.

—  Obrigada por tudo —  sorriu sem mostrar os dentes —  Eu também te amo, pai.

— Até amanhã —  deu um beijo em sua testa e saiu em passos lentos até o carro, que estava estacionado na rua.

— Pai — chamou e ele parou a olhando — Vem jantar aqui hoje, se quiser chamar a Rachel — sorriu tímida e ele assentiu com um sorriso satisfeito.

— Às 21:00 chegamos — mandou um beijo no ar e entrou no veículo. Cosima ficou observando até ele sair e sumir de vista. Colocou a chave na porta mas notou que já estava aberta, estranhou e entrou se deparando com as luzes acesas.

—  Delphine? —  indagou olhando para todos os lados — Amor, cheguei — estranhou o silêncio então apenas encostou a porta e seguiu até a cozinha para pegar água. Ao entrar se deparou com um lindo buquê de rosas brancas, duas taças e uma garrafa de vinho — Francesa...— sorriu mordendo o lábio e pegou o bilhete junto do buquê.

"Estarei na piscina te esperando, traz o vinho e as taças. Je t'aime"

Esqueceu da água que tinha ido tomar e pegou as duas taças e a garrafa, seguindo para a porta que dava ao jardim. Delphine estava de biquíni, com os braços esticados na borda e os olhos fechados, sentindo o ar da noite que já entrava.

—  Não sei o que a senhora tem em mente, mas a visão daqui é perfeita — quebrou o silêncio após ter admirado a esposa por longos minutos. Ela é tão linda. Delphine abriu os olhos junto do sorriso mais lindo que tinha. Cosima se aproximou e deixou as coisas que carregava perto da borda e permaneceu em pé, a olhando.

— Entra aqui — sorriu batendo a mão na água. 

—  Estou com os curativos na perna, amor —  o tom de tristeza cortou o coração de Delphine, que se firmou na borda e saiu da água —  Me perdoa —  sorriu fraco encarando a esposa.

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