Capítulo 49

178 12 15
                                    

— Ai vocês estão me maltratando crianças — falou com a barriga quando se levantou da cama. Porém, uma tontura a atingiu e a ânsia de vômito que vinha sendo sua companheira durante os últimos dias apareceu novamente. Rapidamente ela correu, abrindo a porta do banheiro com pressa e se abaixou na privada, colocando para fora toda pizza que ingeriu nas últimas horas.

— Amor, cheguei — a voz de Delphine preencheu o quarto, mas antes que ela conseguisse responder outra ânsia a fez se debruçar e jogar mais um pouco —  Amor? —  apareceu correndo no banheiro e se ajoelhou ao seu lado, segurando seu cabelo.

— Não, Delphine. Não quero que me veja assim —  tentou afastar ela, mas Delphine a abraçou por trás —  Amor, não...

— Eu estou aqui —  acariciou seu pescoço e deixou um beijo ali —  Está melhor? —  perguntou e ela assentiu, sentando no piso. Cosima estava pálida — O que aconteceu, amor?

— Você não precisa encarar essas fases, amor. Está tudo bem — sorriu fraco acariciando a mão dela.

— Amor, você vai enjoar, vomitar, inchar, ficar temperamental e ter desejos esquisitos — sorriu e também sentou, ao seu lado — E eu estarei aqui para te ajudar com tudo e também atender cada um dos desejos — aproximou mais e beijou sua testa — Vem, vamos nos limpar — levantou e estendeu a mão para Cosima, que pegou se apoiando para levantar também

— Acho que vou tomar banho — sorriu fraco e Delphine assentiu, abrindo a porta do box — Vou preparar um chá para você — disse assim que ligou o chuveiro para que a água esquentasse.

— Eu vou ficar bem, é apenas culpa da pizza que comi — gargalhou fraco, tentando tirar a calça.

— Deixa que eu te ajudo — se ajoelhou e puxou a calça dela, fazendo Cosima se apoiar nos seus ombros — Um pizza inteira, sozinha? — olhou para cima e ela assentiu sorrindo — Então vou pedir algo mais saudável para o jantar.

— Pede aquela comida francesa gostosa daquele restaurante — pediu com sorriso doce e Delphine levantou, ficando a pouco centímetros dela.

— Okay — sorriu e deu um selinho. Ajudou ela a prender seu cabelo em um coque e a observou entrar no box e fechar a porta de vidro. Um passo e a água já estava escorrendo por seu corpo. 

Delphine saiu do banheiro e voltou depois de alguns minutos, apenas com uma toalha em volta no corpo.

— Nem pense, Delphine. Olha a água do planeta — olhou firme para a esposa que tirou a toalha, deixando cair no chão e abriu a porta do box — Nem pense em entrar — repreendeu mas já sem firmeza na voz.

— Já entrei, amor — falou a abraçando por trás — Eu só vou te ajudar a tomar banho — sussurrou em seu ouvido a sentindo se arrepiar — Gostou da ideia, né? — gargalhou beijando a nuca dela.

— Você é muito pervertida sabia? — disse em tom risonho.

— Eu sei e você gosta — mordeu sua orelha.

— Para com isso, Delphine — encolheu o pescoço — Se você vai me ajudar a tomar banho, pega o sabonete pra mim.

— Eu não, isso é só uma estratégia para você se livrar de mim e sair correndo daqui. Eu entendo suas manhas, Niehaus. Não pense que eu vou cair — gargalhou ao ver Cosima bufar e girar, ficando de frente para ela.

— É sério, amor. Pega o sabonete pra mim — fez careta e Delphine revirou os olhos, pegando o vidro de sabonete — E até parece que com uma esposa gostosa dessas dentro do meu chuveiro eu vou sair correndo — sorriu maliciosa vendo Delphine encher a palma da mão de sabonete — Primeiro que nem consigo correr.

True ColorsOnde histórias criam vida. Descubra agora