Capítulo 10

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10 dias depois...

Paris. 21:16

Sim pai — revirou os olhos e saiu na varanda, onde Delphine estava — Eu sei, vamos nos cuidar — a abraçou de lado e recebeu um leve riso discreto — Também te amo — desligou e guardou o celular no bolso, suspirando.

— Deixa eu adivinhar — fechou um dos olhos e olhou para o horizonte, fingindo pensar — Meu sogro com seu cuidado extremo.

— As vezes acho que ele se culpa pelo incidente do tiro — sorriu fraco e olhou para a esposa, que a encarava com os olhos ternos.

— Eu não gosto de lembrar que quase te perdi — pousou sua mão sobre a de Cosima, que estava na grade da sacada — Não acredito que seja algo fácil para ele também. 

— Vivemos muitas coisas para estar aqui — riu nervosa e abanou a cabeça — Nem acredito que estou casada com Delphine Cormier.

— Niehaus... — completou e sorriu a puxando para um abraço — Delphine Cormier-Niehaus — deixou um beijo em sua cabeça e a apertou mais nos braços 

— Vai me contar onde vamos jantar ? — questionou Cosima se afastando um pouco para encará-la. 

— Um lugar que eu costumava ir quando morava aqui — sorriu ao ver Cosima arquear a sobrancelha.

— Levava sua ex lá também ? — fingiu indignação e se afastou.

— Eu não namorei a época que estive em Paris — riu ao ver a esposa fazendo uma birra infantil e debruçar na sacada, olhando para a torre no horizonte. Se aproximou e a abraçou por trás — Tive alguns casos — beijou seu pescoço e apertou mais seu corpo contra o dela — Casos íntimos mas sem sentimento.

— Defina íntimo — disse baixo.

— Sexo — sussurrou em seu ouvido. Cosima fechou os olhos e torceu o pescoço sentindo o arrepio percorrer seu corpo, atiçando todos os sentidos 

— E-e o íntimo com sentimento ? — engoliu em seco tentando manter a voz firme.

— Sexo violento, Niehaus — mordeu a pontinha de sua orelha e com maestria a virou, fazendo ficar de frente para ela — O sexo que eu faço apenas com você — sorriu de canto aproximando sua boca da dela — O sexo que pretendo fazer com você naquela cama — olhou por cima dos ombros em direção ao quarto.

— Se baseia em sexo ? — a enfrentou com uma sobrancelha arqueada.

— Se baseia no fato de que eu nunca amei nenhuma como eu te amo, Cosima — sorriu docemente — Que eu amo sim fazer sexo com você, mas eu amo ainda mais a sensação de acordar vendo suas pernas enlaçadas nas minhas e seu cabelo na minha cara. Saber que a mesma mulher que me dá o prazer carnal, é a que compartilha da conexão, amor e companheirismo comigo. Isso é absurdamente gratificante.

— Você não nega o sangue francês — debochou tirando um sorriso de Delphine.

— Nem acredito que você é minha esposa — mordeu o lábio, sorrindo delicadamente.

— "Tenha paciência. Tudo aquilo que você deseja, se for verdadeiro, e o mais importante: se for para ser seu, acontecerá."

— Citando William Shakespeare, na sacada de um hotel em Paris, cujo tem vista para torre Eiffel — pausou sorrindo de canto — Niehaus, o que está querendo ?

— Estou tentando levar uma francesa gata para cama — sorriu marota enlaçando os braços em seu pescoço.

— Talvez se você convidar ela para jantar — fingiu seriedade, apertando mais seus corpos.

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