A Nossa História (Romance Cristão)

We Believe / Mariáh

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Eu não acredito...
Será isso mesmo?
Will, iria me beijar?
Quer dizer nos iríamos nos beijar?

Essa perguntas ficavam rondando minha mente a cada segundo enquanto eu fitava o teto do meu quarto, olhei em direção a porta quando ouvi o som da maçaneta girando revelando Mariáh.

- Hey, Mel. - Ela falou timidamente.

- Oi Mari. - Sorri gentilmente.

- Queria saber se agente pode assistir um filme juntas? - Ela perguntou acanhada.

- Claro. - Sorri abertamente.

- Você faz o brigadeiro e eu faço as pipocas e o suco. - Ela acrescentou sorrindo.

- Okay, alguma preferência de filme? - Questionei pegando um elástico e amarando o cabelo num rabo de cavalo.

- Hum. - Ela colocou o dedo nos labios enquanto pensava. - Me surpereenda. - Ela disse por fim.

- Okay. - Falei dando uma piscadela para ela.

Eram 5:10 da tarde.
Era a minha chance de tentar apresentar Jesus para minha colega de quarto. Então fiz uma escolha confiante. "We Belive?/ Você Acredita?".

Depois de tudo terminado. Fomos assistir o filme claro que rimos, fizemos comentários no meio do filme e choramos, talvez a Mari bem mais que eu. E quando o filme acabou ela continuava chorando comecei a me preocupar porque ela não parava. Estávamos sentadas no chão Mari estava abraçada a seus joelhos.

- Eu sou desviada. - Ela sussurrou, eu pensei ter ouvido errado.

- Eu, han... Pode repetir? - Falei meio sem graça.

- É isso mesmo que você ouviu Melanie, sou desviada. - Ela falou me olhando enquanto mantinha uma expressão neutra.

Como eu não sabia o que dizer fiquei quieta permitindo com que ela desabafasse.

- Minha mãe é vice dirigente do Circulo de Oração das senhoras e édirigente do grupo de jovens a uns cinco anos. - Ela suspiro. - Sabe Mel eu não era cristã de berço, quando minha mãe começou a frequentar a igreja eu tinha sete anos, meu pai abandonou minha mãe quando eu tinha uns cinco anos, minha mãe teve que se virar para cuidar de mim e do Andrew meu irmãozinho que na época tinha uns 2 anos.
Ela trabalhou em muitas casas de família até conseguir exercer sua atual profissão. Ela assumiu uma turminha dois anos depois do abandono de meu pai. Então ela conheceu Joseph e ele apresentou Jesus para mamãe, após algumas semanas eles começaram um relacionamento e se casaram meses depois.

Vi uma lágrima solitária descer pela sua bochecha, ela parecia triste.

- Eu nunca o chamei de pai, mas Joseph fazia questão de me chamar e tratar como filha eu o amo. - Ela falou olhando para mim com um sorriso. -
Ele hoje é dirigente da igreja que eu congregava, eu passei a infância sendo amada e mimada, não só eu como Andrew e Ruthlessly minha irmã caçula que nasceu 3 anos após o casamento de Joseph e Mamãe.
Na adolescência as coisas começaram a mudar, na verdade não mudaram eu só comecei a enxergar que tudo girava ao nosso redor ou melhor ao meu redor, porque Andrew não parecia se importa nem a Lessly que era só uma criança. Todo erro que eu cometia por menor que fosse sobrava pra mim, eu já estava cansada. - Ela suspirou. - As festas pareciam melhores, eu era excluída na escola mas comecei a me enturmar parei de orar, jejuar virou tradição só em datas especiais, louvar que era o que eu mais amava eu troquei por "passa tempos" mais divertidos como ficar, beber, ficar e zuar. A pressão da minha mãe como líder da mocidade só piorou tudo.
A filha do pastor isso, a filha do pastor aquilo.