Decidido que estava, Sam começou a procurar de entre os os seus camaradas alguém que quisesse ir com ele em tão determinada missão espiar Howe, entretanto eu Imelda e mais mulheres do acampamento em Villey Forge, iniciámos a procura por uma costureira para me fazer o vestido de noiva, queria casar o mais rápido possível antes que alguém se voluntariasse a ir com Sam, foi assim que numa tarde Washington me encontrou, totalmente imersa na escolha de rendas e tecidos, Washington era um homem sensível e conhecedor de moda, no seu exército nenhuma alta patente andava vestido de qualquer maneira, deveriam andar sempre todos impecavelmente fardados, fizesse frio ou calor.-Então minha querida Onde anda o nosso homem? - sentou-se na minha frente puxando uns tecidos para o seu colo.
- Em reuniões e entrevistas, caro amigo, para saber se alguém o quer acompanhar nesta ideia maluca que eu lhe pus na cabeça.
-E você está preocupada, sim eu também estaria, aliás estou muito preocupado, não vi ninguém com interesse, deveremos talvez aceitar que temos de "voluntariar" à força - continuava passando a mão pelos tecidos - Humm Andreza que me diz deste, é lindo e suave. - entregou-me um tecido beje de seda que Betsy, uma excelente costureira que era afinal a dona da mansão e ao saber dos preparativos para o casamento se prontificou a ajudar, já me tinha mostrado e indicado como sendo excelente para fazer o meu vestido, Betsy precisava de um alento, o seu marido e já o segundo, fora feito prisioneiro dos britânicos, Washington já tinha feito pedidos para que fosse efectuada uma troca de prisioneiros mas os britânicos não cederam, e Betsy continuava inconsolável, costurar o meu vestido seria uma distração para ela e eu queria que fosse ela, porque para além disso era ótima no seu trabalho.
- Gosta deste George? É eu também, será que Sam também vai gostar.?
- Querida, o homem iria gostar nem que você fosse vestida de trapos, você deu-lhe forte, nunca o vi assim, sempre foi intrépido, corajoso, o meu melhor homem, honesto, sempre diz a verdade, e se ele diz que a ama mais que a própria vida, eu acredito e você querida, acredite também porque Heughan nunca diz nada que não sinta como verdadeiro. - agarrou-me a mão e beijou-ma.
-Eu sei - disse timidamente - e eu amo-o muito também, nunca pensei que me fosse acontecer algo assim, ter um homem assim na vida, o meu pai ficaria com certeza encantado com a minha escolha.
-Bem minha querida - disse dando-me umas palmadinhas na mão - vou chamar Betsy para si, espero que dentro de uma semana já tenhamos vestido para celebrar a vossa união, para que tenhamos um motivo de alegria por aqui, bem necessitamos. - Saiu deixando-me com o rosto encostado no tecido macio. Desejando que tanto eu como Sam fossemos bafejados com a sorte de um casamento feliz, estava nervosa, depois do casamento Sam iria meter-se na toca do lobo, e se tivesse a mesma sorte que Betsy? Se o meu homem não voltasse da sua missão, como iria eu viver, sem a alegria da minha vida? A semana passou depressa, os dias eram passados na costura do vestido, Betsy tinha realmente umas mãos de ouro e uma paciência sem limites, as noites eram passadas entre sussurros de amor nos braços de Sam, entre planos de vida que não sabíamos se algum iriam ser concretizados, nos filhos que teríamos e como viveríamos em Monticello depois da guerra que desejávamos ardentemente que terminasse depressa, mas eram tudo sonhos elaborados no ar sem certezas, com a dúvida de cada um entrelaçada na vontade que dessem certo.
Um dia antes do casamento, estando eu Betsy e Imelda imersa nas nossas costuras e Washington, Sam, o Sr. Heughan e Gates, que apesar do mau humor, tinha concordado em absoluto com a ideia da espionagem, quando um soldado vem até à sala dizendo que havia um dos homens que queria uma audiência com os senhores, mandaram entrar um homem esguio de boa aparência, Nathan Hale, apresentou-se.
- Senhores - fez uma vénia e encarou os homens sentados na mesa, voltou-se para onde estava as mulheres, - Senhoras - batendo os calcanhares um no outro à moda militar disse - pensei muito no assunto e vejo-me na obrigação moral de aceitar o desafio de coletar as informações para o nosso grande exército, e mais honrado me sinto de o fazer ao lado do Coronel Heughan.
Sam, olhou o homem de alto a baixo, aprovando o que via - Soldado Hale, é uma missão perigosa nunca antes feita pelo exército continental, sente-se à vontade para o fazer? É isso que nos veio dizer?
Levantei-me da cadeira, deixando ali o vestido e vim para trás de Sam, agarrando-lhe os ombros apertando ao de leve, ele levantou uma mão para acariciar a minha, apertando-a ao de leve, sei que a ideia foi minha mas vê-la agora com pés para andar deixou-me apreensiva, será que isto não era pior que ir para a frente da batalha, ele passou várias vezes a sua mão na minha como que a descansar-me o espírito e Nathan continuou: -
-Será uma honra, como já lhe disse Coronel, você é o homem que eu quereria ao meu lado na frente da batalha, não vejo o porquê de me sentir menos afortunado por o ter ao meu lado nesta missão. - e fez uma vénia novamente. Sam, levantou-se estendeu o seu braço direito pousou a mão no ombro esquerdo de Nathan, que fez o mesmo movimento, e olhando nos olhos um do outro sorriram.
-Soldado, Hale tenho a certeza que tudo correrá bem.
-Eu também, coronel. - Saiu deixando um Sam de pé a olhar para a porta e Gates suspirou
-Está feito! Só precisamos combinar o modo..
Sam agarrou na minha mão, pedindo desculpa aos demais levou-me com ele , colocou-me uma capa pelos ombros e outra nele e de braço dado fomos para o frio dos campos, passamos pelas cabanas de toros de onde saiam os fumos das chaminés improvisadas, as famílias e amigos estavam aquecidos pelo menos, a comida ainda não tinha faltado, Washington tinha aceite parte do meu dinheiro para comprar mantimentos, por enquanto estávamos bem, com os corações acelerados mas bem, Sam levou-me aos estábulos não estava propriamente o mesmo frio que no exterior mas ainda assim eu batia o dente abriu uma porteira onde só estava o feno seco para alimentar os Cavalos, sentou-se levando-me com ele até ao chão, abriu a sua capa para me meter nela bem abraçado comigo. Beijou-me levemente nos lábios, acariciou-me o rosto.
- Vai dar tudo certo - disse-lhe eu, querendo transmitir uma certeza que não sentia. - beijou-me novamente. - Sam! Olha para mim - agarrei-lhe no rosto - olha para mim amor, são tempos difíceis os que temos à nossa frente, mas juntos, sempre pensando um no outro vamos conseguir ultrapassá-lo, tu és um homem muito valente Sam Heughan, o meu homem muito valente, que explode ao som das vozes do povo, que transmite a todos a coragem para avançar sem medo do desconhecido, que se eleva nas asas da vontade de vencer dos teus homens tu és a minha alma gémea, a minha vida, tu vais casar-te comigo e amar-me para todo o sempre, vais nessa missão de peito aberto como vais para tudo na vida e vais voltar para mim, para o meu colo. Promete-me, que não vai mudar nada, promete-me.
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Onde Tu Fores... Irei
Hayran KurguUma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem! Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, ser de vez em quando irascível, teimoso... Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.Eu escolh...