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Dessa vez foi tudo certo.

Acordei ao lado de Andrew na cama de casal em seu quarto. Ele estava com o braço passado por cima de mim, tal como na vez passada. Tentei sair sem acordá-lo, mas minha tentativa foi falha. Ele abriu um sorriso assim que se deu conta de tudo. Eu amava aquele sorriso. Era o mais libertador possível, e vê-lo em minha manhã, foi como ganhar o dia inteiro em apenas um segundo.

Dei um selinho nele sem me importar com o hálito. Ele sorriu. Queria passar o resto do meu dia olhando para ele como estava fazendo agora. Não sei que mágica era aquela, mas eu estava completamente enfeitiçado. Não sabia como uma pessoa que eu conhecia a minha vida toda, de um momento para o outro se tornou algo tão novo e especial na minha vida. Como não poderia ter notado isso antes?

― Isso foi bom! ― diz Andrew sorrindo levemente.

Também sorrio.

― É, foi mesmo!

Andrew se aproxima para me dar um beijo, mas eu me afasto.

― Credo, ainda nem escovamos os dentes ainda!

― É só um selinho de bom dia!

― Com bafo e tudo!

― Qual é Max, é só um selinho rápido. Quem nunca fez isso.

― Eu nunca fiz isso!

Ele ri.

― Tudo bem, sem selinho de bom dia então.

Me desloco para me levantar, mas logo travo. Eu estava nu por debaixo daqueles lençóis. Não sei porque, mas senti uma certa vergonha de sair nu para que Andrew me visse, mesmo depois de tudo na noite anterior. Talvez ainda estivesse preso à imagem de amizade que carregava a minha vida inteira de Andrew e ainda me sentia um pouco estranho. A claridade naquele quarto também me assustava. Na noite anterior estava meio escuro, então não senti que ele podia me ver por completo, ou pelo menos não tão nitidamente.

― Você poderia se virar enquanto eu me visto?

Andrew fez uma expressão de perplexidade.

― É sério isso?

― Uhum! ― digo balançando a cabeça levemente.

― Depois de tudo o que fizemos na noite anterior você ainda está com vergonha?

Não respondi.

― Não há mais nenhum espaço do seu corpo que eu não conheça mais depois da noite passada Max.

Dei de ombros. Andrew revirou os olhos e se virou. Rapidamente saí de baixo dos lençóis. Andrew vira-se com uma risada maliciosa no rosto o que me faz ter um susto e me cobrir de imediato. Andrew se levanta completamente nu, sem se importar. Foi impossível não olhá-lo por completo. Ele veio até mim e puxou a parte do lençol que usei para me cobrir. Acabei deixando ele fazer aquilo. Ele dá uma risadinha, então dá um tapa na minha bunda e sai em direção ao banheiro.

Visto-me e logo vou até a cozinha para fazer o café da manhã. Preparo duas tapiocas, uma para mim, outra para Andrew. Passei margarina assim que terminou o processo para dar o toque final, então Andrew aparece finalmente vestido com um sorrisinho no rosto. O modo como ele estava sorrindo para mim tão lindo e provocante me fazia querer saltar nele e o beijar até terminarmos da mesma forma como na noite anterior. De volta para baixo dos lençóis.

Não fiz nada do que estava pensando. Andrew se aproximou e sentou-se para tomarmos café da manhã juntos. Não falamos uma só palavra enquanto comíamos, apenas trocávamos olhares e alguns sorrisos entre uma mastigada e outra. Quando terminei de comer lavei a louça, depois escovei os dentes por fim. Por fim, resolvi fazer alguns afazeres naquele dia, como arrumar a casa que não estava nem tão bagunçada assim, mas fiz de qualquer forma. Com apenas Andrew e eu ali, não tinha muita bagunça. Cada um cuidava das suas próprias coisas e estava tudo bem.

"The ᴮᵒʸB̶e̶s̶t̶friends"Onde histórias criam vida. Descubra agora