A Nossa História (Romance Cristão)

Noite das meninas

— Olha o Johnny tem se saído um amor, ele arruma a casa quando não posso, cozinha e até lava a louças. Meu único problema é faze-lo levantar a tampa do vaso toda a vez que vai urinar, isso parece ser impossível pra ele! — Emilly bufa irritada.

— Eu não acredito que seu marido cozinha e arruma a casa e você se irrita por ele não levantar a tampa do vaso sanitário. O Paul mal leva o lixo pra fora! — Hanna praticamente grita atraindo alguns olhares para nossa mesa.

— Pelo amor de Deus, Hanna dá pra falar baixo? Estamos em uma lanchonete não em uma discoteca. — Emma ralha com Hanna que abaixa a cabeça envergonhada.

É sexta-feira eu e as meninas decidimos que esse seria nosso dia, e todas as sextas nos encontramos e colocamos as conversas em dia já que mal nos vemos na universidade. Por eu estar morando próxima à universidade a maioria dos meus horários de almoço são em casa já que não moro mais no alojamento, na realidade nenhuma de nós mora exceto por Emma que ainda não casou mas se mudou semana passada para casa dos pais de Emilly.

— Olha o Kevin é super organizado ele tira o lixo, baixa a tampa do vaso, mas infelizmente eu sempre encontro pelos na pia depois que ele se barbea não adianta se eu deixei uma bucha em uma caixinha no armário somente para isso. Sempre que ele se barbea lá está os resíduos espalhados pela pia! — Mariáh bufa chateada. E Hanna faz cara de nojo.

— Graças a Deus o Paul é limpinho nessa área. — Nós rimos e María revira os olhos para Hanna.

— Will e eu dividimos as tarefas mas como agora ele está prestando alguns seminários eu mal tenho visto ele, dormimos juntos mas nem sempre saímos juntos as vezes ou eu saio cedo demais ou tarde demais, ele passa o dia concentrado na faculdade e no emprego que conseguiu e tem também as poucas horas vagas em que ele tem que estar seguindo os passos do reverendo Archibald, para cumprir seu estágio. Resumindo eu faço tudo a maior parte.

As meninas sorriem fraco pra mim como se me dessem apoio esse terceiro anos tem sido fogo e olha que já estamos findando.

— E você Louis, não tem nada a compartilhar? — Mariáh a questiona.

— Não muito. — Ela sorri fraco.

— Você está muito quieta, você e Rick estão bem? — Emilly a interroga.

— Estou ouvindo vocês e sim Rick e eu estamos bem. — Ele bebe um pouco do shak de morango que pediu.

— Qual é Louis divide com a gente o que o bárbaro do seu marido fez todos ele são bárbaros mesmo! — Hanna exclama.

— Eu não tenho muito o que comentar, eu e o Rick vivemos de uma maneira muito nossa sei lá. — Ela ri enquanto fecha os olhos. — Eu praticamente faço todas as obrigações mas ele procura se fazer presente em tudo, eu falo a ele que não precisa me ajudar que eu sei que ele tem se desdobrado com o emprego de professor em meio período e a universidade de inglês mas ele não se importa, ele chega do trabalho e faz questão de pôr o lixo pra fora e se eu já tiver colocado somente para ele descansar um pouco ele faz questão de lavar a louça ou fazer o jantar e eu ralho com ele mas ele faz uma tapioca sensacional, uma comida brasileira que ele aprendeu com uma tia dele. As vezes sinto não o merecer Rick é compreensível e maravilhoso, acredita que um dia desses um amigo dele apareceu por lá e quando ousou abrir a nossa geladeira Rick o repreendeu aqui em casa somente a minha mulher abre a nossa geladeira e temos outra regrinhas básica se comer lave o seu prato. Eu fiquei totalmente envergonhada e chocada com a atitude dele, quando fomos dormir eu o questionei e ele me disse que quando era pequeno o pai dele era uma pessoa muito pra cima e tinha uma enorme facilidade em fazer amigos e por vezes levou pra casa pessoas com quem só tinha falado duas ou três vezes, esses mesmos caras praticamente desrespeitavam a mãe dele abriam os armários e a geladeira, mexiam em suas coisas sem pedir licença e por muitas vezes se metiam nas conversas sem serem chamados. Ele disse que quando esses episódios aconteciam sempre via depois a sua mãe triste e chorando pelos cantos e prometeu a si mesmo que quando tivesse sua esposa ninguém a desrespeitaria. — Louise levanta o olhar para nós e todas estamos emocionadas. Ela sorri envergonhada.