Penúltimo capítulo - APMC

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(James)

Eu e o Paul, estávamos bastante preocupados. Estávamos na sala de espera um dando forças para o outro, não sabíamos o motivo daquelas dores mas tínhamos certeza de que não era nada bom. Maluff havia sido levado para a sala de parto e ainda não tínhamos nenhuma notícia dele.

Logo, ouvimos passos pesados e lentos. Era o obstetra doutor Matthew que estava acompanhado de duas enfermeiras auxiliares.

- Então Matthew, como ele está? (Paul)

Perguntou Paul com os olhos bufando para fora de medo e preocupação.

- Maluff sofreu uma pré-eclâmpsia. Por isso os sintomas de inchaços e falta de ar, é muito comum em gestações de gêmeos, mas ainda sim é um perigo. (Matthew)

- O que vão fazer? (James)

- O coração de um dos gêmeos não está sendo ouvido nos exames. A pressão arterial acima de 140/90 mmHg é anormal durante a gravidez. E é exatamente a pressão que Maluff absorveu. No entanto, terei que fazer o parto já. (Matthew)

Paul e eu nos entreolhamos nervosos. Não dizemos sequer uma palavra, estávamos ouvindo o médico.

- Se o diagnóstico da pré-eclâmpsia ocorre perto do fim da sua gravidez, pode ser recomendada uma indução do trabalho de parto. Ou seja, justamente agora. Maluff está de sete meses e é natural um parto prematuro quando se tem gêmeos. (Matthew)

- Faça o seu melhor doutor, salve o meu filho e o meus netos. (Paul)

Matthew retorna para a sala de parto, e Paul e eu continuamos na sala de espera apreensivos sem notícias de Maluff e dos meus filhos. O tempo passa, passa... e até agora nenhuma notícia. Eu espero que o parto não seja de risco.

- Vai dar tudo certo, James. Fique tranquilo. (Paul)

- Estou com medo, mas estou com fé. Maluff terá nossos preciosos filhos, e tudo ocorrerá bem. (James)

- Maluff, é forte. Passou por tanta coisa, superou tantas injustiças e nunca desistiu de ser quem ele é, encarou o seu maior medo e hoje se tranquiliza com isso. Amo o meu filho. (Paul)

- Eu fico muito feliz que encontrou ele, é notável o seu amor por ele, e ele por você. Ele construiu esse amor em tão pouco tempo, é incrível. (James)

- Maluff, também me falava sobre você. O quanto te ama, e como queria que vocês voltassem e olhem só... terão dois bebês. (Paul)

- Quando eu o conheci, era tão inseguro, tímido. Eu nunca havia sentido o que eu senti por ele com outros rapazes. Aquele momento foi único, mas também foi confuso. Não queria demonstrar que essa me atraindo por ele. E não quero perde-lo nunca mais. (James)

- Eu acredito, sim. A vida me deu um filhão e um genro que o merece. (Paul)

Estávamos interagindo tão naturalmente que as horas se avançavam, até que escutamos um choro. Meu coração acelerou quando o choro se alarmou cada vez mais. Paul e eu nos levantamos do assento e ouvimos passos nos corredores.

Era a uma das enfermeiras que surge na sala de esperava e nos encarava sorrindo, o que já me tranquiliza.

- Parabéns, seus filhos e seus netinhos estão bem e Maluff também. Acabaram de nascer, só precisaram ficar na incubadora porque nasceram muito abaixo do peso e por serem prematuros, mas não estão correndo nenhum perigo de vida. (Enfermeira)

- Nasceram! Meus filhos, nasceram! (James)

Vou em direção a Paul que me puxa para um abraço, dando leves tapas em minhas costas alegre, também.

- Parabéns, rapaz! Você merece. (Paul)

- Parabéns para nós dois, afinal de contas você acaba de se tornar vovô! (James)

Rimos juntos, e eu fui em direção a enfermeira que me abraça também. Eu estava muito feliz, pensando em todas as possibilidades futuras com minha nova família.

- Quando podemos vê-los? (Paul)

- Podem vir comigo, mas terão que usar trajes da enfermaria. (Enfermeira)

Seguimos a enfermeira até uma sala, aonde ela nos entrega, touca, máscara, luvas e um colete de saco e fomos até a sala. Quando adentramos, Maluff estava segurando nossos filhos um de cada lado de seus braços. Foi a cena mais linda que eu já vi em toda minha vida.

Nos aproximamos em passos lentos, dei um leve beijo na testa de Maluff, e apanho o menininho que estava no braço esquerdo de Maluff, tendo a maior cautela. Era tão pequenininho e tão fraco. Despejei algumas lágrimas em meus olhos.

Paul pegava a menininha em seus braços, e beijou Maluff no rosto o parabenizando.

- Você me deu o melhor presente do mundo, pequeno. (James)

AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora