Despedida- Parte I

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Era meu último dia inteiro na ilha, pois na manhã seguinte, logo cedo, eu e minhas amigas íamos embora. Devíamos pegar o ônibus às dez horas e já tínhamos as passagens compradas, isso foi à primeira coisa que pensei ao acordar na manhã seguinte. Que era meu ultimo dia com Regina!
Fui envolvida na hora por uma dor íntima, que já era um misto de saudade antecipada com um toque de desespero, pensei na vida insossa que me esperava longe dela, a vida que vivi até então, e fiquei com vontade de chorar, mas aí acordei completamente, senti seu corpo quente contra o meu, e o júbilo se mesclou ao meu desespero.
Virei de leve em seus braços para vê-la, guardar para sempre seus traços em minha lembrança. Senti o corpo dolorido, como se tivesse praticado muitos esportes no dia anterior. Mas isso também foi esquecido quando me deparei com seus olhos castanhos, ainda meio sonolentos, nós nos fitamos em silêncio, nossos corpos muito perto sob o edredom quentinho, nossas cabeças dividindo o mesmo travesseiro. Fui envolvida por todos aqueles sentimentos incontroláveis e avassaladores que só Regina despertava em mim, que faziam um nó aparecer em meu estômago e meu coração bater com mais fúria.
Não quis pensar ou sofrer por antecedência, mas já abalada estendi minha mão e acariciei sua mandíbula perfeita, senti meus dedos formigando pela fome de senti-la, admirei seus traços em silêncio, pensando como uma pessoa podia ser tão linda ao acordar, mal me importando com que aspecto eu mesma teria naquele momento ela também não parecia se importar, pois logo suas mãos estavam em minha pele nua, me puxando para debaixo dela, enquanto me beijava deliciosamente na boca, abracei-a com força, enquanto ela se acomodava entre as minhas pernas, seu corpo pesando sobre o meu, sua boca devorando a minha, corri as mãos por suas costas e nádegas redondas, por seus cabelos macios e despenteados, trazendo-a para mim, envolvendo-a com braços e pernas quase que com desespero, seu sexo duro tocou o meu instintivamente, roçando no meu, em um vai e vem constante e delirante, nós nos olhamos em silêncio, um pouco arfantes.
Regina acariciou meu rosto, como se estivesse guardando aquele momento para si. Afastou-se um pouco, pegando duas algemas no criado-mudo. Colocou uma em cada braço meu, de um jeito que não me machucasse e passou a devorar meu pescoço, seus seios roçando nos meus, fazendo com que gemêssemos entre os beijos e chupões, mordiscou meu abdômen, deixando marcas como seu eu fosse dela e realmente, eu era dela. Como se nos duas fossemos imãs.
Regina percorreu todo meu corpo com sua boca, massageou meu clitóris lentamente enquanto eu arfava, posicionou-se entre minhas pernas, fazendo com que eu apoiasse bem os pés na cama, me chupou com vontade, passando a língua no meu clitóris e por toda minha intimidade, gemi enlouquecida com sua língua em mim, parou de me chupar depois de um tempo e levantou meus quadris guiando seu pênis para a minha entrada e me penetrando, me consumindo, não me importei por ainda estar um pouco dolorida, gemi, transtornada pelo prazer puro de senti-la dentro de mim, me segurando firme daquele jeito, seus olhos castanho brilhando, meu coração disparava, minha respiração ficou entrecortada, a paixão e o amor me arrebataram tão completamente que esqueci do mundo, pois naquele momento era só eu e ela ali, comecei a rebolar em seu membro, gemendo freneticamente, abracei-a com as pernas, ondulando sob suas arremetidas vigorosas, sentindo-me completa, inteira, era extremamente erótico ficar presa enquanto Regina me penetrava daquele jeito exigente, intenso, me olhando com paixão, com tesão, me deixando totalmente perdida naquela dança sensual.
Eu me entreguei, arqueando e estremecendo quando um orgasmo poderoso me percorreu por inteira, desde as extremidades do corpo até o coração, Regina continuou me penetrando e gozou dentro de mim, choraminguei arrebatada, em uma felicidade e um prazer inigualável quando Regina passou a me chupar, sugando todo meu liquido para si. Regina voltou a me beijar, pude sentir o meu gosto em nosso beijo. Gemeu em minha boca, sendo só minha naquele momento, seu prazer fruto da minha entrega e do meu amor.
Ficamos abraçadas em silêncio, deitadas de lado, nossos corpos se acostumando aos poucos com a paz. A casa toda parecia silenciosa. Percorri os dedos sobre seu corpo, contornando cada traço seu, fazia questão de guarda cada momento em que passei ao lado de Regina. Senti sua pele quente contra a minha, ela disse baixo, com voz rouca:
- Estou morta de fome. Que tal se a gente tomasse café e depois saísse para explorar a ilha? Queria te mostrar as cavernas do outro lado.

Minha Tentação (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora