Quem era Regina Mills?

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Só um aviso antes da leitura....
Tenho um grupo no WhatsApp, se alguém tiver interesse em participar é só me pedir o link...
BOA LEITURA....


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Eu olhei para o céu, mais o sol não estava mais lá. Sentada sobre a areia fofa e macia, eu havia ficado tão imersa em meu próprios pensamentos que nem percebi que a noite caía e eu estava praticamente no escuro, não me levantei nem sequer tive pressa, a sensação estranha de paz e ao mesmo tempo angustia fez-me ficar exatamente onde estava: olhando o céu que mesclava entre as cores cinza, prata e um resquicio do azul que esteve presente durante todo o dia.

Sempre gostei do sol, inclusive sempre que posso estou parada o encarando, o que não é muito inteligente visto que sou branca demais e sempre acabo por ficar vermelha e toda queimada, sabe aquelas pessoas que não sabem o que é bronzeado? Eu sou dessas, meu corpo não parece saber o significado dessa palavra, eu passo do branco para o queimado, mas nunca bronzeado, como estava dizendo, apesar de gostar do sol e acha-lo deslumbrante, eu sou completamente apaixonada pela noite, pra mim todas são repletas de mistérios, desejos que se realizavam mais facilmente tendo o escuro para disfarçá-los, mais essa noite é mais especial, pois, é a primeira noite dos meus vinte e dois anos de idade.

Meu aniversário, sexta-feira nove de setembro, apesar do número mais temido ser o treze, descobri que algumas pessoas odeiam o número nove, no Japão por exemplo, esse número é causa de medo pela forma que é pronunciado, alguns consideravam azarento um dia como esse , mais eu já não acreditava em sorte ou azar, se fosse assim acharia que tanto nove na minha vida foi a causa de meus sofrimentos e perdas.
Minha mãe me disse que também nasci em uma sexta feira nove, faltando apenas nove minutos para meia noite. E eu tinha nove anos quando minha irmã gêmea morreu. É talvez fosse mesmo um sinal de azar.

-Hey Emma!

Ouvi meu nome e olhei pra trás, mas na penumbra enxerguei pouca coisa, de qualquer forma reconheci a voz da minha amiga Lily e vinha da direção das barracas de camping, alguns metros além de onde eu estava. Havia por ali umas 9 barracas e uma delas era a que eu ocupava com a Lily e mais duas colegas dela, adivinha qual o número da minha barraca? Óbvio que nove, deixando isso de lado, estávamos aqui desde a tarde anterior, íamos aproveitar um feriado longo e ficar quatro dias aqui.

-Oi estou aqui- Respondi.

- Já está pronta?

-Já. Vamos agora?

- Daqui a pouco.

Levantei sacudindo a areia do simples vestido branco de alcinhas, passei a tarde quente na praia e já estava sentindo um leve ardor em minha pele, apesar de ter usado quase um vidro de protetor, de certa forma não fiquei assim tão vermelha. Peguei a sandália rasteira amarela trançada do chão e caminhei devagar em direção as barracas, lá estava mais claro, com os lampiões acesos, algumas pessoas conversaram, outras começavam a preparar fogueiras ou jantar. Na barraca que eu ocupava, Lily estava sentada numa cadeira de praia perto do lampião aceso, se maquiando enquanto fitava-se em um espelhinho no seu colo.

Estava linda como sempre, mesmo descabelada ou sem maquiagem ela continua linda, pois era um pouco baixa, cabelos pretos longos e um corpo lindo para a sua altura, usava um vestido preto com flores extremamente curto, juntamente com um salto marrom, sorriu pra mim e perguntou:

- Estou bem ou parecendo um palhaço? É horrível me maquiar com essa luz fraca do lampião.

- Está perfeita- sorri também, me agachando pra tirar a areia dos pés e calçar minhas sandálias- Cadê as meninas?

Minha Tentação (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora