Capítulo 15 - APMC

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Ele me encarava de uma maneira estranha, não de um jeito ousado e obsceno, mas de um jeito que parecia que ele queria me dizer algo, mas o que? Ele veio em minha direção e me deu um abraço amigável.

- Fico feliz em vê-lo, Maluff. (Paul)

- O-obrigado. (Maluff)

- Não, não fique com vergonha. Vem, vamos conversar. (Paul)

Ele puxou uma cadeira para mim e sentou em minha frente e me entregou as apostilas. Eu as recebi com muita gratidão.

- Obrigado, por tudo professor. Eu estou imensamente feliz, agora poderei estudar com mais clareza e não ficarei mais implorando os livros de outros colegas. Muito obrigado. (Maluff)

- Você é um menino de ouro, Maluff. É estudioso e muito competente no que faz, é o melhor da turma. Sempre pontual, respeitador, tem as melhores notas... você me orgulha. (Paul)

- Ah, professor... não precisa exagerar. (Maluff)

- Luff, eu só enxergo qualidades em você. (Paul)

- Mas, por quê? (Paul)

- Porque você é digno de qualquer coisa, Maluff. (Paul)

- O senhor acha? (Maluff)

- Claro que acho. (Paul)

- Seus filhos e sua esposa devem ter muito orgulho de você. (Maluff)

Ele deu uma leve suspirada e abaixou o seu olhar.

- Minha esposa morreu e meu filho tiraram de mim, assim quando ele nasceu e ela faleceu logo depois. (Paul)

- Ai professor, perdão. Não foi minha intenção, eu juro! (Maluff)

- Ei, calma... eu sei que não foi sua intenção, você nem sabia. Mas você é como um filho pra mim, Maluff. Pode ter certeza disso, quero que confie em mim, certo? (Paul)

- Tudo bem, professor. Agora eu preciso ir, meu namorado deve tá me esperando. (Maluff)

- Você namora? (Paul)

- Sim, por quê? (Maluff)

Não é nada, só toma cuidado, certo? (Paul)

- Claro, obrigado! (Maluff)

Fui mais próximo do professor e o abracei, ele me apertava como não se não quisesse me soltar nunca mais.

- Até mais, Maluff. (Paul)

- Tchau, professor. (Maluff)

Me retirei da sala e pensando no quando deve ter sido difícil para ele perder a esposa e o filho. A conversa foi bastante agradável e fora que ele me presenteava com elogios e foi bastante legal me dando as apostilas, fui até o exterior e o James estava fora do carro e encostado no mesmo, e deu um sorriso e eu notei mesmo um pouco distante. Corri até ele, e o abracei grudando em seu pescoço e ele em minha cintura me deu um leve giro e nos beijamos.

- Que saudade de você, pequeno. (James)

- Mas foram só algumas horinhas, amor. (Maluff)

- Ah, mas o papai aqui sente falta do bebezinho. (James)

- Awn, que lindo você. (Maluff)

- Vamos? (James)

- Claro, vamos sim. (Maluff)

Entramos no veículo e percorremos o mesmo trajeto de sempre, voltando ambos sorridentes para a cobertura. Chegamos na cobertura e James percebeu que eu estava com as apostilas e fez questionamentos de como foi a minha conversa com o Paul.

- É, ele te deu as apostilas... como foi? (James)

- Bom, antes de mais nada eu vou te contar uma coisa. Hoje ele me ligou, o que foi uma surpresa para mim, porque ele poderia me mandar uma mensagem. E disse que queria ouvir a minha voz, que eu era especial. (Maluff)

- Ele te ligou, que horas foi isso? Qual é a desse cara com você, Maluff?

- Ele não fez nenhuma insinuação ousada não, só disse que eu era um bom menino, um bom estudante. (Maluff)

- E disse que queria ouvir sua voz? Eu não gosto nada desse cara, quem ele pensa que é para falar com você assim? Você é meu, Maluff! (James)

- Amor, eu disse que eu tinha namorado... (Maluff)

- Disse? E ele? (James)

- Ele mandou eu tomar cuidado. (Maluff)

- Ué, e por que te disse isso? (James)

- Eu também não sei, e achei bastante estranho. Como eu te disse, acho que ele não tem intenções ousadas comigo, acho que é sei lá, preocupação. (Maluff)

- Mas mesmo assim, não quero você perto dele. Pode ser um lobo em pele de cordeiro, fica atento. (James)

- É, mas por que ele me daria apostilas? (Maluff)

- Ganhar sua confiança, talvez? Mas pode ser um exagero meu, mas enfim. Vamos dormir? (James)

- Claro. Só irei tomar banho. (Maluff)

Entrelaçamos nossos dedos e fomos juntos até o quarto, me preparei para tomar banho, enquanto James estava deitado na cama lendo um livro. Voltei para o quarto e ele já estava dormindo com o livro em mãos, delicadamente tirei o livro dele e me lancei ao seu lado, logo começo a sentir suas fortes mãos em minha cintura e como sempre, dormimos juntos abraçados.


AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora