18:34
— Finalmente em casa — abriu a porta do passageiro e ajudou Cosima sair, a segurando pela cintura — Vamos, te levo.
— Eu já estou bem, Gene Duncan — brincou fazendo tom sério mas ele ignorou e caminhou com ela até a porta.
— Não quero que faça esforços — sorriu e deu uma piscadela olhando para os lados — Vou te levar até lá.
— Não precisa, pai. Estou bem — bufou enquanto era quase que carregada pela calçada até a porta.
— Tem certeza que não quer que te ajude a entrar? — questionou preocupado assim que pararam na porta.
— Absoluta — concordou também com a cabeça — Eu estou ótima, nem sinto mais dor.
— Delphine está? — questionou e Cosima negou com sorriso fraco.
— Deve estar no instituto. Mandei ela pra lá ontem — riu sozinha e Gene a fuzilou com olhar — Ela estava acabada, pai.
— Isso explica o motivo de eu ter flagrado ela discutindo com a tela do computador ontem — riu sendo acompanhado pela filha — Tem mesmo certeza que não quer que eu fique? Ela pode demorar.
— Mandei mensagem assim que saímos do hospital então ela logo vem para casa, não se preocupe — Gene a olhou com um sorriso doce. Trocaram olhares carinhosos até o homem abaixar a cabeça tímido
— Por favor, tome cuidado — abraçou a filha que retribuiu, apertando o pai — Sem muitos esforços e se precisar de algo é só me ligar — desvencilhou e a passou o polegar pela bochecha dela — Eu te amo, filha.
— Obrigada por tudo — sorriu sem mostrar os dentes — Eu também te amo, pai.
— Até amanhã — deu um beijo em sua testa e saiu em passos lentos até o carro, que estava estacionado na rua.
— Pai — chamou e ele parou a olhando — Vem jantar aqui hoje, se quiser chamar a Rachel — sorriu tímida e ele assentiu com um sorriso satisfeito.
— Às 21:00 chegamos — mandou um beijo no ar e entrou no veículo. Cosima ficou observando até ele sair e sumir de vista. Colocou a chave na porta mas notou que já estava aberta, estranhou e entrou se deparando com as luzes acesas.
— Delphine? — indagou olhando para todos os lados — Amor, cheguei — estranhou o silêncio então apenas encostou a porta e seguiu até a cozinha para pegar água. Ao entrar se deparou com um lindo buquê de rosas brancas, duas taças e uma garrafa de vinho — Francesa...— sorriu mordendo o lábio e pegou o bilhete junto do buquê.
"Estarei na piscina te esperando, traz o vinho e as taças. Je t'aime"
Esqueceu da água que tinha ido tomar e pegou as duas taças e a garrafa, seguindo para a porta que dava ao jardim. Delphine estava de biquíni, com os braços esticados na borda e os olhos fechados, sentindo o ar da noite que já entrava.
— Não sei o que a senhora tem em mente, mas a visão daqui é perfeita — quebrou o silêncio após ter admirado a esposa por longos minutos. Ela é tão linda. Delphine abriu os olhos junto do sorriso mais lindo que tinha. Cosima se aproximou e deixou as coisas que carregava perto da borda e permaneceu em pé, a olhando.
— Entra aqui — sorriu batendo a mão na água.
— Estou com os curativos na perna, amor — o tom de tristeza cortou o coração de Delphine, que se firmou na borda e saiu da água — Me perdoa — sorriu fraco encarando a esposa.
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True Colors
Fanfic2° temporada de "Colors" Como pensar apenas no futuro, quando o passado volta a bater em sua porta?. A felicidade é apenas um estado da alma, só aprendemos a dar valor a esse estado, quando não se faz mais presente. O passado pode custar a felicidad...