(Maluff)
Eu tive um diálogo muito bom com o senhor James, ele não era tão malvado como eu pensei, e pelo o que pude perceber é compreensivo, mas eu agi de maneira estranha, eu por impulso o abracei, senti seu corpo másculo e firme em meus braços, e não queria parar de abraçá-lo, me sentia protegido com ele e não entendia o motivo, mas eu realmente o abracei por um gesto de gratidão, por me ter contratado. Ele deve ter ficado surpreso com a minha ação, já que não retribuiu e me olhava sem entender nada. Cessei o abraço e fui até a área de serviço, saindo pela porta dos fundos, e adentro no elevador, rumo à escola.
Um mês havia se passado, e eu já estava habituado com as atividades domésticas. A rotina era semanal e já sabia o que eu teria que fazer. Eu estava sozinho na cobertura, como de costume, e estava tirando o pó dos objetos que ficavam no hall. Já era meio dia, e sabia que James iria vir almoçar, porque ele disse o que queria comer. Pouco tempo depois, ouço o som neutro do elevador da entrada principal, e sim, era ele. Mas ele não estava sozinho, estava com uma mulher loira e muito elegante. Ambos estavam animados, e não me cumprimentaram, mesmo eu dizendo: "boa tarde, senhores". Eles ignoraram meu comentário, e foram para um outro local. Ficaram um bom tempo por lá, e me lembrei que o almoço estava pronto, e fui avisar. Eles estavam no escritório pessoal do James. Chegando lá, quando abri a porta, eu vi uma cena bastante constrangedora e minha pele corou de imediato, eles estavam transando em cima da mesa, os papéis estavam jogados no chão, e James e a moça me olham rapidamente e também se sentiram constrangidos com a minha presença ali.
- EU NÃO MANDEI VOCÊ ENTRAR! SAIA DAQUI AGORA, SAIA! (James)
- GAROTO IDIOTA! IMBECÍL! (James)
Eu estava muito confuso e assustado com aquele grito, rapidamente fechei a porta, que não deu nem tempo de pedir desculpas, pois eu não havia pedido autorização para entrar. Aquela cena não saía da minha cabeça. Fui dar continuidade as outras tarefas com muito medo de ser demitido, a palavra "demissão" colava na minha mente, e meu corpo começou a estremecer de nervoso. Voltei a limpar o Hall, passando pano molhado no piso com esses pensamentos na minha cabeça. Depois de uns quinze minutos, ouço a tranca da porta ser destravada, e meu coração começou a palpitar mais rápido, era aquela mulher, que me olhava com deboche e ironia, passando por mim e dizendo:
- James quer que você vá até a sala dele, parece que alguém será demitido. (Alessia)
Ela zombou em seu tom de voz, dando um breve chute no balde com água que molhou o piso que eu havia limpado, e saiu da cobertura. Tornei a enxugar o chão molhado, e fui até o escritório do maior, dando batidas leves na porta, quando escuto:
- Entre! (James)
- Mandou me chamar, senhor? (Maluff)
Ele me encarava sério, um olhar tenebroso, como se eu fosse a sua presa.
- No dia em que você entrar novamente sem a minha autorização, vou te demitir, está ouvindo? (James)
- Sim senhor, me desculpe, eu só queria avisar que o almoço estava pronto. Mas pequei quando... (Maluff)
Ele me interrompe.
- Me poupe os detalhes, eu não quero saber. E o que você viu aqui, morre aqui! Entendido? Saia daqui, agora. (James)
- Como quiser. (Maluff)
Digo em um tom submisso e natural, e recuo para o quarto de empregados, me acomodei sentando na cama, e sinto gotinhas de lágrimas escorrerem em meu rosto, e penso no quão sou patético, e que só servia para ser o erro em tudo. Sequei as minhas lágrimas, e voltei ao trabalho.
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AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)
RomanceMaluff, um jovem garoto intersexual gay, que é expulso de casa pelos pais e precisa se mudar para Nova York, para conviver com sua tia que veio a falecer logo depois. Com uma bolsa nas melhores escolas de Nova York, Maluff ao conversar com o diretor...