Capítulo 23 - APMC

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(Maluff)

Passei o dia inteiro realizando meus trabalhos e pensando no James, eu estava com tanta saudade de nós dois, vê-lo de novo me fez recordar os melhores momentos em que passei com ele, eu estava feliz quando estive presente com ele. Eu o chamei de senhor pois não queria demonstrar indefesa no momento, tanto nele como em mim, doeu muito. Os olhos deles me encaravam implorando para me ter de volta, como eu também. Já havia saído do seu apartamento e entrei em contato com meu pai para poder vir me buscar. Não demorou muito até ele chegar, ele me esperou dentro do carro e em instantes entrei.

- E então, como foi? (Paul)

- Mais difícil do que eu imaginava. (Maluff)

- O que pretende fazer? (Paul)

- Eu achei melhor darmos um tempo, para que tudo se resolva. (Maluff)

- Fez bem. Eu vejo em seus olhos o quanto ama, mas você sabe que não pode se aborrecer, virão duas crianças aí. (Paul)

- É pai, tem razão. (Maluff)

Voltamos para o apartamento de Paul, eu estava completamente cansado, não sentia dores nem nada do tipo, mas ele sempre estava me alertando em repousar. Eu estava em meu quarto, pronto para tomar um banho calmo e tranquilo. Dei passos leves, caminhando até o banheiro, entrando dentro do box ligando o chuveiro, deixando a água morna invadir minha pele, pensando no meu James. Eu estou tentando, mas continuo caindo. Eu grito, mas nada funciona. Estou dando tudo mim, eu nunca quis precisar de alguém. Sim, eu quero bancar o durão, queria poder fazer tudo sozinho. Mas mesmo um super garoto, precisa de um super homem.

Me ajude a sair deste inferno. Seu amor James, me levanta como um hélio. Seu amor me levanta quando estou para baixo, quando estou perto de cair no chão, é de você quem eu preciso. E se você me deixar ir, eu vou flutuar até o sol. Eu sou mais forte porque você enche, mas quando o medo vem eu fico à deriva do chão. Tenho sorte em te amar. Você me levanta e eu sou encontrado, você me levanta antes de cair no chão, eu te amo James.

Finalizo o meu banho, indo até o meu guarda roupa, buscando uma roupa folgada já que teria que ir para a aula com meu pai. Desço as escadas indo até a cozinha aonde ele estava sentando no banco moderno próximo a uma mesa com uma base e um design diferenciado e muito bonito. Ele mesmo cozinhava e havia preparado salmão com molho de maracujá e preparou limonada como acompanhamento.

- Espero que não seja alérgico a frutos do mar. (Paul)

- Não, fique tranquilo. (Maluff)

- Vai para a escola? (Paul)

- Sim, mesmo canso, irei. (Maluff)

- Bom, ainda estamos no horário. Podemos jantar e depois vamos, pode ser? (Paul)

- Tudo bem, e o senhor como está? (Maluff)

- Ultimamente, melhor do que nunca. (Paul)

- Mas que notícia ótima! (Maluff)

- Eu te encontrei, você sabe que sou seu pai. Quero viver a cada momento com você a partir de agora. (Paul)

- Obrigado por tudo, de coração. Eu não esperava nada disso, você poderia muito bem ter desistido de mim, e olha só a peça que o destino reservou para mim, umas das grandes melhores coisas na minha vida, foi te conhecer. Que ainda por cima, vai ser vovô. (Maluff)

- Sim, meu filho, mal te conheci e já vai me dar dois netinhos lindos. Eu fiquei tão feliz quando soube da verdade. (Paul)

- Será que estraguei meu futuro engravidando? (Maluff)

- Claro que não. Você é jovem, é claro que é muito cedo para se ter uma gravidez, terá que priorizar seus filhos, mas nada é tarde para quem quer alguma coisa. Fique tranquilo. (Paul)

- É, mas agora tudo está feito. Vou ter meus filhos e serei feliz com eles. (Maluff)

- Sim, e irei cuidar de você e deles, também. Agora, temos que ir, vamos? (Paul)

- Claro, vamos. (Maluff)

Deixamos a casa e fomos para o estacionamento buscar o carro para irmos ao colégio. Entramos no carro e seguimos viagem. Ele trajetava sério pelo trânsito sério, até eu quebrar o clima.

- Pai, como era a minha mãe? (Maluff)

Ele me encara como se não esperasse ouvir aquilo.

- Sua mãe? (Paul)

Ah, desculpa... este assunto é delicado. (Maluff)

- Não, fique tranquilo. É sua mãe e tem todo direito de saber. Bem, Marilyn era como ela era chamada, tão linda, sorridente, nunca pensava no pior. Ela era como a Beyoncé, o tom de pele quase igual, seu corpo com curvas. Mas o que mais me atraiu nela, foi sua sinceridade e sua fidelidade, eu a amava. (Paul)

- A maneira como o senhor expõe isso, é tão única. (Maluff)

- Você me lembra ela, os cachos dos cabelos, o tom de pele, a cor âmbar de seus olhos, você e a Marilyn são tão parecidos. Ela era tão linda. (Paul)

Segurei uma de suas mãos e elevei até meus lábios e depositei um beijo.

- Então, eu sou lindo? (Maluff)

- Sim, meu filho. Até porque você também é meu filho, e cá entre nós, seu pai é um gatão. (Paul)

Rimos juntos e concordei com o que ele disse.

- É sim, seu convencido. (Maluff)

- Gosto assim, bom filhão... hoje vou fazer uma surpresa para você no auditório da escola, preparado? (Paul)

- Surpresa? Ai, que ansiedade. (Maluff)

- Calma, eu aposto que vai gostar. (Paul)

- Então, tudo bem. (Maluff)

Continuamos a seguir viagem, até chegarmos na escola juntos o que já estava sendo estranho para algumas pessoas que nos olhava não entendendo a situação, mas eu estava mais preocupado e ansioso com a surpresa, o que será? 

AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora