Capítulo 42

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— Tchau — disseram em uníssono acenando sorrindo para Gene e Siobhan, que foram os últimos a sair.

— Finalmente — Cosima fechou a porta assim que entraram e ficou olhando para Delphine, que a encarava com o mais belo dos sorrisos.

— Vem aqui — a chamou e Cosima foi em passos lentos — Me diga mais uma vez que é real.

— Você vai ser mãe Delphine Cormier-Niehaus. Nós vamos — enlaçou o pescoço dela e sorriu — Vamos ter um bebê.

— Eu ainda tenho medo de acordar e descobrir que é mentira — passou os braços em volta da cintura dela e fechou os olhos — Me diga que não é só um sonho — pediu e recebeu um selinho longo da esposa.

— Mas é um sonho. Só que faz cocozinho, vomita e chora alto — tirou um riso da esposa, que abriu os olhos. O brilho contido ali era capaz de iluminar uma galáxia. Brilho de felicidade, amor, esperança — Sabia que eu te amo? — estudou um sorriso de canto e deixou uma lágrima escapar.

— E você sabia que eu te amo muito mais? — sorriu fechando um dos olhos.

— Impossível — soletrou e recebeu um selinho rápido.

— A é? — deu outro selinho, agora no queixo dela — Pois vou provar que não — subiu a boca e colou os lábios, iniciando um beijo lento.

— E como pretende fazer isso, doutora? — encerrou o beijo e sorriu de canto.

— Vou te mostrar lá no quarto — piscou e apertou a bunda de Cosima, tirando um gemido contido — Estou te devendo algumas horas de muito prazer.

— Vamos precisar de meses para repor — brincou e roubou um selinho dela.

— Senti sua falta — disse com sorriso sincero.

— Você não faz ideia o quanto — disse em tom provocante e colou totalmente o corpo, cerrando os lábios nos dela — Você me deixou completamente louca no jantar — sussurrou acariciando as costas dela, por cima do vestido — Completamente, Cormier — sorriu ao ver ela fechar os olhos e tratou de alcançar o zíper, abrindo e descendo as alças pelos ombros dela.  A sua calcinha era vermelha e Cosima precisou concentrar sua atenção para a boca dela e não para a única peça ali, que estava querendo arrancar se fosse possível até com os dentes.

— Era minha intenção, já que me deixou da mesma maneira no meio de um restaurante —  suspirou e umedeceu os lábios, lembrando daquele dia.

— Você é maravilhosa — soltou um suspiro ao vislumbrar a obra de arte que era sua esposa — Abra seus olhos, Delphine.

— Você está me provocando — sussurrou e sorriu, ao finalmente abrir os olhos e ver Cosima se despindo lentamente a sua frente.

— O que você acha? — o sorriso nos lábios dela demonstrou exatamente o que Delphine esperava. Era um jogo e ela sabia que iria perder, não suportava olhar a mulher da sua vida se despindo daquela maneira.

— Isso é um jogo comigo, Niehaus? — arrastou os pés levemente, quebrando a distância que existia entre elas. O seu corpo respondeu ao impulso de querer beijar, lamber e morder cada parte que existia daquele corpo que ela sabia que também ansiava por seu toque.

— Não gosto de jogos e você sabe que eu posso muito bem jogar com você também, doutora — continuando a mesma linha de provocação da esposa, Cosima espalmou a mão nas costas nua de Delphine arranhando lentamente.

— Não brinca comigo desse jeito...

— Você que começou — sorrindo, enlaçou os braços no pescoço dela, colando os corpos e apenas sentiu esse choque percorrer Delphine, que respirou fundo apenas sentindo a melhor sensação do mundo que era ter a mulher que amava em seus braços.

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