- Quer ir embora?
- Não. – Sussurrei de imediato. Pareceu mais chateada ainda, Regina parecia com raiva, fora de si.
- Levante-se, Emma.
Obedeci. Ficar tanto tempo sentada fez minhas pernas protestarem, um pouco dormentes. Por fim, permaneci de pé enquanto ela fitava o trio sobre o colchão e depois voltava seus olhos escurecidos para mim. Foi ainda mais fria:
- Deite-se no colchão, perto deles.
Se ela esperava que eu fugisse ou vacilasse, se surpreendeu. Caminhei até o colchão. Antes que eu me deitasse, disse rouca:
- Tire toda a roupa. Menos as luvas.
Obedeci de novo. Então me deitei ao lado do rapaz loiro, que estava recostado sendo chupado pela moça casada. Ele me olhou e sorriu com desejo e admiração, Regina pegou algemas que estavam penduradas em uma das colunas da cama e prendeu meus pulsos nela. Fiquei com as pernas livres, mas os braços presos para cima. Seu olhar encontrou de novo o meu. Por um momento, algo ocorreu ali. Uma emoção só nossa nos bombardeou e a esperança renasceu dentro de mim. Pensei que ela me beijaria que desistiria de tudo aquilo e reconheceria que havia algo maior quando estávamos juntas. Meus olhos se encheram de lágrimas de novo e murmurei seu nome como uma súplica:
- Gina ... A frieza retornou. Ficou de pé e me deu mais uma chance:
- Desista agora, Emma.
- Não.
Ela respirou pesadamente, parecendo contrariada e sem uma palavra se afastou.
- Emma, que nome perfeito para você. – O rapaz ao meu lado deixou o casal sozinho e veio para o meu lado, seus olhos e seus dedos já em meus seios. – Que linda!
Controlei-me o melhor que pude. E aquele cara veio para cima de mim, tentando me beijar na boca. Desviei o rosto, os lábios dele desceram por meu rosto, enquanto dizia:
-Entendo, os beijos são só para sua dona. Mas sei de algo que você vai gostar meu bem.
E começou a lamber meus mamilos, suas mãos em minha pele, tentando me excitar. Eu senti tudo distanciada, querendo que acabasse logo, sem prazer. Foi o pior sentimento que tive da vida. Quando Merida me chupou na ilha, quando Zelena entrou em mim por uns momentos antes que eu escapasse e quando August me comeu, eu fiquei agoniada, eu aceitei por Regina, mas um lado meu se excitou, participou de alguma maneira. Agora nem isso. Aquele homem me tocou e chupou. Abriu minhas pernas, lambeu meu clitóris, fez o melhor que sabia. Depois pôs a camisinha e me penetrou, comendo-me excitado, pouco ligando se eu mantinha meu rosto para o lado e meus olhos fechados. Ele sussurrava:
- Ai, você é tão apertadinha, tão pequena e quente! Que delícia!
E continuava arquejando em cima de mim, metendo fortemente. Não sei ao certo quanto tempo durou. Sentia-me fora de mim. Ao mesmo tempo, uma raiva estranha me roía lentamente e eu me perguntava por que não desistia? Por que permanecia naquela loucura que me deixava com nojo de mim mesma? E o homem gozou, estremeceu, caiu sobre mim.
- Valeu, meu bem.
E saiu. Abri os olhos devagar, pensando se teria terminado, se ela me deixaria ir. Mas Zelena já vinha entre as minhas pernas, segurava meus tornozelos para os lados e dizia, me fitando com luxúria:
- Sabe que sempre quis experimentar você, Emms?
Uma das mulheres deitava-se na cama ao meu lado e se virava para mim. Do outro lado vinha Arthur, também excitado. Por um momento me apavorei e busquei Regina desesperadamente com o olhar. Ela estava de pé, tomando uma taça de vinho, recostada numa das paredes, olhando para mim, vestindo apenas sua cueca boxe, quis gritar por ela, mas me calei. Eu não desistiria. Eu não desistiria. Comecei a repetir para mim como um mantra. Não tive tempo de reagir, a mulher se ajoelhou no colchão, segurou meus seios e passou a chupar duramente um mamilo. Soltei um gritinho, que logo foi abafado por Arthur, que acomodou o joelho perto do meu cabelo, virou meu rosto em direção ao seu pênis mediano e o forçou em minha boca. Logo ele passava a penetrar meus lábios, murmurando:
- Me chupa.
Eu me senti nocauteada. Como em estado de choque, apenas deixei. Meus mamilos doíam com a sucção, minha boca sendo penetrada, Zelena penetrou minha vagina duramente e gemeu alto. Eu sabia que não queria aquilo, como se me obrigassem. Mas era somente eu que me obrigava que insistia em ir até o final a qualquer custo. Não conseguia parar de pensar em Regina sozinha ali, vendo três pessoas em cima de mim. Estaria excitada? Saberia como eu me sentia horrível e gritava por dentro, como um castigo auto imposto? Teria conhecimento de que tudo que eu fazia era por ela, só por ela? Que aquela era uma prova de onde eu iria por seu amor? Passei a me mexer desesperadamente, querendo me soltar.
Apesar de toda minha determinação, eu me enchia de nojo de mim mesma. Balancei as algemas, puxei a cabeça para trás, tirei aquele pau da boca. Arfei, sem poder respirar direito, agoniada. “Não quero isso!”, quis gritar enquanto a mulher continuava a chupar meus mamilos e Zel metia em mim fortemente. O asco crescia vertiginosamente. Mas tudo que fiz foi procurar Regina desesperadamente. Ela olhava fixamente nos meus olhos. Sua expressão era dura, inescrutável. Seu olhar era de uma gelidez impressionante. Engoli meu desejo de fugir e aguentei mais, agoniada, a respiração arfante, pesada. Arthur segurou meu rosto e puxou minha cabeça novamente em sua direção a sua boca. Engasguei com o beijo e consegui me afastar de novo, com nojo. Ele me olhou com raiva, prestes a reclamar, mas Zelena passou a me chupar e isso o distraiu. Tão logo acabou, e eu ainda lutava inconscientemente, Arthur esperou Zelena sair, abriu minhas coxas se se ajoelhou entre as minhas pernas. Logo ele metia duramente o pênis curto e grosso dentro da minha vagina.
A outra não deixava meus seios enquanto Arthur me comia. Fechei os olhos, lutei comigo, engolfada pelo asco, pela repulsa de mim mesma. O tempo se estendeu lento, moroso, como se desfrutasse do prazer que se estendia ali para eles e a tortura para mim. Arthur meteu mais forte, gozando. Por fim largou meus quadris sobre a cama e saiu de dentro de mim. A mulher que chupava meus seios deixou-os. Deitou-se entre minhas pernas e logo chupava minha vagina já dolorida. Enquanto uma de suas mãos acariciava docemente meu mamilo duro. Arrepios de puro nojo me percorreram. Lágrimas desceram grossas por meu rosto. Quis gritar, quis chorar, mas nada saiu. Tudo se acumulava dentro de mim, parecia crescer, a ponto de explodir. Eu perdia o controle, chegava ao meu limite. Ela soltou meu mamilo e me olhou rapidamente com seus escuros olhos, excitada. Parou de me chupar, segurou meu cabelo com firmeza e foi me beijar na boca. Tentei escapar, mas logo sua língua estava em minha boca. Entre enojada e ao ponto de ter um colapso, me vi presa por ela, gemendo em minha boca.
- Que delícia! - Murmurou, sorrindo ao se afastar um pouco. Então se ergueu, saindo de cima de mim, se levantando. Baixei as pernas, exausta, dolorida, morta por dentro. Um dos rapazes solteiro que não participara, veio preparado entre as minhas pernas. Então vi Regina, parar de pé ao lado, olhando-me de maneira intensa, dura, séria.
- Quer parar?
Era o último, fora ela. Não respondi. O loiro continuou dentro de mim. Ardia, pois não estava excitada. Raiva borbulhou em meu interior, as lágrimas vieram quentes, o nojo me engolfou. Olhei com ódio para Regina e soube ali que ela havia vencido, ela conseguira me combater. Eu estava derrotada. Irremediavelmente.
-Emms... – Ouvi a voz dela. Cerrei os dentes, suportei aquele último homem, tremendo gelada. O cara parou como se sentisse algo errado. Então ela o afastava de cima de mim.
- Não! – Gritei rouca. – Volte! Volte!
-Emms... – Regina se inclinou sobre mim, seu rosto finalmente com uma expressão humana. Parecia preocupada, chocada. – Chega Emms, chega...
-Não! Deixa-o!
- Mills, o que ela tem? – O loiro se levantou apressado.
- Emms, fique calma, estou te soltando.
Regina tentava abrir as algemas. Eu me sentia sufocar. Buscava o ar, puxava, mas ele não vinha. Parecia em uma crise de bronquite como as que eu tinha quando criança. Comecei a me apavorar, a me debater. Parecia que eu ia morrer. Fui engolfada pelo pânico. Ouvia Regina me pedir para ficar quieta, lutando com as algemas, até que conseguiu. Pôs-me sentada, me abraçou nervosa, mas continuei a lutar e a gritar.
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Minha Tentação (CONCLUIDA)
RomanceEmma é uma garota inocente, perdeu os pais e irmã muito nova, trabalha em uma firma de advocacia, não costumava sair pra se divertir, sua vida era faculdade e trabalho, até seu aniversário de 21 anos onde ela resolve sair da rotina com suas amigas e...