Capítulo 26 - APMC

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(James)

Três meses haviam se passado e não tinha resultados com o Maluff, o clima não era agradável, nos tratávamos como no princípio, mas havia notado que ele estava mais gordinho. Suas bochechas estavam fofas, seu tronco estava mais arredondado, estava tão lindo o meu pequeno. Baixinho, gordinho e usando roupas cada vez mais largas, o que era estranho. Não toquei no assunto sobre o pai dele já que não estamos tendo tanta afinidade como antes, mas vou investigar afundo isso.

Os dias com ele não eram produtivos, muito pelo contrário, era fatídico. Porém sentíamos algo quando nos víamos, ainda nos amávamos. Eu resolvi tirar férias da empresa e do ramo de negócios, para poder relaxar e tentar algo novo com meu pequeno. Ele não demonstrava frieza e não me destratava, mas era indiferente, o que me fazia surtar por dentro. Eu nunca fui movido por nenhum sentimento, mas meu coração estava preso ao de Maluff.

Andejo pela casa, e ouço um forte suspiro vindo da cozinha. Logo, percebo que Maluff soltava fortes suspiros e suava bastante.

- Maluff, você está bem? (James)

Perguntei preocupado, mas ele se assustou ao me ver se escondendo como se tivesse cometido algo de errado.

- Sim, estou. (Maluff)

Ele se recompôs.

- Maluff, me desculpe, mas eu notei que você engordou um pouquinho, o que está acontecendo? Está doente? Comendo um pouco a mais? (James)

- Bem, é é que... eu, é... isso! Estou comendo um pouco mais. (Maluff)

Ele se enrola nas próprias palavras, o que me deixa mais confuso.

- Você estava suando bastante, respirava forte, está mais gordinho, hm. (James)

- O que quer dizer? (Maluff)

- Nada, só estou preocupado com você. Não é porque estamos dando um tempo que tenho que parar de me importar com quem amo. (James)

- Não precisa se preocupar comigo, eu sei me cuidar. (Maluff)

- Maluff, cessa com este orgulho. Se eu me preocupo é porque eu me importo e continuo amando você. Eu sei que fui bastante possessivo, mas já me corrigi e se agi com você daquela maneira mesmo estando errado, foi por amor. (James)

- James, eu não te culpo. Eu não quis te contar nada na hora porque provavelmente iria achar tolice. Mas você também não confiou em mim. (Maluff)

- Eu confio em você, mas eu não sabia as intenções daquele cara. Por favor Luff, se põe em meu lugar. Eu fiquei com medo de te perder. (James)

Ele suspira lentamente dessa vez, e continua me olhando.

- Já se passaram três meses, Maluff. Eu sinto a sua falta, e sei que você sente a minha. Vamos nos entender novamente por favor. Eu passei noites em vão pensando em você, eu te amo. Eu vejo você em mim, Maluff. (James)

- James, eu não sei. (Maluff)

- Por favor. (James)

- Eu tenho outras prioridades, James. Descobri que tenho um pai, fizemos um exame de DNA, temos os mesmos sinais nos mesmos lugares, temos o mesmo sobrenome. Faz pouco tempo que o conheço e não quero desperdiçar tudo isso. (Maluff)

- Eu prometo não importunar você e nem tentar fazer com que tenha relações conturbadas com o seu pai, só me dá uma chance, por favor. (James)

- Tudo bem, James. Podemos tentar novamente. (Maluff)

Aqueles dizeres me libertaram de uma profana escuridão, meu coração pulsava em ritmos acelerados, meus dentes brancos cobriam o meu rosto, uma nova vida com o meu menor depois de três meses. Fui até o mesmo, segurando em seus braços, e grudando nossas testas. Meus olhos ensopados que corriam em meu rosto transmitia o meu momento de felicidade. Aproximo meus lábios aos dele e provoco um beijo longo e apaixonado, cheio de saudades.

- Eu prometo te fazer a pessoa mais feliz do mundo, de verdade. Eu quero construir uma família com você meu amor. Foda-se o que os outros vão achar, pensar, eu não me importo. Só quero você, só você. (James)

Me ajoelho diante do meu menino, que me olhava confuso e sorridente.

- Levanta seu bobo. (Maluff)

Arqueio de meus bolsos, uma caixa de veludo preta abrindo-a aos poucos, até uma aliança com acabamentos de diamantes foi revelada.

- Maluff, aceita se casar comigo? (James)

Maluff fez um formato de um "o" em seus lábios admirando o anel e espantado com o meu pedido, mas ainda sorria, pronto para dizer "sim".

- Sim, sim, sim! Eu aceito! (Maluff)

Meu sorriso não falha, ponho o anel em um de seus dedos e o carrego em meus braços sentindo uma grande diferença em seu peso, mas não me importava. Eu tinha conseguido resgatar o meu amor. 

AMADO PELO MEU CHEFE - (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora