(Maluff)
A claridade do ambiente cegava a minha visão, estava numa espécie de cama hospitalar com a temperatura fria, observava tudo embaçado e um rapaz sentado ao lado da minha cama sonolento. Tentei movimentar meu corpo mas não estava sendo eficaz, estava completamente desconfortável. Meus braços estavam ligados a uma bolsa de soro, o que havia acontecido?
- Maluff? (Paul)
Ouço aquela mesma voz conhecida, era o meu professor que estava ali sentado e se direcionou até mim, enquanto me movia.
- Shh, calma... vai ficar tudo bem, não faça muito esforço, Luff. (Paul)
- Professor, o que houve? Por que estou neste lugar, como vim parar aqui? (Maluff)
- Maluff, você estava caminhando nos corredores da escola, quando simplesmente desmaiou do nada, não lembra disso? (Paul)
- Não, não lembro. Mas lembro que eu estava enjoado e tinha vomitado muito ontem pela manhã. (Maluff)
- Ontem? (Paul)
- Sim. (Maluff)
- Luff, você está aqui faz dois dias, estava inconsciente e dormiu o tempo inteiro. (Paul)
Expresso uma afeição de espanto, não entendo a situação e ao mesmo tempo surpreso.
- Mas, como é possível? Você ficou comigo aqui? (Maluff)
- Sim, Luff. Estou aqui desde o dia que desmaiou, não saí de perto de você. (Paul)
- Nossa, que gentil da sua parte. Muito obrigado, de verdade. (Maluff)
Ele esboça um sorriso doce, e um homem alto, negro, forte e muito bonito adentra no local, ele usava um jaleco branco e aparelhos de medicina em volta de seu pescoço, provavelmente seria o médico. Ele cumprimenta o Paul, provavelmente já devem se conhecer e logo surge em minha frente.
- Finalmente acordou, rapaz. Como se sente? (Matthew)
- Melhor. (Maluff)
- Pode me dizer o que estava sentindo nesses últimos dias? (Matthew)
- Cansaço extremo, sono, dores de cabeça, tonturas, vomitei bastante, tive enjoos também, mas por quê? (Maluff)
- Enquanto você estava desacordado eu fiz alguns exames em você e sabia que você sentiu esses sintomas quando obtive resultados dos mesmos. Peço que fique calmo e observe bem o que vou explicar, tudo bem? (Matthew)
Eu desviei meu olhar para Paul, que segurava uma de minhas palmas, demonstrando apoio, mas eu não estava entendo o que estava acontecendo.
- Você é um hermafrodita verdadeiro, mas o que é isso? O hermafrodita verdadeiro é uma condição rara em que a criança nasce com os órgãos sexuais femininos e masculinos internos e externos bem formados, embora somente um se desenvolva normalmente, deixando o outro atrofiado. Há casos raros de hermafroditismo verdadeiro em que há o desenvolvimento normal e ao mesmo tempo dos dois órgãos genitais. (Matthew)
- Entendo, mas aonde quer chegar? (Maluff)
- Como eu disse, você nasceu com os dois órgãos sexuais, mas só um se desenvolve, que é o órgão feminino, enquanto o masculino está atrofiado. Você provavelmente teve contato sexual com algum rapaz que acabou fecundando em você, e agora você está gestante de um casal de gêmeos. (Matthew)
De repente um dejavú, marcou em minha mente como um filme das vezes em que James e eu, transamos. Mas eu ainda não estava acreditando, o que faria? Contaria para ele? Mas se ele achasse que eu estava traindo-o com o Paul? Vou esconder a gravidez, sim. Mas e meu futuro, meu trabalho, meus estudos? Eu estava feliz e desesperado ao mesmo tempo, nunca esperei isso, estava confuso. Sequei as lágrimas que inundavam meu rosto e Paul me abraça me tranquilizando.
- Eu te prometi que iria cuidar de você, e é o que farei. Seu namorado vai ficar muito feliz. (Paul)
- Ele não pode saber, nós tivemos uma briga e não sei no que vai dar de agora em diante, trabalharei para ele até onde der e depois vou me demitir, mas o que farei depois disso? (Maluff)
- Vai morar comigo, você precisa de cuidados e não adianta dizer não como resposta, mas precisarei conversar com o diretor Zeelinsk sobre a sua situação. (Paul)
- Por favor, seja o mais discreto possível não quero que ninguém mais saiba, por enquanto. (Maluff)
- Não se preocupe, Maluff. (Paul)
- Preciso passar as recomendações, vamos lá: Não faça esforço, repouso direto, alimentação saudável sempre, óbvio que os desejos por consumir alimentos que vão te saciar vão aparecer, é normal, mas tente não abusar, beber bastante água porque você e os bebês precisam de hidratação. (Matthew)
- Ele vai seguir todas essas recomendações, me encarregarei de observá-lo Matthew. (Paul)
- Faça isso, Paul. E a cada mês vir ao pré-natal, é muito importante. Pode acompanha-lo, Paul? (Matthew)
- Claro. (Paul)
- Agora, repouse Maluff. Pela segurança dos seus bebês. (Matthew)
- Tudo bem, doutor. Obrigado. (Maluff)
- Não me agradeça, agradeça ao Paul, ele te trouxe e ficou com você aqui esse tempo todo, rapaz. (Matthew)
- Eu serei eternamente grato a ele, é como um pai para mim. (Maluff)
Paul apertava minha mão e suspirava fundo e deixou escapar um sorriso emocionante. O médico saiu da sala, e nos deixou sozinhos, ele pediu para eu repousar, logo sinto seus lábios encostarem em minha testa, ele voltou para a poltrona e me observava descansar.
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AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)
RomanceMaluff, um jovem garoto intersexual gay, que é expulso de casa pelos pais e precisa se mudar para Nova York, para conviver com sua tia que veio a falecer logo depois. Com uma bolsa nas melhores escolas de Nova York, Maluff ao conversar com o diretor...