Capítulo 41

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Louise Brooks;  Narrando

Eu passei a minha vida inteira apaixonada pelo William Patterson, a vida inteira. Quando éramos crianças eu sempre marcava o lugar para ele sentar ao meu lado era na igreja, na escola, na EBD e até mesmo nos cultos nos lares.

William era o meu melhor amigo desde sempre e quando nossos pais começaram a dar força e achar legal se tivéssemos mais que uma amizade aquela paixonite só se intensificou. Tudo isso começou quando eu tinha apenas nove anos havia um garoto na minha classe chamado Fred Walters, ele era bem gordinho e mal encarado ele sempre tomava meu lanche ele dizia; “Seja boazinha como Jesus e me dê seu lanche afinal você é ou não é cristã? ” Esse garoto fazia da minha vida um verdadeiro tormento puxava meu cabelo, derrubava meus cadernos, rasgava meus deveres e rabiscava meus livros e eu sempre levava broncas então os pais de William o transferiram para minha escola e foi aí que tudo começou.

Uma certa vez o Fred exigiu meu lanche enquanto puxava uma das minhas Maria chiquinhas, William surgiu rapidamente e começou a dizer que não devia se bater em meninas ou mulheres que era muito feio e errado o Fred não quis saber e quando William ameaçou contar a professora Fred deu um murro em William, no final de tudo Fred foi expulso e William se tornou meu herói!

Desde então era sempre William, tudo em mim girava em torno dele e as vezes eu deixava de estar com as meninas para estar com ele. Ele se tornou meu melhor amigo, meu confidente, o meu primeiro amor, o garoto com quem dei meu primeiro beijo e meu primeiro namorado.

Éramos uma dupla inseparável e juntos fazíamos muitas coisas juntas nos íamos ao orfanato falar de Jesus para as crianças uma vez no mês alguns meses íamos duas ou três vezes, íamos ao hospital de câncer de crianças duas vezes no mês, arrecadavamos doações para moradores de ruas e cestas básicas para famílias carentes. Evangelizavamos nas ruas e sempre que tínhamos oportunidade falávamos de Jesus na escola.

Como então eu poderia desistir dele depois de tantas coisas que passámos juntos eu sei que pisei na bola e feio, eu confesso. Mas eu não podia desistir do William porque eu estive lá em todos os piores momentos dele quando os avós morreram eu estive lá, quando ele quase reprovou eu estava lá, quando a Wendy quebrou o braço eu estava lá. Eu estava com ele pra tudo.

Mas ele terminou comigo eu pensei que era só mais um termino, que depois nos conseguiríamos reatar, mas eu só percebi que era pra valer quando ele desmanchou nossos planos anos, quando mudou de universidade sem me dizer nada. Era pra estarmos juntos, mas ele trocou o destino dele e veio com o Kevin pra cá. Passei um ano tentando reconquistar-lo, e todas as vezes que eu o visitava ele ainda estava dedicado em fechar as feridas que eu abri nele, mas ai ela chegou, Melanie surgiu e eu percebi que Willy estava curado, estava seguindo em frente, recomeçando... Mas não comigo. E como eu me senti?  Me senti trocada, eu errei uma única vez e ele não foi capaz de me perdoar para seguirmos em frente juntos.

Hoje eu sei que William me perdoou genuina e verdadeiramente, mas na minha cabeça ele teria que voltar comigo, isso era o perdão para mim e como eu não entendia eu apenas resolvi lutar por ele e foi assim que eu iniciei minha saga louca de tentar mostrar a todos que a Melanie não era o anjinho que achávamos, mas quanto mais eu procurava mais e mais eu me frustrava e assim eu me tornava mais amarga  ao ponto de humilha-la e diminuí-la me diminuindo junto.

Eu estava obececada eu confesso, eu queria ter William de volta pra mim, queria concretizar nossos planos; casar, ter uma família e passar o resto dos meus dias ao seu lado.

Mas havia uma voz dentro de mim que quando eu não conseguia sufoca-la ela me fazia questionar minhas escolhas, essa voz me perguntava se valia a pena me rebaixar tanto, se valia a pena. Eu via como William olhava pra Melanie, como sorria, como a tratava, eu via o amor que ele estava sentindo por ela e esse amor era quase palpável e se eu o amava de verdade eu deveria deixar ele ser feliz, eu deveria deixar ele ir. Essa voz me dizia que eu ia seguir em frente que encontraria o amor também, ela me fazia questionar se eu realmente amava William.

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