Já era segunda feira, o relógio apontava para às 06:30 AM, me despertei aos poucos e acordei levemente o James, já que ele precisava ir para a empresa. Afaguei seus fios dourados e dei um beijo em seu rosto.
- Amor? Hey, acorda... (Maluff)
- Hmm... o que houve, Luff? (James)
- Vamos acorda, você precisa se alimentar e ir para a empresa, já são seis e meia da manhã. Vou preparar um café reforçado para você. (Maluff)
Levantei da cama, fazendo com que ele se levantasse também para o banho. Fui até a cozinha preparar o nosso café da manhã, enquanto ele se aprontava, fiz de tudo que ele gostasse. Logo ele entra na cozinha já de terno e gravata, apronta seu café sorridente comigo como sempre e me questiona:
- Maluff, por que não troca o período noturno pela manhã na escola? (James)
- Ah, já estou acostumado com os colegas da classe e também. (Maluff)
- Bom, tudo bem então. Já vou indo, pequeno... até mais tarde. (James)
- Até meu amor, bom trabalho. (Maluff)
Ele se levanta e se despede de mim com um beijo em meus lábios e segue até a porta. Eu fiquei sozinho como de costume naquela enorme cobertura e mesmo ele dizendo que não era para eu fazer nada, eu farei. Eu agilizei as atividades como de costume já que eu sempre fazia a mesma coisa de sempre, James não me avisou se viria almoçar em casa ou não, então não irei incomodá-lo fazendo ligações uma vez que ele poderia estar ocupado em alguma reunião. Estava dando continuidade nos meus afazeres, até que o meu celular toca e para minha surpresa era o meu professor Paul, o de biologia. Mas o que será que ele queria? Eu realmente estava curioso o que um professor queria com um aluno? Se James estivesse aqui não ia gostar nada disso. Decido atender a ligação, deslizando meu palmar na tela do aparelho.
- Alô? (Maluff)
- Maluff? (Paul)
- Oi, professor! O que houve, aconteceu alguma coisa? (Maluff)
- Não, não. Só liguei para te lembrar para passar na sala dos professores quando for para a aula. Preciso lhe entregar as apostilas. (Paul)
- Ah sim, claro. Mas se era só isso, poderia deixar uma mensagem em meu whatsapp, o senhor me preocupou com essa ligação tão repentina. (Maluff)
- Eu queria ouvir a sua voz, querido. (Paul)
- Mas, por quê? (Maluff)
- Porque sua voz é doce, anjo. É moderada, calma e suave e me tranquiliza. (Paul)
- Mas, por que isso agora? (Maluff)
- Quero te ter mais próximo de mim, querido. (Paul)
- Vou precisar desligar, senhor. (Maluff)
- Tudo bem, até mais tarde. (Paul)
- Até... (Maluff)
Eu realmente não estava entendendo absolutamente nada e nem o motivo dessa ligação. Ele poderia me mandar uma mensagem, mas por que queria ouvir minha voz? E por que disse aquelas coisas para mim? Eu estava tão confuso com essa ligação que não consegui fazer mais nada. Não vou contar para James para ele não se aborrecer e acabar descontando tudo em pessoas que não tem nada a ver.
Já são 18:50 PM e James ainda não havia chegado em casa, aquelas coisas que o professor me disse, martelava em minha cabeça como martelo em parafuso. Será que eu deveria contar para o James? Mas como ele reagiria? São tantas perguntas que não sei mais o que fazer. Um som conhecido é feito na cobertura, provavelmente era o James que havia chegado. Eu estava sentado em uma das poltronas da sala de estar com um livro em mãos.
- Boa noite, pequeno. (James)
Ele vem até mim e me beija calorosamente.
- Oi Jay, boa noite. Como foi o trabalho? (Maluff)
- Cansativo, como sempre. (James)
- Imagino. (Maluff)
- E você, pequeno? Como foi o seu dia, sentiu minha falta? (James)
- Foi normal. Ah, mas é claro que eu senti. (Maluff)
- Normal, como? (James)
- Ué, a mesma rotina... (Maluff)
- Tem certeza? Está estranho... (James)
- Tenho sim, amor. Fique tranquilo. (Maluff)
- Daqui a pouco, vai para a escola não é mesmo? (James)
- Sim, mas se estiver cansado eu vou sozinho, amor. (Maluff)
- Não vou deixa-lo sair sozinho, ainda mais a noite. Não se preocupe, eu levarei você. (James)
- Bom, então tudo bem. (Maluff)
Concluímos o diálogo e ele se deslocou para seus aposentos para tomar banho, aproveitei também para me banhar e me aprontar, para depois jantar e ir para a aula. Passou-se uns trinta minutos e eu já estava de banho tomado, arrumado e alimentado. Esperei James finalizar o seu café, para poder me levar para a escola. Seguimos viagem e chegando lá, o meu professor estava estacionando o seu carro e noto que James o encarava mas o rapaz não o via.
- Já sabe, não é? (James)
- O quê? (Maluff)
- Se ele der em cima de você, eu venho aqui e quebro a cara dele. (James)
- Amor, ele não vai fazer isso, fique tranquilo. (Maluff)
- Assim espero, pequeno. Me liga quando estiver liberado. (James)
- Tudo bem, amor. Até logo. (Maluff)
- Até meu, amor. (James)
Selamos um rápido beijo e abandono o veículo e adentro no colégio, indo até a sala de aula e me isolo na última mesa da fileira. Eu estava pensando no que o professor Paul me disse, era muito estranho, não consegui contar para o James, ele iria surtar quando soubesse. As horas corriam e já estava no final da aula, quando lembrei de ir até a sala dos professores um pouco receoso, mas me encorajei. Vou até o local, dando duas batidas de leve na porta, ouço uma voz grossa ordenando para que eu entre, e assim faço. Entrei, e noto que Paul estava sozinho sentado corrigindo algumas avaliações. Ele não parou de corrigir quando entrei, até que ele reconhece a minha voz quando digo:
- Professor? (Maluff)
Ele me olha surpreso, parando os afazeres imediatamente.
- Maluff... (Paul)
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AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)
RomanceMaluff, um jovem garoto intersexual gay, que é expulso de casa pelos pais e precisa se mudar para Nova York, para conviver com sua tia que veio a falecer logo depois. Com uma bolsa nas melhores escolas de Nova York, Maluff ao conversar com o diretor...